sábado, 23 de março de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #73

- Sabe. Acho que no final das contas é uma lição pra gente aprender a não pegar qualquer coisa do chão. - Disse Flambarda, sentando-se em uma das cadeiras de um vagão quase vazio.
- Ou de que não dá pra lutar contra o destino? - Indagou Fabiana.
- Bom, quando o destino da gente tá sendo escrito por outra mão, realmente é difícil. - Sofia concluiu.

Não tinha muito o que dizer após o fim de assunto dado pela jovem exótica. Talvez se as outras duas lessem mais, porém não era a fonte principal de cultura delas, então ficaram em silêncio pelo resto da viagem, observando as pessoas que entravam e saíam. O Vagão ficava mais e mais cheio, mas não parecia ter nada de errado. Era só gente. A detetive apenas via energia fluindo livremente para um lado e para o outro. Ela ergue a mão direita e a abriu, fazendo com que, na sequência, parecido com o que aconteceu no ônibus no outro dia, energias dançassem ali, quase como se a jovem pudesse canalizar as energias de formas especiais. Ela dançava com a mão e as energias dançavam junto, o que naturalmente gerou questionamentos por parte de suas amigas, que preferiram não desconcentrá-la.

Flambarda agora trouxe a mão esquerda, que passou a dançar junto com a destra com diversos movimentos aleatórios porque ela não fazia a mínima idéia do que estava fazendo de fato, apesar de estar se divertindo. Até que o metrô começou a sair da estação do Flamengo em direção a Botafogo, o que fez com que Sofia e Fabiana se levantassem. A detetive então perdeu a concentração e os elementais tomaram algum outro caminho conforme ela se levantou para seguir o fluxo. Bibi naturalmente perguntou de curiosa.

domingo, 3 de março de 2024

O Cruel Destino de Gaza

Isso não é um texto sobre polêmica. Este texto também não é de exaltação a Palestina e a faixa de Gaza, nem mesmo de defesa ao Hamas e aos grupos guerrilheiros do Oriente Médio. Talvez seja um texto derrotista, mas pode ser que seja um olhar para o futuro.

Acabou. Netanyahu fez aquilo que queria sem a oposição das nações. O objetivo era destruir Gaza e assim o fizeram. Bombardearam e terraplanaram o lugar de norte a sul. Não haverá mais palestines naquele lugar, o objetivo do genocídio foi atingido. Eu vejo páginas e mais páginas, pessoas e mais pessoas tentando demonstrar um apoio individual, que não deixa de ser importante, mas é vazio, não vai muito além do nosso braço, que é muito curto num contexto intercontinental. Não importa o quanto a gente fale, grite ou esperneie, Netanyahu vai continuar o massacre até que não sobre mais qualquer pessoa mesmo que se renda e passe a escravidão.

Mas isso não deve nos impedir de pensar sobre guerras, políticas e tudo mais que nos ronda e que de alguma maneira nos afeta. A destruição de Gaza nos afeta, a guerra da Ucrânia nos afeta, o armistício na Coréia nos afeta, e as constantes guerras na África também nos afetam. As silenciosas guerras das nações africanas. A libertação de Burkina Faso, o massacre do Congo, e tudo mais que acontece na África é simplesmente silenciado por qualquer mídia, seja porque quem domina esses lugares não deixa a mídia chegar, ou seja porque as mídias principais querem que continue assim. Não se fala sobre a guerra no Iemen. Não se fala dos conflitos constantes no Líbano. Se fala muito mais daquilo que afetam as nações que mais tem dinheiro. Milei? Milei ganhou as eleições na Argentina, e por mais que a gente tenha alguma notícia, ela não é pauta de discussão. Venezuela e Guianas? Não era pra estar tendo um conflito por lá? Isso nos remete a uma discussão sobre a mídia o que não é o ponto desse texto.