segunda-feira, 18 de março de 2019

Ausencia de Descrição

Juvenal era um homem montado em um cavalo, quando um golfinho veio voando em sua direção. Ele foi capaz de desviar deixando cair um objeto, mas não percebeu, fazendo-o sair em direção ao tubarão assim que ele desceu de sua montaria. Uma borboleta passou por ele, logo em seguia um grilo, e mais adiante um percevejo. Ignorou todos os insetos pois seu foco era o animal marinho que passara a poucos instantes para que ele pudesse responder duas perguntas: Onde ele está e como ele estava voando?

Ele não sabia nem se o animal havia feito uma curva, mas ele seguiu o mais reto que pode na última direção em que viu o animal passar até que ele chegou em um lago bastante pequeno, ele jogou pedras dentro da água para que o animal viesse a tona, mas nada. Assim que a água acalmou, ele viu no reflexo gerado pela superfície aquosa, que o golfinho estava na verdade sobre uma árvore e se jogou contra o homem derrubando-o no chão do lado de um sapo que saltitou na direção oposta fugindo da situação

Conforme o sapo saltava ele gerava uma onomatopéia curiosa na cabeça do jovem que transcrevia o som para a palavra "Saltita", e conforme o golfinho se mexia sobre ele, uma outra onomatopéia conflitava fazendo "ixiuixi" repetidamente. Ele gostou particularmente dessa transcrição porque ela formava um palíndromo mas agora ele precisava pensar em como remover esse golfinho que tentava praticar atos libidinosos com o seu corpo para longe, o que parecia particularmente difícil pois o mamífero era particularmente pesado.

Ele então cuspiu no animal que cuspiu de volta, e fez uma expressão bastante zangada com os olhos, o que parecia bastante curioso pois ele jamais imaginaria que golfinhos teriam essa característica. O golfinho então voltou a debater-se e ele começou a debater-se também um em movimento similar ao do golfinho, e assim que entrou em sincronia ele começou a emitir ruídos em seu movimento, dessincronizando-o de forma não linear, e emitindo uns grunhidos muito loucos pra ver se o golfiho saía, mas nada.

Aquela agitação toda produzia uma vibração no lago que provavelmente tinha uma frequência em algum número irracional que estava sendo sentida por um peixe lá dentro. Essa frequência especíica estava gerando irritação nesse peixe deixando ele tão doido que ele em um berro gritou: "CARAAAAALHOOOOOO"! Porém quando o grito foi refratado da água para o ar, toda essa fonética se perdeu e se tornou um bagulho meio aleatório que parecia com: "CAVALO PARA F9"! O que não fazia muito sentido na cabeça de ninguém ali.

Mas o peixe estava muito pistola, então ele foi até a superfície, viu a sacanagem que o golfinho estava tentando fazer com o homem e resolveu fazer uma suruba sarrando no mamífero, que se sentiu violado e mergulhou no lago, que era justamente o lar do peixe que ficou nervoso com ele. Oras, o golfinho o fez de propósito porque ele começou a dar narigada em todas as superfícies do lago, desnorteando o peixe dando tempo para que ele saltasse para fora levantando vôo novamente.

Juvenal vendo o golfinho voar, correu na direção na qual ele estimou onde sua montaria estava, porém não foi muito necessário, pois o mamífero marinho fez uma curva e passou a voar novamente na direção dele, porém o cavalo, imponentemente saltando através de dois cactus, deu um giro de 174 graus para desferir um coice giratório que derrubou o perseguidor do cavaleiro no chão.

Astolfo o cavalo salvou Juvenal de Lurismar, o golfinho tarado.

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