terça-feira, 15 de novembro de 2016

Gyff & Tsumomo #69

Gyff ficou estatelado no chão por alguns instantes tentando compreender o golpe aplicado por Nighstar.

- Alguém marcou o cavalo?

Black Wing observou o ladino, pasmo, e imóvel, deitado no chão. Nightstar bateu com tanta força que quebrou uma parte do chão. O dano seria pior se o próprio Gyff não houvesse reforçado as prórpias costas com magia, amortecendo o impacto.

- Doeu? - Perguntou Wing.
- Doeu.
- Bom, levante-se. Eu tenho que ajeitar o meu piso.

Gyff rolou, e engatinhou até uma cadeira. Ele contemplou o momento e o golpe por um instante até que ele quebrou o seu próprio silêncio novamente.

- Eu vou precisar passar na enfermaria.
- Aguarde. - Disse Wing, consertando o piso. - Eu o levarei.

Wing levantou Gyff sem muita dificuldade e passou a carregá-lo como quem carrega um saco de pedras. Ele fechou as portas do restaurante, e no momento que elas fecham, as letras das portas se juntam para formar a palavra "Matta". Após um tempo caminhando, ele o largou no chão na porta da enfermaria, mas, antes de partir, aproximou-se do ladino para conversar. Algumas pessoas olhavam aquela cena estranha meio confusas, mas ele não parecia se importar.

- Se você fizer algo a Tsumomo, já sabe o que irá acontecer. - Disse Wing.
- Cara, você viu o que a Nighstar fez comigo. Você realmente está preocupado?
- Enquanto eu não te conhecer. Sim.

O ladino ficou sem resposta, enquanto Black Wing passou a se deslocar de volta para seu estabelecimento. Ele se levantou lentamente, sentindo bastante dor, e foi rapidamente atendido, antes mesmo de entrar na enfermaria, por algum dos enfermeiros que lá estavam.



- Você vai fazer o que agora, Tsumomo? - Perguntou Konvaa
- Eu não sei... - Ela disse, levantando-se do chão, ainda encostada na parede.
- Mais cedo ou mais tarde Tsumomo, eu vou descobrir seus crimes, outras pessoas também podem fazê-lo, e eu não sei até onde o seu prestígio irá protegê-la.
- Prestígio? Você chama isso de prestígio!? - Ela passou a se alterar e mover os braços com gestos exagerados. - Prestígio seria terem me executado ao invés de meu filho! Isso seria prestígio!
- Acalme-se, Tsum...
- Eu já não me importo mais, Konvaa! Eu só quero... - E como num surto de bipolaridade, ela entrou em tristeza. - Eu só quero...
- Redenção. - Ela arregalou os olhos, pasma. - Eu sei. Você falou há alguns minutos. Vá para casa. Você precisa pensar no que está fazendo, e se realmente vale a pena.

Tsumomo saiu, triste, se abraçando. Achou que iria além, que iria começar uma caça, mas Konvaa a impediu. Ele chamou dois companheiros e pediu para que a escoltassem até a casa dela. Eles foram vagarosamente, acompanhando os passos curtos e pesados da gueixa, até chegarem na porta da casa dela. Antes de entrar ela os perguntou.

- Vocês gostariam de ser punidos corretamente de acordo com os seus pecados?

Eles se entreolharam por um tempo, confusos. Não sabiam exatamente o que responder, e nem se era para responder.

- Tudo bem. Podem ir. Obrigado.

Tsumomo abriu a porta e encontrou a casa arrumada, e Lina com um vestido longo e confortável que ela mesmo moldou usando magia no vestido que ela estava usando anteriormente. Ela parecia estar se esforçando bastante para dizer a Tsumomo que estava tudo bem.

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