terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Polêmica #47 - O Mercado de Jogos

O mercado de jogos pelo mundo tem se revolucionado seguindo o padrão do mercado da música.


Só que ta parecendo mais com essa feira aí.

Exceto pelo preço, é claro, ou caro, como você preferir, mas a forma com as quais as coisas estão sendo vendidas é pelo menos estranho. Vamos começar com alguns fatos curiosos.

1- Um mesmo jogo pode estar disponível para mais de um console.
Isso aqui está mais ligado a venda de consoles do que de jogos em si, e esse duelo de consoles acaba acalorando alguns debates clássicos sobre comparação entre eles. Fazendo surgir os famosos fanboys. Por exemplo, GTA V saiu para dois consoles diferentes, PS3, e XBox 360, e aí começou uma briga pra saber quem tinha melhores gráficos.

A produção dos jogos ja é basicamente terceirizada. Capcom, a extinta Rareware, Rockstar Games, EA, entre outras empresas produzem os jogos para os consoles os quais eles escolhem que serão capazes de rodar determinado jogo. Se os produtos fossem multiplataforma os lucros seriam maximizados para essas empresas.

Isso tornaria a diversidade de consoles desnecessária conforme todos eles seguissem o mesmo padrão: Controle de jogo com tantos botões. Daí as fabricantes dos consoles, Nintendo, Sony e Microsoft seriam forçados a realmente inovar para que as pessoas quisessem de fato comprar aquele console.

Obviamente isso não se aplica tão fortemente a nintendo, uma vez que muitos jogos são produzidos pela própria.


2- São muitos vendedores
Acho que você já deve ter notado que existe uma quantidade bastante grande de lojas que vendem jogos. E depois que surgiu o iTunes, começaram também a surgir as lojas virtuais que permitem que você compre um jogo para sempre, e não apenas uma cópia física do mesmo. Que basicamente significa que ao invés de você comprar um CD, você compra o direito de jogar determinada coisa.

Isso é interessante só que isso gera um certo caos no mercado da mesma forma que gerou quando a iTunes store foi criada. A venda de CDs já era prejudicada por causa da pirataria e dos programas de compartilhamento de conteúdo e a iTunes Store surgiu como uma forma particularmente efetiva de combater isso, afinal, ninguém quer comprar um CD inteiro de 20 músicas só pra escutar 2.

Só que isso nunca aconteceu muito com o mercado de jogos por causa da evolução dos consoles. A venda das mídias ia bem até descobrirem as travas dos consoles. As fabricantes começaram a contornar isso quando surgiu a possibilidade de conectar os dispositivos a internet. Aqueles que foram hackeados sofriam sanções virtuais, como o travamento de jogos e a impossibilidade de desfrutar de uma das possibilidades que o console oferecia.

E então eles criaram a própria ruina, que são as lojas virtuais. Elas são tanto a solução como o problema porque elas destroem todo o comércio dos jogos físicos através da redução de custo. Comprar um jogo pela internet zera os custos com logística, e produção de mídia, sendo esse segundo um custo também quae nulo, bem como também trespassa as barreiras alfandegárias.

Só que surgiu o problema das moedas de troca. Então, ao invés das lojas terem seus preços unificados, como a Origin que vende os jogos da EA para computador, ela são distribuídas de acordo com determinadas regiões. A loja virtual da nintendo no Canadá é diferente da loja dos E.U.A. oferecendo preços diferentes pelos mesmos produtos.


3- A Trava de Região
A bem pouco tempo atrás, os consoles, a menos do computador, eram travados por região, similarmente aos DVDs. Isso porque tornaria possível uma pessoa se deslocar para um outro país e comprar os jogos a preços mais baratos e voltar para o seu país de origem. Então eu não poderia simplesmente ir para a Europa, comprar jogos lá e voltar para o Brasil para rodar a mídia no meu console que pertence a região das américas.

Apesar de poder comprar nos E.U.A. com um preço muito mais barato que no Brasil e ainda não ter problemas com travas de região, mas ok.

O que é um problema que se torna ridículo após a criação das lojas virtuais. Onde qualquer pessoa do mundo se conectaria a uma loja virtual e simplesmente pagaria um preço por um jogo. As conversões de moeda seriam feitas de acordo com as taxas cambiais e todos seriam felizes. Só que isso só começou a acontecer depois que os consoles da última geração surgiram, PS4, XBox One, e Wii U. Sendo que a Nintendo não removeu a trava do seu console.

A partir do momento que foram criadas as lojas virtuais, as lojas físicas passam a não fazer mais sentido. Todas aquelas lojas especialiadas em música que vendiam CDs, morreram. As lojas que ainda vendem CDs de música são lojas realmente grandes como Saraiva, Fnac, ou Lojas Americanas. Acredito que elas não lucrem muito com a venda destes.



Bom, só eu citei três tópicos que já fazem bastante diferença nesse mercado dejogos que cada dia cresce mais, sendo que só bem a pouco tempo estão surgindo escolas mais especilizadas nesse assunto. Acredito que dá pra aprofundar bastante esse debate, mas eu vou parar por aqui.

Ufa!


Imagens:
nogueirense.com.br

Um comentário:

  1. O lança dos Valores da Mídia digital e Mídia física, só funciona fora do Brasil.
    Aqui, o fallout 4 para xbox one em mídia fisica chegou custando 250 Reais, em mídia digital também chegou pelos mesmos 250 reais.
    Vendo por esse lado, não vejo vantagem nenhuma em comprar a mídia digital.
    Seria Válido, se houvesse de fato uma boa diferença no bolso.
    Mas porra, prefiro pagar os 250 e ficar com o jogo em midia física e guardar ele em sua caixa linda e formosa!

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