domingo, 14 de fevereiro de 2016

Gyff & Tsumomo #52

- Vai dar tudo certo. - Tsumomo falou, tentando se recompor. - Isso não vai ser necessário.
- Peraí, ela acabou de... - Cowboy ficou sem palavras por um instante.
- Eu preciso de ar. - Ela limpava os olhos com as suas vestes. - Com licença Konvaa. - E se dirigia até a porta.
- Cowboy. - O inspetor chamou enquanto se levantava. - Acompanhe-a até lá fora.

Higuma foi a única a permanecer sentada. Konvaa abriu a porta trancada permitindo que eles saíssem. E foi nesse momento que Tsumomo viu Lina, impaciente, sentada nas cadeiras. Mal ela chegou e estava tendo que aturar problemas que sua amiga causa.

- Nana-chan! - A gueixa gritou. Praticamente se recompondo e correndo até ela para lhe-abraçar.
- Tsumomo! Você... - Ela foi interrompida pelo abraço e retribuiu por um instante, mas continuou falando. - ...Se meteu em confusão de novo!
- Ei! Eu não tenho culpa se a confusão vem até mim! - A gueixa disse, ajoelhando-se.
- Tsumomo! Eu te conheço! - Lina falou, encerrando o abraço. - Você soube de alguma coisa e foi averiguar, não foi!?

A mulher de cabelos negros longos, era gordinha, mas ela conseguia domar o espírito desenfreado da artista, que permaneceu um tempo em silêncio. As roupas dela eram belas. Suas vestes roxas e justas destacavam a sua exuberância, e uma calça branca protegia suas pernas do vento. Suas botas pareciam extremamente confortáveis e quentinhas. Enquanto Tsumomo estava com uma roupa muito simples e meras sandálias.

- Eu sabia.
- Eu não sabia quem estava vindo! Sabia um pouco do que ia acontecer! Eu nunca poderia prever que era Higuma!
- Higuma!? O que diabos ela está fazendo aqui!? Você não fez nenhuma besteira não é?

A gueixa puxou a camisa mostrando a marca no seio esquerdo, com a cabeça abaixada, demonstrando submissão a jovem.

- Você a beijou, não beijou? - Lina perguntou.
- Sim.
- Eu realmente não te entendo, Tsumomo. - Ela agora reprovava a súcubo em seu olhar.
- Acho que nunca serei capaz de resistir ao passado.
- Eu consigo entender a sua necessidade para obter energia, mas isso?
- Desculpa. Ela disse, levantando-se e voltando para a sala onde estava sendo interrogada.
- E quanto a você senhor? - Ela virou-se para Cowboy.
- Eu? - Só vou levá-la de volta.



- Foi uma bela demonstração. - Disse Gyff.
- Ainda não acredita em mim?
- Meu problema não é acreditar em você ou não. Você já sabe até demais sobre tudo o que aconteceu.
- Ah! Sim! - O inspetor queimou a fita dourada no pulso de Gyff.
- Você tem certeza disso?
- Me desafiando em minha arena, Gyff?
- Eu sempre estou disposto a duelar.
- Só porque não consegue lidar com a diplomacia?
- Eu devia ter sido mais gentil para entrar no castelo... - Ele disse, cerrando e abrindo o punho.
- Certamente.
- Mas o quarto da rainha... - O ladino tentava relaxar. - ...Estava bagunçado. Ela certamente mostrou força. Provavelmente ela foi capturada por mais de uma pessoa.
- Sim. Isso é previsível.
- Tem uma parede que está extremamente queimada. Ela certamente conjurou alguma magia ali.
- Hm... - O investigador abriu o livro e passou a ler. - Continue.
- E os guardas élficos não estão mais por lá.
- Você consegue descrevê-los?
- Olha, eu não lembro muito bem, mas sei que um deles era Drow. E eles guardavam o quarto da rainha.
- Mais alguma coisa a acrescentar?
- Acho que nada.
- E por que você resolvou me contar isso tudo?
- Você pediu diplomacia, não pediu?
- Deixando o orgulho do lado, Gyff?
- Certamente não.

Gyff levantou-se da cadeira, e impetuosamente, lançou-a contra o inspetor. que lançou um soco de energia mágica, acertando a cadeira e freiando-a em pleno ar. Ela caiu sobre a mesa, fazendo barulho e alertando outras pessoas que correram para ver o que estava acontecendo. Nesse curto instante de tempo, o investigador e o ladino trocaram alguns socos, e quando a porta se abriu, cada um estava com a mão parada próximo a face do outro.

- Você é melhor do que eu esperava.
- Você também.

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