segunda-feira, 28 de junho de 2021

Eu não sei ler

Calma, é um pouco mais profundo. Entender isso de forma literal, implicaria em dizer que eu não faço a mínima idéia do que eu estou escrevendo, e se você conseguiu ler esse texto até aqui, quer dizer que tanto eu, quanto você sabemos ler alguma coisa.

Alguma coisa.

Eu digo isso porque, linguagem se tornou algo fascinante pra mim. Não só pelos vídeos da Jana Viscardi, mas também pela questão da paternidade. Oras, as crianças não nascem sabendo qualquer linguagem que você fale. Elas lentamente vão aprendendo conforme convivem, e, dessa forma, naturalmente, atribuem significados diferentes as coisas, por mais semelhantes que esses significados sejam. Um nome não é nada mais que um mero encadeamento de fonemas, ou de letras, dependendo da forma como vocë o expressa, que a gente usa pra tentar encapsular um determinado conceito. Não é de se admirar que muitas palavras são criadas por justaposição, prefixagem ou sufixagem. A gente, ou pelo menos eu, entendo o miojo como um macarrão instantâneo, que demora 3 minutos pra ficar pronto, mas eu não crio uma palavra diferente para o braço da cadeira, mantendo dessa forma a clássica catacrese.

Note como prefixagem e sufixagem denotam idéias parecidas e tem um ponto de diferenciação da primeira sílaba, onde o pre traz uma idéia de algo anterior, e o su traz uma idéia de algo posterior, apesar de, pra mim, su não ter nada de posterior. Na verdade, su, pra mim é pra trocar de usuário nos sistemas Unix.