quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Em Defesa do Lúdico

Humanos são criaturas um tanto quanto imprevisíveis, mas, em média, a maior parte de seus atos são extremamente racionais e baseados em demanda. Uma pessoa geralmente faz A esperando receber B. Dificilmente esse não é o caso, tipo eu escrevendo nesse blog, eu estou fazendo A, e honestamente não sei se vou receber algo por isso. Talvez minha própria gratificação pessoal, se é que isso serve pra alguma coisa.

E aprender não é muito diferente. Geralmente aprendemos melhor quando há alguma razão para tal. O mais curioso e que raramente essa razão é meramente financeira, visto que a taxa de evasão em qualquer faculdade é absurda. O que exatamente falta então? Posso ser pretensioso mas pretendo responder essa questão de uma forma bastante simples e direta.

O que falta e o Lúdico.

Não é exatamente pelo fato de ser lúdico. Na verdade o que falta é o beneficio a curto prazo. Aquele sob o qual muitas empresas já se especializaram em captalizar sobre. Aquela recompensa instantânea ou a certeza de que em pouco tempo você terá pelo menos algum tipo de satisfação de alguma forma. Poderiam ser doces, comida, cigarros, mas esses elementos são consumíveis e acabam. O lúdico é algo que está dentro dos humanos e geralmente é aquilo que evita que as pessoas se consumam.

E o lúdico sempre se faz necessário. Quantas vezes vi textos maravilhosos contendo informação preciosa sendo jogados fora simplesmente porque sua leitura não era minimamente agradável. Assim é o conhecimento científico, e eu diria até o mundo empresarial. As coisas são feitas de forma tão severa, metódica e engessada, que dificilmente um cientista encontra espaço pra inovar, e veja você que os que inovam geralmente são os que mais recebem notícia.

Artigos científicos são lidos? Sim, mas o público alvo e bem restrito, na verdade, a falta de abertura para um público mais leigo torna a ciência algo mais místico do que cientifico de fato porque o cículo e fechado e dificilmente uma pessoa entende o que se passa em qualquer uma dessas publicações. Imagine se por um instante você pudesse fornecer uma dose de ludico nesses artigos de modo a captar a atenção do espectador comum.

Talvez assim a ciência recebesse algum crédito.

Isso me deu uma idéia também...

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