domingo, 7 de junho de 2020

Flambarda - A Detetive Elemental #51

- Que que foi, Flam, que cê tá tão concentrada? - Perguntou Fabiana.
- Eu tenho dois problemas e tô pensando como vou resolver.
- Que que foi? - Perguntou Sofia.
- Lá fora eu falo com vocês.

Elas ficaram sem entender muito mas tentaram respeitar a vontade da amiga. Cuja mente havia simplesmente se dispersado da aula e focava na fluxo de energia que se concentrava periodicamente naquele local. Luzes majoritariamente verdes e azuis, ao mesmo tempo que pensava em como ia lidar com o Japa, e juntamente com isso ainda tinha que pensar como ia ver aquele lance pra Brahma. Ela resoleu focar em duas coisas só porque senão ela ia despirocar ali na sala mesmo, então deu pra se segurar.

Mas os planos dela começaram a se frustrar quando o Japa não havia voltado após o intervalo entre as aulas, porém nem tudo estava perdido porque o fluxo de energia continuava, e começou a formar um movimento um pouco conhecido demais para ela, especialmente agora que a noite se aproximava. Flambarda empacotou as coisas antes da aula terminar, e foi lá praquele lado antes que ela pudesse perder o rastro, Sofia tentou entender a situação antes.

- Onde, que cê vai, amiga? - Sofia sussurrou pois ainda estavam em aula.
- Resolver uma treta. Me encontra lá no lobby se vocês ainda quiserem conversar, mas eu posso me atrasar.

Flambarda resolveu que ia conhecer o cara, mas honestamente não tinha nenhum plano. Nesse lance de detetive ela dava uma ótima funkeira, mas se era isso que o destino queria pra ela, então toca pra investigação.

Eu acho que eu vou conversar com aquelas vadias e acabar trocando pro curso de Jornalismo.

Ela nem sabia exatamente o que se estudava ali no décimo segundo andar do prédio, mas lá estava, ela foi se aproximando do local, e abriu a porta tentando fazer a cara mais confusa a possível, o que não foi muito difícil porque ela mesma não tinha muita certeza do que estava fazendo. Lá estava um jovem, cujo semblante ela reconheceu como o do mesmo jovem que havia visto anteriormente, mas agora ela finalmente pôde olhar decentemente e ver que na verdade era o Xiao.

- Mas o que!? - Ela mudou o semblante rapidamente para indignação.
- Flambarda!? Que que cê tá fazendo aqui?
- Eu estudo aqui! O que "você" está fazendo aqui?
- Eu... eu... - ele ficou nervoso mas desembuchou logo porque não é como se ele não soubesse que ela já sabia. - Eu to aqui treinando como canalizar energia, ué. Todo druida tem que treinar, eu aproveito que eu já estudo aqui e paro pra ficar fazendo isso.
- Você sabe que cê ta fazendo merda?
- Como assim?
- Você não consegue ver os fluxos de energia?
- Não. Você consegue?
- Consigo, e eu acho que você não sacou que temos um problema.
- Como assim?
- Você vai gerar um vórtice de energia. E provavelmente vai sair um malamorfo disso.
- Sério!? Vamo lá pegar ele!

Xiao estava cheio de ímpeto mas Flambarda foi na frente e eles pegaram o elevador se encontrando com Sofia e Fabiana, que se mostraram bastante supresas com a presença do jovem.

- Pera... Xiao? - Disse Fabiana.
- É... Ele mesmo. - Flambarda respondeu
- O que suas amigas estão fazendo aqui? - Xiao perguntou
- A gente estuda aqui, Xiao.
- E todas vocês vão caçar o malamorfo?
- Que!? - Sofia perguntou.
- Não, Xiao. Elas são tão aqui porque eu precisava conversar com elas, mas aí você apareceu então a gente vai só tomar um milkshake e jogar conversa fora mesmo. - Flambarda respondeu
- Flambarda, explica isso direito. - Pediu Bibi.
- Vamo tomar o milkshake que eu explico no caminho. - Eles começaram a andar. Conforme ela liderava, falava. - Então, um Malamorfo é quando uma pessoa normal é tomada pelo vazio, eu já vi um malamorfo antes, e o Xiao também.
- Tipo aquele bagulho do elevador? - Fabiana perguntou, mas em seguida se lembrou - Ah! Pera! Um bicho desses já atacou a gente!
- Isso! Esse bicho mesmo!
- Mas eu não to sentindo a presença do vazio. - Disse Xiao.
- Porque ainda não se manifestou, malamorfos só se manifestam de noite.
- Sim, mas...
- Então, eu e o Xiao vamos esperar mais um tempo até o malamorfo. - Eles se sentaram no bobs e pediram 4 maltines grandes.
- Pera, você vai enfretar ele, Flam? - Perguntou Sofia.
- Bom, eu tenho isso aqui, não tenho? - Ela mostrou a luva e estourou o fogo por um breve instante. Eu to começando a entender que é melhor eu aprender a lutar porque eu não vou ter pra onde correr.
- Então a gente faz o que?
- Bom, fiquem seguras. - Flambarda começa a ver o ponto de repulsão de energia, mas quer terminar o milkshake. - Eu não quero que vocês se machuquem.
- Mas... - Bibi hesitou por um instante - ...Somos druidas também! É injusto com vocês.
- Pera, elas são... - Xiao ficou hesitante.
- É. - Flambarda bateu o maltine na mesa. - São. Só que eu acho que não sabem nada, igual a mim.
- Há quanto tempo?
- Foi semana passada, acho... - Disse Fabiana
- Foi há mais tempo, não? - Sofia também não lembrava.
- Eu estou tem três meses. Muito legal saber que tem gente nova. - Disse Xiao.
- É, mas a gente tem que ir. - Flambarda se apressou batendo o copo na mesa, dessa vez vazio, e se levantando em seguida, e passou a andar bem depressa.
- Tá bom. Tá bom. Ele se levantou e começou a seguí-la.

Sofia e Fabiana foram atrás. Elas não queriam perder o que quer que fosse acontecer. Infelizmente eles precisariam andar pelo menos uns 10 minutos, que era onde Flambarda conseguia ver a repulsão de energia. Estava muito tarde para correr aleatóriamente ali no centro da cidade até que chegaram em um edifício residencial ali na Marechal Floriano 73. Parecia até abandonado, de uma arquitetura antiquada, mas era de lá que a repulsão vinha. Nesse momento, Xiao ficou assustado pois ele finalmente começou a ser capaz de sentir as energias sendo repelidas.

Flambarda olhou para os lados, e não viu nenhum policial ou guarda que pudesse querer autuá-la. Talvez alguns transeuntes aleatórios e arrebentou o cadeado do portão derretendo-o com o calor que ela podia gerar com o fogo da luva. - "Isso foi tão... instintivo." - E saiu entrando dentro do local, seguido por suas amigas e pelo jovem druida. Apesar da escuridão, erá possivel sentir a presentça de um malamorfo lá dentro, mas a falta de luz dificultava um pouco o trabalho, até que Flambarda resolveu começar a atear fogo nas coisas pra tentar enxergar alguma coisa. E ela conseguiu ver o bicho bem na sua cara quando ela estalou o fogo para queimar a primeira coisa.

Era uma criatura bípede, mas com uma boca grande e uma grande curvatura corporal, além de grandes braços. O primeiro raciocínio da jovem foi - "Caralho, essa porra é o Ben 10 do capiroto?" - e era forte, subjando a detetive no chão com seus braços logo em seguida. O desespero fez com que o calor da luva aumentasse e queimasse gravemente a criatura, conforme ela tentava tirar os braços da criatura de cima de si, o que fez com que a criatura a soltasse por instinto urrando de dor.

A criatura não era tão rápida e Xiao investiu na direção que ela havia corrido enquanto Flambarda se levantava e canalizava sua energia pra acender o fogo novamente, o que não demorou muito tempo, uma vez que ela estava começando a pegar o jeito da coisa, mas foi tempo o suficiente para ver o rapaz sendo sendo golpeado e voando em direção a parede, ela ficou hesitante por um tempo, até que a criatura partiu em carga para cima dela. Desesperada, ela invocou a alabarda que iluminou o local por um breve instante em uma combustão aleatória, e assim que a detetive conseguiu firmar suas mãos na arma o barulho do metal se fincando na carne foi ouvido, juntamente com um urro de dor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário