Gyff & Tsumomo #35

- Que tipo de coisa estranha? Aquela academia já é famosa por causa da diretora. - Perguntou Konvaa a Gyff.
- Tá legal, vou te contar a história. - Disse ele imitando o gesto do detetive e se apoiando sobre a mesa. - Eu estava lá na academia e eu vi Tsumomo e mais uma outra mulher sendo atacadas por um grupo estranho. Mas eles não pareciam querer de fato acertá-la, nem ela parecia estar brigando de verdade.
- E o que você fez?
- Bom, eu entrei lá e incapacitei os caras com quem elas pareciam estar brigando.
- Você acabou de falar que ela não parecia estar em combate.
- Depois que eu vi do que ela é capaz de fazer que eu cheguei a essa conclusão.

Konvaa fez uma breve pausa, e adotou uma postura pensativa apoiando o queixo com a mão direita com o cotovelo sobre a mesa e o dedo indicador a frente da boca.

- Tem alguma coisa que não tá batendo. - Disse Konvaa, levantando-se da cadeira e indo em direção a porta.
- Já te falei tudo. To liberado?
- Está. - Ele encerrou a conversa fechando a porta e deixando Gyff sozinho na sala.

Gyff, ficou confuso. Levantou-se da cadeira também abriu a porta e olhou para os dois lados do corredor antes de sair. Caminhou normalmente pelo corredor, e o chegar no salão as pessoas do departmento imediatamente olharam para o local. Ele engoliu em seco e andou extremamente alerta até a porta de saída. Quando ele saiu, as pessoas voltaram a analisar os papéis e fazer suas coisas normalmente.


Higuma olhava para Tsumomo sem reação frente a pergunta e ao olhar penetrante da dançarina. Ela queria ser violenta com a gueixa, mas as suas memórias e seu coração não a permitiam. Ela começou a chorar e correu tentando se esconder da gueixa em qualquer lugar, já que ela não conhecia os corredores da academia.

O Design era questionável, mas havia um padrão. A academia por fora tinha um formato de um cilindro achatado vazado no centro e a academia tinha quatro andares. Conforme as pessoas se especializassem elas iriam antingir os andares mais altos. As escadas ficavam escondidas por magia, que, por mais que fosse fácil de se sentir, era difícil de decodificar naquele ambiente onde a magia fluía por todos os cantos. O centro da estrutura era vazado pois abria espaço para o pátio central que era iluminado naturalmente. Os andares superiores possuiam pátios setoriais, e as ligações geralmente eram feitas por mais de um corredor.

Higuma circulava pelo segundo andar com Tsumomo em sua cola até que Someisa apareceu em um dos patios setoriais e Higuma se viu encurralada.

- Acabou, Higuma. - Disse a diretora.
- Já chega, Higuma. - Reforçou Tsumomo.
- Não está aqui - Disse a fugitiva, virando-se lentamente para encará-las. - Onde está o Cristal Marvin, Someisa?
- Oras, o roubo das Sparklyns não foi suficiente? - Retrucou a arquimaga.
- Nada será o suficiente depois do que ela me fez. - Ela treplicou e apontou para Tsumomo.
- Eu? - Disse a gueixa apontando para si mesma, confusa.
- Agora já não importa mais. - Disse Higuma.

Ela se virou e com um simples gesto abriu a parede atrás dela esperando obter uma saída, porém ela estava errada pois o destino dela abaixo era o pátio central da academia. A jovem saltou de qualquer forma e se posicionou de frente para a estátua levantando a mão e as outras duas saltaram logo atrás. Antes de tomar qualquer atitude ela gritou "Parem! Ou eu destruo essa estátua.", Someisa parou mas Tsumomo ignorou e assim ela o fez. Higuma destruiu a estátua do pátio central transformando-a em pó, e revelando algo que ela não esperava encontrar.