sábado, 13 de fevereiro de 2016

Aether e Rethea #4

Aether estava longe dos problemas. Estava em uma casa longe dos limites da escócia. Mais específicamente em Kenmore, na escócia. Ele queria mesmo é tomar um chá escocês longe dos problemas habituais. Nada de caçar Rethea. Apenas descansar dessa missão alucinada.

"Toc! Toc! Toc!" faz som de uma mão batendo a porta. Quem poderia ser em uma terça feira nublada de inverno na escócia? Certamente alguém com muita falta do que fazer. Ele se levantou. Pegou um casaco, estava de pijamas ainda, usando umas pantufas bem confortáveis e bem quentinha. Maldito seja quem ousa interromper seu sossego.

E só podia ser uma pessoa.

Rethea contou 3 segundos após dar três batidas na porta da casa e então a chutou violentamente para arrombá-la. Aether deu um pulo para trás para esquivar do golpe da porta enquanto a mulher avançava para lhe dar um belo soco. Ela estava de terninho e sapatilhas e estava mesmo afim de uma boa briga, porém ele é veloz e consegue desviar do golpe e empurrá-la para trás. Logo após empurrá-la, ele chutou as pantufas na cara dela que bateram como bolinhas de veludo em sua face.

- Aether! Que prazer em vê-lo!
- Eu não posso dizer o mesmo sobre você.
- Tá vendo? Agora não precisa nem me procurar.
- Por que você arrombou a minha porta?
- Ah. Ela estava no meu caminho.
- Você vai me pagar uma porta nova.
- Me obrigue!
- Rethea...

Ela então investiu para cima dele desferindo diversos golpes, enquanto ele desviava se locomovendo para trás, até que ele chegou na bancada que divide a cozinha e a sala de estar e teve que desviar para o lado. Ela continuou seu ataque até que ele tropeçou e caiu sentado com as costas apoiadas na parede da casa, na sala de jantar. Rethea então tirou o terninho rodou e jogou sobre ele. Estava fortemente perfumado com o 212 sexy da Carolina Herrera.

Ele jogou o terninho para o lado enquanto a via dançando vitoriosamente. Então levantou-se e ela parou de dançar. Ambos pareciam estar pronto para mais um round, mas eles gostavam bastante de quebrar o silêncio antes de lutar.

- Você aceita um drinque?
- E o que você tem?
- Estamos na escócia.
- Red Label? Não, obrigada.
- Black?
- Tá melhorando.
- Blue?
- Agora tá ficando show. Me ofereça o gold agora!
- Não. Isso eu não tenho mesmo não.
- Eu sei. Eu já vi o seu armário.

Então ela avançou novamente. Começou socando com a mão direita, mas teve seu ataque aparado. Seu segundo golpe com a esquerda também foi aparado e então Aether a empurrou para trás e deu um passo para frente. Ela então deu três empurrões de sumô, dos quais os dois primeiros foram meras fintas. O golpe o jogou para trás novamente mas a investida dela não parou, ele, no entanto, se projetou contra ela, girando-a, e trocando de lugar.

- E agora?
- Tá ficando quente aqui.
- Tá nada. Você arrombou a minha porta.
- Ai, Aether. Para de quebrar o clima.
- Você quebrou meu clima.
- Eu já vou acendê-lo. - Ela falou lambendo os lábios.

Rethea o agarrou pela cintura e o empurrou até o outro lado contra o abajur. Deu dois socos em sua barriga e um gancho, tudo com a mão direita. Ela pegou um explosivo no bolso da calça e ia armá-lo para lançar na parede, mas Aether deu uma rasteira nela, derrubando-a, e fazendo com que ela lançasse o dispositivo para o alto. Quando ele tentou pegar o objeto no alto, ela deu um chute em seu braço e rapidamente se pôs de pé, enquanto ele ainda se recompunha do chute, e o dispositvo caía no chão.

Ela então deu uma pirueta, em direção a porta arrombada, se apoiando com uma das mãos sobre o dispositvo para pegá-lo enquanto estava de cabeça para baixo. Ele se recompora a passou a ir atrás dela que também era rápida e já estava correndo pra fora, enquanto ativava o dispositvo. Ela o lançou naquela mesma parede onde ele tinha sido encurralado enquanto corria. Aether saltou para agarrar as pernas de Rethea, porém apenas conseguiu agarrar a calça que se rasgou revelando a calcinha e a bunda da moça. Na nádega da esquerda estava escrito "Kiss" e na esquerda "My Ass".

O dispositivo explodiu junto com a parede da casa de Aether. Apenas um pensamento pairava sobre sua cabeça:

"Ela não podia ter deixado a parede intacta?"

Dois dias depois ele recebe uma carta com letrinhas recortadas, formando o nome de sua rival Rethea. Dentro dela havia Libras o suficiente para consertar a parede.

Mas não a porta.

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