domingo, 12 de maio de 2024

Aether e Rethea #12

 Aether estava perseguindo Rethea dentro de um prédio. Ela desacordou os seguranças e os jogou em cima dele para retardá-lo, foi uma forma de recuperar o tempo perdido tirando essas ameaças do caminho. Aether não tinha muita paciência e simplesmente os jogava para o lado procurando uma linha de tiro para acertá-la com sua 9mm. Ela iria virar no corredor onde ficam os elevadores e a escada de emergência. Aether até atirou algumas vezes, mas sabendo que havia uma possibildiade dele fazê-lo, ela adentrou o corredor com piruetas erráticas fazendo com que ele não fosse capaz de prever seus movimentos para acertá-la. Piruetas incríveis feitas usando um sobretudo marrom.

Ele não podia deixá-la escapar dessa vez! Apesar de imaginar que ela certamente teria alguma carta na manga, mas ele precisava tomar cuidado, ela poderia estar esperando, então ele entrou atirando meio que as cegas, posicionando a mão antes do corpo. Ele precisava fazer dessa forma pra que ela não tivesse a vantagem. As balas não acertaram pois ela estava coberta pela própria porta corta fogo, mas ela perdeu a vantagem pois precisou se esconder. Ela então fez uma coisa parecida, deu alguns tiros cegos, isso fez com que Aether tivesse que se deslocar de volta para onde ele tinha cobertura, nessa volta ela conseguiu mirar mas por uma fração de segundo o tiro pegou na quina arrancando um pedaço da parede e dando até um susto em Aether. Ela aproveitou a retomada da vantagem para começar a subir a escada. Aether aproveitou para recarregar a sua arma.

O homem precisava obter a vantagem novamente, então jogou uma flashbang para correr atrás dela, mas quando se colocou no corredor, não havia ninguem. A porta corta-fogo estava em vias de fechar. Ele então correu e deu um golpe na porta para caso ela estivesse atrás sofresse algum dano, porém a porta simplesmente foi, e nada acertou. A segunda porta que existe para mitigar problemas de incêndio acabara de fechar. O problema é saber o quão rápido ela está subindo, já que esse edifício imenso não tinha subsolo com garagem. A segunda porta foi aberta mais ou menos da mesma forma. Nem sinal, exceto pelo som dos passos que eram possíveis de se escutar dado o silêncio e o confinamento das áreas de escadas de emergência.

- Volta aqui! - Aether gritou enquanto subia as escadas.
- Eu não! - Era possível escutar seus passos.
- Mas que porra...
- Eu tô te escutando.
- E daí?

Não houve resposta. As velocidades eram basicamente iguais e ambes sabiam disso. Ela simplesmente estava tentando chegar em seu destino ao mesmo tempo que ficava fora da linha de tiro. Para ganhar um tempo a mais ela jogou uma lata de tinta no chão atrás dela, que fazia um barulho infernal conforme quicava escada abaixo e fazia uma pocilga de tinta amarela.escada abaixo fazendo com que o movimento de Aether ficasse bastante devagar e a concedesse bastante vantagem para chegar no terraço. Chegando lá, ela sacou uma caneta soldadora e fez uma solda na porta corta-fogo.

Aether, porém, ao ver a tinta escorrendo, pegou a primeira saída. armou suas garras de escalada e subiu a parede por fora. Isso defez a desvantagem de Rethea que escutou o som dos equipamentos de seu oponente e se virou, frustrada, mas a primeira coisa que veio foi uma flashbang arremessada para o alto. Devido a falta de reflexo ela sofreu uma cegueira parcial mas conseguiu se colocar em uma posição de proteção atrás do ultimo corredor da escada de incêndio, o problema é que agora ela não sabia por onde ele viria, então ela precisava agir antes. Jogou uma bomba de fumaça no chão, fumaça que começou a dispersar e a tornar mais difícil a visão na área.

- Aether, sabe qual é a forma geométrica onde todos os pontos são equidistantes de um outro ponto definido?
- Isso é uma circunferência, Rethea.
- Muito útil na fumaça, não?
- Demais da conta.

Nesse caso não parecia haver vantagem. Era questão de reflexo, e talvez um pouco de jogo baixo. Rethea tirou o Sobretudo deixou um pouco da polvora que tinha guardado e o colocou no chão para vigiar um dos lados, e passou a ir pelo outro. Curiosamente não se esbarraram dentro da fumaça, até que o barulho da polvora sendo ativada por pressão soou. Aether pisou no sobretudo, propositalmente ou não. E dessa forma ele pasou a correr para fora da fumaça fazendo barulho e dando um tiro na direção de onde ele saiu e se moveu, não podia ficar parado mais, tentou entrar pela porta corta fogo apenas para descobrir que estava soldada. Denunciando sua posição novamente.

- Fim de jogo - ela falou de dentro da fumaça.
- Não quando você joga com o Eddy Gordo.

Aether deu uma pirueta para trás e soltou um movimento de capoeira girando as pernas, mas não acertou nada. Parece que não tinha ninguém. Até que ele ouviu um barulho de um arpéu se enganchando. - "Droga!" - ele pensou. foi na direção do arpéu mas era tarde demais. Ela fez o movimento de pêndulo e então ele viu ela saltando da corda para o outro prédio de forma primorosa. Além disso, ela o fez dando um salto mortal para trás sabendo que Aether certamente veria a ação, e no giro, ela aproveitou para atirar em meio ao seu salto, fazendo ele recuar. Ela caiu em uma varanda de um edifício, quebrou a vidraça e se perdeu de vista.

- Aether chamando a central.
- Central na escuta, diga Aether.
- Ela escapou mas eu recuperei o artefato. - Ele disse segurando um disquete de 3 1/2 na mão.


Nenhum comentário:

Postar um comentário