domingo, 17 de fevereiro de 2019

Polêmica #74 - Sobre Liberalismo Econômico e Recursos

Eu sempre fui um cara mais a esquerda do que a direita. Minha juventude foi acompanhando mais movimentos de esquerda do que de direita, mas eu tenho sempre tentado seguir o caminho mais central.


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E bom eu gosto um pouco de discussões políticas, e recenemtente eu tenho pensado muito num argumento que é muito usado pelos dois lados, um para exaltar o outro para qualificar a esquerda, que é relacionado ao quanto as pessoas ganham, e um pouco de igualdade social.

A forma fraca do argumento é: Todo mundo tem que ganhar a mesma quantidade de recursos.

Isso não dá certo na maior parte dos contextos. São muitos poucos os casos onde realmente todo mundo precisa da mesma quantidade de recursos pra viver, e realizar seus desejos. Além do que, isso é completamente injusto com quem fornece mais trabalho e acaba recebendo menos. Você está punindo aqueles que criam recursos e recompensando aqueles que não conseguem. A tendência do nosso comportamento é sempre em direção a recompensa. É óbvio que existem outros elementos mas é pelo menos ingênuo acreditar que isso não daria problema.

Já a forma forte é: A gestão dos recursos precisa ser centralizada.

Aqui acontece o verdadeiro embate entre direita e esqurda econômica. A direita acredita que cada pessoa tem que gerenciar os próprios recursos, dessa forma punindo aqueles que não sabem gerênciar os seus e gerando o acúmulo de recursos. Esse é um problema já conhecido do liberalismo, uma vez que riqueza acumulada não faz diferença econômica. É mera ostentação, além de prejudicar aqueles que precisam daqueles recursos.

Mas quando você tem uma gestão centralizada, você começa a esbarrar em alguns problemas. Se duas pessoas precisam de um mesmo recurso, quem é que ganha? Não dá pra prever o futuro pra saber quem é que vai gerar mais riqueza, e mesmo que fosse, é realmente assim que se mede a importância de quem vai ganhar um recurso? Se existem regras que definem quem ganha o recurso, quem é que define essas regras?

E é claro, o que complica qualquer argumento, estamos lidando com vidas humanas, e quando pensamos em distribuição de recursos, nós raramente pensamos no valor que as coisas tem para cada uma dessas vidas. Raramente e feita essa relativização, então se o poder central me cede um recurso, quem é ele para dizer que aquilo é realmente valioso para mim, ou até para decidir se eu realmente preciso daquilo?

Mas será que é verdade que nós temos tanto controle sobre nós assim? Sabemos o que realmente precisamos, ou apenas o que queremos? Pode ser pior pois, como diria a arte moderna, - "Não sabemos o que queremos. Sabemos aquilo que não queremos." - isso tudo poderia ser mera presunção nossa e realmente outra pessoa tem uma melhor noção daquilo que precisamos do que nós mesmos teríamos.

De fato, há mais perguntas do que respostas e todas e sem argumentos para nos basearmos, vira tudo opinião, mas é muito complicado você usar argumentos cientificos quando a psiquê humana é um dos pontos centrais. Os psicólogos ainda estão tentando entender como o cérebro funciona, e apesar de muitos achados, é fato que cada caso é um caso, cada cérebro é um cérebro, cada pessoa é uma pessoa, com vontades, raciocínio e experiência diferentes.

Então o que que realmente é certo? Bom eu não sei, mas eu acredito que a descentralização e a centralização tem que existir juntar de modo a se balancearam para equilibrar a economia e evitar os problemas gerados por ambos os lados. Acumular recursos sem utilizá-los, o que prejudica a economia, e a distribuição de recursos de forma injusta. Eu proponho um novo nome, já que existe Socialismo e Capitalismo, que criemos o Balancismo.

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