Konvaa se levantou e andou na direção de Gyff, cuja mão estava presa no chão, enquanto Tsumomo se levantava do impacto da onda de choque que a lançou na parede. Algumas pessoas que estavam observando de longe começaram a se aproximar cautelosamente. Ao se aproximar, o detetive colocou uma pulseira no ladino e então desfez a armadilha, ofereceu a mão para ajudar Gyff a se levantar, e ele aceitou e se levantou. As jóias shineym lançadas agora eram duas pedras insignificantes no chão.
- Interessante, Gyff. - Disse ele enquanto ajudava seu oponente a se levantar.
- Você também, Konvaa. - Respondeu.
- Esse é o Black Cat, detetive! - Tsumomo gritou enquanto se recompunha.
- Ah, então você mentiu pra mim, Gyff? - Indagou o detetive.
- Não. Essa maluca aí que me chama assim. - Disse o Ladino.
- Certo, então me acompanhe. - Konvaa começou a andar para o norte, e passando por Tsumomo, fez um gesto com o dedo chamando-a. - Você também senhorita.
- Eu!? Konvaa, venha cá. - Ela disse mesmo indo em direção a ele e sussurou no seu ouvido. - Eu não posso ir!
- Claro que pode. E deve. - Disse ele sendo completamente indiscreto. - Agora me acompanhe até o departamento junto com...
- Não, Konvaa! Não dá! - Ela o interrompeu.
- Porque não? - Ele se aproximou e puxou a artista pelo kimono ainda aberto e disse incisivamente. - O que você está escondendo, Tsumomo? Você está fazendo aquilo de novo!?
- É... - Respondeu, desamparada.
- Não acredito... Ei você - O detetive chamou Gyff usando um gesto com a mão esquerda. - Venha comigo. - Voltou-se para a gueixa. - Onde é?
- Na academia de Someisa.
- Já posso ir embora? - O ladino perguntou.
- Não! - Responderam em uníssono.
Tsumomo fechou o kimono e amarrou o obi conduzindo-o com magia. Internamente ela pensava: "Droga, não vai dar tempo. Está tudo errado", porém ela tentava manter a pose graciosa de gueixa, mesmo após a pequena luta que teve, mas todos mantiveram-se em silêncio durante o trajeto. Não demorou muito tempo, eles já haviam chegado na academia, e as portas estavam fechadas novamente.
- De novo. - Disse Gyff.
- Que infortúnio! Ela já fechou a academia. - Falou Tsumomo.
- Então fim da linha. Vamos todos para a delegacia. - Disse Konvaa.
- Não, senhor Konvaa. - A gueixa mudava completamente a sua forma de falar quando estava completamente arrumada. - Uma outra passagem existe. E infelizmente precisamos ir até o castelo.
- O castelo real? - Indagou o detetive.
- Sim. Aquele lugar contém muito mais mistérios do que você imagina. - Respondeu a gueixa.
- E como você... - Ele foi interrompido antes que pudesse fazer uma segunda pergunta.
- Como eu sei? - Ela interrompeu Konvaa. Colocando um dedo na boca, como se estivesse pensativa. - Acho que você esqueceu quem foi o meu marido.
- E o que você pretende agora? - Perguntou novamente o detetive.
- Bom, precisamos ir para o castelo. Creio que não será problema visitar a rainha Priscila. - A gueixa respondeu.
- Então eu posso ir? - Perguntou o ladino.
- Não! - Vociferou Konvaa.
- Ora, por que a pressa, senhor? - Indagou Tsumomo.
Gyff simplesmente os seguiu ate o castelo de Priscila. Nunca havia estado por lá antes, ao contrário da gueixa e do inspetor, que o visitaram por razões completamente diferentes. E novamente irão visitar por razões diferentes.
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