sábado, 18 de fevereiro de 2017

Gyff & Tsumomo #71

Gyff estava em um casa de chá, um lugar particularmente desconhecido para ele. Ele acredita já ter estado em algumas antes, mas geralmente fica tão desnorteado sempre que entra em alguma que ele praticamente esquece como elas funcionam. Ele via mulheres para lá e para cá com roupas e penteados exóticos servindo bebidas exóticas e se perguntou mais uma vez o que estava fazendo lá, respondendo a si mesmo logo em seguida.

"Ok. Tsumomo." - Pensou. enquanto uma mulher enchia um copo com flaxão e o servia. Elas dançavam pra lá e pra cá e eram particularmente mais numerosas do que a quantidade de pessoas "normais" que estavam ali.

Ele bebeu um gole do Flaxão e ficou observando algumas mulheres dançando enquanto outras tocavam instrumentos musicais bem suaves. A mesma que o chamou para a festa sentou perto dele e começou a tentar puxar algum assunto.

- E então? É a primeira vez aqui?
- Pra falar a verdade, eu não sei.
- Quer me contratar para auxiliá-lo?
- Como assim?
- É. Você me contrata e eu posso entretê-lo sem problemas.
- Mas, eu não quero exataente me entreter.
- Como assim? Claro que quer. -  Nesse momento, Gyff começou a sentir que algo estava estranho.
- Sim! Claro! Mas como assim me entreter?
- Então. A maioria das pessoas que vem a uma casa de chá vem a procura de entretenimento de uma gueixa.
- Isso faz sentido. Ok. Mas acredito que vocês já estejam me entretendo.
- Sim, mas aí eu poderia fazer outras coisas.
- Tá mas, você ficaria a noite toda comigo?
- Não, senhor. Claro que não, beba este flaxão. Esse está sendo por minha conta.
- Ah, desculpe. Então acho que eu lhe devo. Quanto é?
- Bom, eu estou custando 8 moedas por hora.
- Eu acredito que eu tenho o suficiente, fique comigo por uma hora. - Ele disse enquanto bebia mais um gole.
- Ok! - Ela se levantou acendeu um incenso e voltou para o lado de Gyff - Então. Como posso serví-lo?
- Ah, na verdade eu estou procurando uma pessoa específica.
- Que cruel! Me contratar procurando alguém!
- Não não! Eu não quero contratar essa pessoa.
- Continua sendo cruel da mesma forma, dizer a uma dama que está procurando outra pessoa.
- É... Bem...
- O que você quer com essa pessoa?
- Na verdade eu não sei muito sobre ela.
- E você veio a uma casa de chá? Ela por acaso vem te ver?
- Eu não sei, parece que ela passeia pelas casas de chá.
- Oras, então deve ser outra gueixa. Esqueça ela! Você tem uma gueixa só para você agora. Pra que quer uma segunda?
- Ah, sim. Mas como você irá me entreter exatamente?


Lina e Tsumomo foram para a casa de chá da senhorita Katsuyo. Tsummo gostava daquela particularmente por ser menor e menos visitada. Logo assim que Katsuyo avistou Tsumomo, elas logo se cumprimentaram calorosamente.

- Tsumomo! - Katsuyo acenava.
- Katsuyo! - Tsumomo acelerou um pouco o passo e se virou para Lina. - Venha! - E se abraçaram. - Esta aqui é Lina, minha esposa!
- Esposa? - Indagou Katsuyo. Enquanto Lina corava absurdamente.
- É. Esposa. Vive comigo, Me dá carinho. Que outra forma deveria eu chamá-la?
- Faz sentido, respondeu Katsuyo. Entrem! Vou abrir uma bebida especial que eu guardei esse tempo todo.
- Não precisa. - Respondeu Lina, bastante envergonhada enquanto elas entravam.
- Ora Lina, não precisa fazer essa desfeita. A Katsuyo certamente irá nos servir, queiramos ou não. - E em seguida deu uma risada boba.

Ambas entraram. O mesmo gnomo de algumas noites atrás estava no mesmo lugar. Bebendo enquanto outra gueixa dançava sem música. A pequena sala já foi preenchida com a presença de Tsumomo, por mais que houvessem apenas duas outras pessoas no mesmo local.

- Sente-se aqui, Lina. - Tsumomo a conduziu até uma pequena mesa, e serviu chá como uma boa gueixa serve a bebida ao seu convidado. - Agora, vamos animar um pouco essa festa. - E piscou o olho esquerdo.

A Súccubus se posicionou próximo a outra gueixa que lentamente cessou a dança, isso permitiu que ela sussurrasse algo em seu ouvido. O gnomo ainda olhava as duas hipnoticamente. A gueixa que acabara de chegar saiu ficou fora alguns segundos e voltou com um violão.

- Hoje iremos interpretar a Dança do Dragão da Floresta. Esperamos que vocês gostem.

Do lado de fora, Katsuyo chamou Helena.

- Vista seu melhor kimono! Depressa!
- Aconteceu algo, chefe? - Disse ela, chegando rapidamente.
- Eu falei pra você vestir o seu melhor kimono! Volte aqui quando estiver pronta!

"Ela vai tocar aquela música... Ela não tem jeito mesmo."

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