segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #90

- Bom, eu vou tentar resumir. - Flambarda continuou.
- Vai. - Pediu Fernanda.
- Cheguei lá, o povo se pegando, eu tava sentindo umas paradas meio estranhas, como se alguém estivesse mexendo nas energias do ambiente.
- Hm.
- Aí os cara me acharam, dei porrada em 2. 1 fugiu, mas o outro me contou um monte de coisa.
- Fácil assim?
- Não, eu mamei ele.
- Fácil assim?
- Sei lá. Parecia a coisa mais óbvia a se fazer.
- Mas ter alguém mexendo nas energias explica bastante coisa.
- Como assim?
- Oras, quer dizer que estão manipulando o ambiente pra induzir as pessoas a fazer alguma coisa.
- E pode isso?
- Poder pode. Se deve fazer aí são outros 500.
- Eita, cê já foi druida?
- Não, mas eu tenho que entender essas porras sendo quem eu sou.
- Hmmm...

Fez se um pequeno momento de silêncio enquanto a detetive entrava de volta no prédio

- Bom, aí na saída o Entrenós tava vindo, eu corri, mas o outro cara lá ficou pra segurar o chefe.
- Puta merda.
- É... Não sei o que vai acontecer com aquele cara. O nome dele era Hugo, não sei se ajuda o Japa.
- Vamo conversar com ele.
- Mas... - Flambarda teve um lampejo. - Você sabia que esse papo de elemento já acontecia né?
- Éééééé... - Fernanda parecia hesitar. - Meio que sim.
- Fernanda... - A detetive falou meio desapontada. - Sério...
- Tá bom. - Brahma respondeu rispidamente. - Eu sabia.
- Isso quer dizer que eu não descobri nada novo.
- Na verdade sim.
- O que?
- O nome de um druida.
- E daí? - A detetive abriu a porta de casa e começou a se ajeitar.
- Nomes são importantes.
- Mas ele morreu, Fernanda! O Filho da puta morreu!
- Você viu ele morto?
- Claro que não!
- Então cala a porra da sua boca. - Fernanda estava certa. Talvez ele não estivesse morto.

Um silencio se instaurou. Flambarda se sentou em uma das cadeiras da pequena sala, segurando o peso de sua cabeça com a mão esquerda com o cotovelo apoiado na mesa, tal qual uma "a pensadora", enquanto pensava no que responder.

- Ô sua puta, era só pra não falar merda, não era pra deixar de falar não. - Brahma quebrou o silêncio.
- Eu não sei o que dizer, tá bom!?
- Tá. Tudo bem, vai descansar.
- Você tá certa. Só fiquei curiosa pra saber o que o cara ia fazer em São Conrado.
- Que!?
- Você tá certa.
- Não. Porra. Depois disso.
- São Conrado?
- Isso!
- Que que tem?
- Ele ia fazer alguma coisa em São Conrado?
- Sim.
- Caralho, Flambarda, você é foda.
- Que que eu fiz?
- Muitas coisas.
- Tá bom então.
- Vai descansar. Já trabalhou demais hoje.
- Ai obrigada. To precisando.
- Beijo.
- Beijo.

Era tarde. Flambarda se levantou, pegou os cereais, colocou na tigela, misturou com leite, pegou uma colher, e mandou pra dentro de uma forma meio desajeitada, a ponto de se sujar um pouco, mas evitar sujar qualquer outra coisa. Ao terminar, ela colocou a louça suja na pia, e foi para seu quarto. Ajoelhou em frente a cama, apoiou os cotovelos, e jogou a cara nas mãos se perguntando: "Por que diabos eu tô fazendo isso da minha vida? Não seria mais fácil só eu cortar a mão fora, pedir aposentadoria e foda-se? O que que eu to tentando provar? Pra quem?" Ela transitava em uma mistura de raiva, desespero, tristeza e curiosidade. Apesar de tudo, ela parecia querer entender o que diabos estava acontecendo, e talvez resolver um problema grande para que sua vida finalmente começasse a fazer sentido.

Então, antes mesmo de dormir, ela começou a colocar o raciocínio no lugar: Tá bom, vamo lá. Quando essa doidera começou, Fernanda disse que estava procurando Shiva dentro da 2a2. Isso não faz sentido porque aquele lugar é carregado alucinadamente de energia que uns druida faz. Se eu lembro bem, se você começa a concentrar energia em um lugar, outro pode ficar sem. Isso faria sentido quando se fala de buscar Shiva. Na verdade, Fernanda consegue enxergar as mesmas coisas, e se Shiva estivesse lá, talvez ela conseguisse encontrar mais fácil que eu. Porra, essa investigação não tá fazendo sentido.

Ao mesmo tempo, ela estava com algum tesão guardado depois de ter mamado alguém e não ter recebido sua devida troca. Foi então no computador procurar algum video pornô pra tocar uma e depois de achar um vídeo interessante, se desnudou, e passou a se deliciar consio mesma. Já estava se acostumando a usar a mão esquerda pra isso, e até se vangloriava consigo mesmo da sua recem adquirida habilidade. Após uma gozada intensa, seu corpo já não aguentava mais e ela se pôs a dormir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário