terça-feira, 29 de setembro de 2015

Polêmica #34 - O Direito de Ir e Vir

Após o arrastão na zona sul, a polícia começou a fazer blitz no túnel Santa Bárbara no Rio de Janeiro para poder impedir que possíveis suspeitos cometam delitos.


Não, não é essa blitz.

Bom, eu já iniciei com a questão principal. O fato é que a polícia está impedindo que as pessoas possam se deslocar para onde bem entenderem de acordo com critérios extremamente arbitrários, que podem até ser listados aqui: Preto e Pobre.

Sim. A polícia está basicamente parando os pretos e os pobres e tem mutia gente criticando a polícia por isso. É fato que a polícia não vai parar para investigar as pessoas que são brancas e tem dinheiro. Na verdade eu podia até ser mais babaca, porque as pessoas que são paradas em geral são os pretos mesmo. Os branquelos geralmente passam desapercebidos e podem seguir normalmente sem serem revistados. A polícia é racista por causa disso?

Até da pra pensar dessa forma. Só que existe um fator muito simples para que essas sejam as pessoas que sejam abordadas. A maior parte dos crimes cometidos são cometidos por negros. Se isso fosse lido por uma pessoa políticamente engajada, ela diria que eu sou racista no ato e estou querendo dizer que se uma pessoa é preta ela é criminosa.

E se essa pessoa vier falar isso eu posso dizer facilmente que a pessoa está errada. O que geralmente diferencia o preto legal de um preto babaca são as atitudes. O garçom que me serviu no restaurante é preto. Os faxineiros que trabalham na universidade são pretos. Já tive professor de matemática de ensino médio preto. Já tive diversas professoras pretas. Claudio Zoli é preto. Lázaro Ramos é preto. O que não falta é exemplo de gente que é preta que não está vivendo na criminalidade.

Só que se você pegar as pessoas que estão vivendo na criminalidade, e que a polícia é capaz de prender, você vai descobrir que a grande maioria é preto. Deve ter meia dúzia de branquelos, mas a grande maioria é preto sim, e possuem atitudes bastante comuns. Uma imagem que ficou bastante famosa foi a de um jovem roubando o celular de uma mulher na praia. A mulher mal ganha R$ 1000,00 por mês e tava pagando o celular em 12 prestações. Acho até que já tinha terminado de pagar. Já o criminoso assalta por prazer pra poder ter um status melhor entre a sua turma.

O que está claro é que, as pessoas não assaltam diretamente por causa de sua condição financeira. Os crimes acontecem por questões de desvio de moral. Quem está assaltando não está mais fazendo por uma questão de necessidade e sim por uma questão de status social dentro de um círculo fechado. O que falta mesmo é educação e eu não to falando de educação de escola. Eu to falando de mãe e pai ensinando, nem que seja na porrada.

Mas eu tenho algumas críticas a respeito da ação da polícia também. Acredito que ela esteja sim focada demais na área que é um pouco mais privilegiada da cidade. Eu digo um pouco, porque rico não mora em Copacabana, mas arruma um sítio bem grande em algum lugar mais no interior. Acredito que as abordagens da polícia deveriam acontecer em diversos outros pontos como os caminhos para o centro. Obviamente isso provavelmente faria os problemas se aproximarem da periferia e então fecharia uma espécie de cerco sobre os marginais.

Só que isso provavelmente culminaria em uma guerra civil, então algo precisa ser feito antes disso. A solução é uma só: Educação. A partir da educação da pra traçar uma série de benefícios que poderiam gerar vidas que não fariam partes de um sistema cujo objetivo é justamente gerar jovens viciados para que eles consumam as suas vidas nas drogas que são vendidas a altos preços enriquecendo os traficantes.

O buraco é muito mais embaixo do que a gente imagina.



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