segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Privatização da Educação é O Caminho Errado

O título é exatamente esse. O meu objetivo aqui é demonstrar como a privatização da educação é exatamente o oposto daquilo que nós queremos para o nosso país.

A gente tá vendo acontecer em São Paulo e já aconteceu em outros estados, como no Paraná. Não é que as escolas públicas vão passar a ser privadas, o que realmente seria o caos completo, mas, sutilmente, os projetos de lei, que foram aprovados no Paraná e agora estão sendo tentados em São Paulo, transfere a gestão da infraestrutura da educação pública para a iniciativa privada. As empresas ficarão responsáveis pela construção dos prédios e, depois, pela manutenção da infraestrutura, pela gestão de limpeza, alimentação, vigilância e jardinagem e pela contratação de funcionários para essas áreas. Sob a responsabilidade das empresas também estarão as atividades diárias escolares envolvendo o apoio aos alunos que não conseguem acessar com autonomia as instalações escolares.

Sabe o que isso significa? É a manutenção e a infraestrutura da escola sendo usada pra gerar mercado e lucro usando dinheiro público. Se a escola não é privatizada totalmente então o dinheiro que vai ser usado na manutenção dessa infraestrutura é todo público. As pessoas vão conseguir se matricular nas escolas públicas ainda? Sim. As escolas públicas vão conseguir oferecer a mesma qualidade de ensino? Óbvio que não.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Economia, História, Cultura e mais num Caldeirão

" A palavra economia deriva do grego oikonomía : oikos - casa, moradia; e nomos - administração, organização, distribuição." - Você vai encontrar essa citação em vários lugares. Eu só coloquei "Economia etimologia" no google. A própria I.A. do Google gerou essa joça sem eu pedir, mas provavelmente copiou do ECONOTEEN que estava logo abaixo.

Eu vou falar sobre economia, mas com pouca propriedade porque eu não sou um economista. O que eu sei foi escutando outros economistas falarem sobre o assunto. Humberto Matos, Ju Furno, Andre Roncaglia, Paulo Gala...

Tá, mas o que eu prato de salada tem a ver com economia? A gente não deveria falar de dinheiro, juros, PIB, e essas coisas chatas que aparecem no jornal?

Não.

Eu fiz uma cadeira de economia na faculdade e a primeira coisa que foi feito foi cortar o papo de que economia se trata de dinheiro. Se trata de produção e distribuição de bens, se trata de quanto de tomate, quanto de alface, quanto de batata está sendo produzido e se esses produtos estão chegando para as pessoas que vão consumir. Significa também se há pessoas cozinhando esses produtos, como estão sendo cozidos e quem está comendo, e se essas pessoas estão comendo o suficiente para continuar os seus afazeres. Isso é meio complicado porque confunde um pouco com logística, quase como se fosse uma extensão da mesma. Pensando por um lado, talvez seja.

Não se trata necessariamente de justiça, apesar de ser possível de, em certa medida, usar medidas econômicas para que se execute justiça de forma um pouco mais objetiva.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #82

- É melhor você ligar pro socorro ou chamar alguém. - Disse Alabáreda
- Claro!

Flambarda procurou o celular na mochila, e felizmene não foi muito difícil de achar. O sinal não estava perfeito mas havia alguma coisa e talvez fosse possível contactar o 193. O que se passava pela sua cabeça era como explicar o que diabos aconteceu ali na plataforma e como diabos o agente de segurança foi parar lá e acabou desacordando porque seria a pergunta mais natural a se fazer. Pensar que ela precisaria responder isso - e dizer a verdade provavelmente não adiantaria de muita coisa - fazia com que ela hesitasse em suas ações, mas decidiu que seu companheiro - relativamente inseparável - estava certo. Ela pensaria em alguma desculpa assim que conseguisse ajuda. O telefone chamava enquanto ela subia as escadas procurando quem pudesse auxiliá-la.

A estação parecia meio fantasma. Pra não dizer totalmente, havia uma caixa ainda pra atender quem quer que fosse, se é que apareceria alguém, e pra sua surpresa quem apareceu estava do outro lado da catraca gritando.

- AJUDA POR FAVOOOOOOR - Gritou Flambarda.
- OOOOOOOOOI!? - A mulher respondeu
- ME AJUDA!
- O QUE QUE FOI!?
- O GUARDINHA DESMAIOU!
- VIXE!

A mulher parecia estar fazendo uma série de ligações, até que alguém finalmente atendeu na ligação que estava sendo feita no celular.

- Alô? - Disse a voz do outro lado do telefone
- Oi! Eu preciso de ajuda!
- Calma, senhora. O que está acontecendo?
- Miga. - "Senhora é a puta que te pariu", a detetive pensou enquanto conversava. - Tem um guardinha desmaiado aqui na estação de metrô.
- Qual estação?
- Engenho da Rainha.
- Estamos enviando uma viatura praí agora mesmo. Não mexa nele enquanto isso, por favor.
- Tá bom. - "Tá falando meio tarde, miga."

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Sobre Beleza e Valores e Nós Mesmes

 Acho que todo mundo já leu em algum lugar que "evidências da psicologia mostram que nós nos achamos mais bonites do que realmente somos." Por um momento eu até achei que era verdade, e que a gente se acha isso tudo mesmo, mas eu nunca me achei isso tudo quando eu mesme me olhava no espelho. Eu olho pra maioria das pessoas que estão a minha volta reclamando do quanto elas não gostam de alguma coisa de seus corpos ou de suas aparências e de como elas conseguem apreciar muito mais quem está por perto do que apreciam a si, e essas coisas nunca bateram, mas talvez fosse o meu grupo. Só que hoje eu resolvi desafiar: "Será que a gente realmente acha que a gente é tão bele assim?"


Eu acho que eu leio isso antes de 2013 mas a fonte mais fácil que eu consegui encontrar foi essa que tem uma metodologia pra lá de questionável. Outras metodologias de pesquisa mostram que outras pessoas nos enxergam como se fossem muito mais belas daquilo que a gente realmente acha. Só que beleza é uma coisa bastante subjetiva, apesar de ser, em certa medida, construída. A nossa noção de beleza está muito ligada ao eurocentrismo porque é exatamente isso que é retratado na maioria das mídias como aquilo que é atraente ao protagonista homem. A padronização do aceitável, ou atrativo, também aparece com diversos outros temas da sociedade como também as idéias políticas que devem ser mais aceitas.

Só que, algumas coisas me deixam com a pulga atrás da orelha. A gente sabe que em caso de despressurização no avião, a máscara de gás vai primeiro na gente, e depois em quem estiver do seu lado. A razão é direta: Se você não estiver em boas condições, você não vai conseguir ajudar quem estiver perto. Isso é válido para outras coisas da vida. Não dá pra dar esmola se você não tem dinheiro sobressalente para tal. O papo da máscara de gás funciona até se a pessoa ao seu lado for mais desenrolada que você, porque, se for o caso, ela vai colocar a máscara dela primeiro e você nem vai precisar se preocupar com isso. Ainda assim a gente se desdobra pra dar um jeito de ajudar quem precisa.

Eu tenho duas hipóteses e ambas vão aparecer na sequência, mas você vai cair no bait?

domingo, 29 de setembro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #81

Quando Flambarda subiu as escadas para entrar na estação de metrô de Vicente de Carvalho, tudo parecia normal. Além da chamada aleatória de Fernanda, que ela precisa responder, tudo parecia extremamente rotineiro. Ela já teve alguns dias normais, mas eram cada dia menos frequentes. Talvez fosse hoje um dia para descansar. Ao mesmo tempo, ela se perguntava se isso não seria apenas aquele ponto de save antes do boss e que o mundo estava preparando alguma coisa pra jogar de volta nela, só que, pela experiência dela, quando esse tipo de coisa acontece tem alguma doidera com essas benditas luzes que passeiam pra lá e pra cá. Naturalmente, ela ainda não tem bola de cristal e não consegue saber se amanhã as entidades estarão a fim de comer seu cu com farofa ou não.

Mas ela ainda tinha dúvidas, que ela planejava tirar com Sofia e sabe-se lá a quem mais ela poderia perguntar. Esse papo de elemento ta começando a fazer algum sentido e isso a incomodava um pouco. A vida era tão mais fácil quando era só beijar na boca e pagar boleto, e olha que ela nem pagava tudo quanto era boleto ainda! Se alguém sabia como essas coisas deviam funcionar seria ela, que tinha um caralho de uma apostila sobre isso. Parece que desde que ela pegou essa bendita dessa luva, sua amiga resolveu entender a fundo. Era interessante ter Fabiana e Sofia por perto. Elas forneciam apoio emocional e racional, o problema é que era difícil saber quem usava mais a cabeça e quem usava mais o coração, não que isso fosse realmente importante.

Ela deu uma certa sorte, porque o metrô não tardou muito a chegar na estação logo após sua breve epifania. O trem estava relativamente vazio. Haviam poucas pessoas no vagão, e como toda boa usuária de transporte público a primeira coisa é tentar entender porque diabos essa dádiva dos céus está acontecendo, ainda mais depois da sorte de não ter que ficar esperando o trem. Ao pegar o celular pra tentar pesquisar alguma notícia, ela escutou oa mensagem do alto-falante:

"Olá passageiros aqui é o condutor Rodney..."

sábado, 7 de setembro de 2024

Memes não São Ingênuos

Eu tenho dito cada vez mais que a gente tem que olhar pras coisas com senso crítico e tem muitas camadas a respeito disso e das obras com as quais a gente entra em contato ao longo da vida. Enquanto existem obras que o conteúdo está em certa medida escondido atrás da forma, tais quais a sátira presente no Homelander de The Boys, ou tal qual o aspecto fascista do Capitão Nascimento de Tropa de Elite, mas também para olhar que as pessoas as vezes não querem enxergar além dessa forma que é a razão pela qual essas criaturas fazem sucesso. Isso é um problema grande, um problema bem grande, porque ao mesmo tempo que se normaliza a imagem de fascista nas telas, auxilia os fascistas a se identificarem conforme concordam e brigam pelo espaço dessas figuras na cultura popular.

Dessa vez não tem imagemzinha porque esse mesmo caráter vai aparecer nos memes da internet. Que já é um relaxamento de conceito porque para que uma obra seja considerada um meme, ela precisa ser replicada. Se você acha que eu to falando besteira, não precisa ir muito longe, você pode pegar a definição superficial da própria Wikipedia. Só que hoje em dia, qualquer imagem com cunho levemente humorístico é chamada de meme. Na verdade, o termo no Brasil evoluiu de tal modo que meme é um sinônimo pra piada. É de se perguntar se saber a origem da palavra é importante, e eu diria que é pra que se compreenda o processo histórico que faz com que o significado da palavra mude. Se hoje a palavra Meme é um sinônimo pra piada, uma das razões que eu aponto como mais provável é que aquilo que se profilerou e continua se proliferando na internet é chamado de piada, apesar da repetição da obra não se dar por causa do humor. Veja que os humoristas de stand up fazem diversas piadas e nenhuma delas de fato é reproduzida pelas pessoas na internet.

Compreender os fenômenos que fazem um meme viralizar são importantes para as pessoas que fazem marketing para que elas possam produzir campanhas que tenham grande alcance. Se a campanha de marketing é replicada pelas pessoas ao longo das redes, a mensagem dessa equipe de marketing vai chegar bem longe. Repare bem na palavra que eu destaquei. Memes não são peças ingênuas que não tem propósito algum. Da mesma forma como eu falei de comunicação anteriormente, uma pessoa que se comunica ela tem o propósito de passar a sua mensagem, e em geral ela fala mais de si do que de qualquer outra coisa, por mais que essa mensagem possa ser muito útil para quem recebe, ela também expressa o desejo de ajudar de quem a envia. Um meme carrega uma mensagem e uma série de códigos que vão se replicar e ser compartilhados ao longo das redes. Se você fica espalhando meme do Homelander que é uma figura fascista, qual valor você está espalhando e normalizando?

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

A Ciência Básica não é a Base da Ciência

Pronto, achei uma frase de efeito chique pra falar de efeito Dunning-Kruger. Acho que a essas alturas todo mundo sabe o que isso aqui significa, não? Em palavras mais simples é: Quanto mais a gente sabe de alguma coisa, mais a gente sabe que a gente tá longe de saber alguma coisa.


Eu vou tentar trazer isso para uma perspectiva de desenvolvimento do conhecimento científico e sobre coisas curiosas que acontecem. O texto anterior me levou a fazer esse gancho que eu achei extremamente pertinente só que eu achei que ia tornar a postagem anterior grande demais, e talvez fosse levar muito pra fora daquilo que eu tava tentando discutir, que era o conceito de verdade. Aqui o nosso objetivo é falar sobre coisas que a ciência tenta responder e como ela faz isso. Teve um podcast recente dos 3 Elementos que o Carlos Ruas fez uma analogia com uma estrada. Talvez seja o caso, mas eu gosto de imaginar a ciência como uma estrutura mais de dependência. A minha mente de cientista da computação só consegue pensar em grafos, e talvez a estrada não seja tão ruim.

Qual é a pegada, a pegada é que a gente aprende e desenvolve a ciência de uma forma intuitiva porque é difícil imaginar todas as possibilidades que poderiam gerar determinados resultados. Numa idéia de: "Se eu jogo essa maçã pra cima, ela cai, então se eu jogar essa amendoa pra cima ela também deve cair." Isso se verifica, e até se verifica que uma folha cai, mas isso não é o suficiente para explicar porque a folha cai da macieira mais devagar do que a maçã. Ingênuamente considerariamos que a massa do objeto é o que faz diferença e intuitivamente faz até algum sentido, mas aí não explica porque se você coloca a folha em cima da maçã você acelera o tempo de queda da folha em muito.

Talvez a gente já saiba, mas talvez os pequenos ainda não saibam.

domingo, 25 de agosto de 2024

Conflito entre Verdade e Sobrevivência

Recentemente eu andei escutando bastante o Pedro Ivo do AteuInforma. Apesar de eu não concordar com tudo o que ele fala, o jeito que ele fala sobre filosofia é até mais interessante do que o jeito que ele fala sobre história. Recentemente ele entrou em um ódio acerca do conceito de filosofia pós-moderna que é realmente um conceito complicado de se lidar especialmente quando esse tipo de filosofia esvazia o conceito de verdade colocando ela em cheque contra a perspectiva plural das pessoas.


O que o Pedro Ivo luta, e aqui eu concordo com ele, é que a gente tem que brigar por descobrir pelo menos alguma verdade. Não pode ficar tudo numa questão de narrativa, mesmo em ciências humanas onde as coisas estão ligadas muito por uma questão de perspectiva, e é difícil obter qualquer evidência para que se produza alguma forma de ciência. Se isso é difícil em História onde você de fato tem alguma evidência empírica mais concreta tal qual um artefato ou um documento, imagine para outras como a Sociologia onde a evidência que você tem é baseada no comportamento humano e as causas são quase impossíveis de serem tratadas porque não existe um leitor de intenção (ainda).

E esse vídeo aí nem foi o último que eu vi, o que ele postou. Eu coloquei aí porque é mais um daqueles importantes onde ele bate em pós-moderno.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #80

 Flambarda ligou para Fabiana conforme se aproximava, demorou um pouco mas ela atendeu.

- Oi Flam!
- To chegando, Bibi!
- Ah! Eu vou aí embaixo te buscar!
- Não precisa.
- Ah, precisa, sim! É sempre bom estar acompanhada!
- Então vem logo, porque eu to quase aí!
- Puta merda! Já to chegando!

Bibi desligou com pressa, e a jovem detetive riu consigo mesma. Ela já tinha ido a casa da amiga antes, só não era tão frequente. As ruas pareciam relativamente desertas os elementos ao redor não pareciam ter qualquer pertubação, apesar de uma certa predominância de elementos azuis e brancos, mas em si, Flambarda via muito mais elementos verdes e vermelhos. Ela estava tentando lembrar sobre tudo o que leu acerca das filosofias chinesas até então. Se fosse verdade, essas luzes que passam por ela são indícios de ímpeto e de movimento, mas é claro que ficava faltando o que isso significava porque ela não sentia em si nenhum ímpeto nem qualquer vontade de movimentação. Pra que correr? Onde estava o impulso? Eram perguntas que ela se fazia no caminho.

Flambarda foi capaz de ver Fabiana abrindo os portões, pois já estava na calçada em frente ao edifício. Ela estava com um top e um shortinho e naturalmente estava estranhando bastante aquela criatura que parecia que andava de uniforme. Não que ela não estivesse quase sempre de top e short, mas a calça jeans no calor realmente não ajuda uma viva alma. Especialmente no calor do Rio de Janeiro. O abraço foi intenso, com direito a mais típica demonstração de carinho de duas amigas de longa data.

domingo, 28 de julho de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #79

- Vem cá, sua piranha. - Disse Flambarda para Fernanda. - Você não é pica pra caralho?
- Depende do que você chama de pica.
- Eu vi você brigando com o Rain. Não mete essa.
- Ah. Você diz que eu sei bater?
- Você é forte pra caralho. Você pode ir e vir do jeito que quiser, e mesmo assim fala pra eu ir lá.
- Bom, é porque a gente ainda é humana. Aguenta até um pouco mais, mas se a gente levar um tiro morre do mesmo jeito.
- E quem é que vai te dar um tiro?
- O Entrenós.
- Que!? E você quer que eu vá lá?
- É... bem...
- Pau no seu cu, Fernanda! Esse filho da puta podia me matar esse tempo todo e você brincando de detetive!? Porra, nem os chefes da minha mãe falaram pra ela ir pro trabalho quando o tiro tava comendo! - Ela disse se levantando. - Não! Chega dessa porra! Pelo menos quando eu era Druida o Rain não me colocava na linha de tiro! - Ela bateu na mesa e começou a sair.
- Eu falei que ela era difícil... - Disse Japa.

Flambarda estava puta da vida. Ela lembrou dos golpes que o Entrenós desferiu. Aquilo doeu, e começa a fazer algum sentido. Socar uma parede não doía tanto, mas os golpes mais sobrenaturais que recebeu realmente machucaram. A investigação era perigosa, e sua raiva era ainda maior porque em nenhum momento isso foi dito. Ela ainda estava relutante em recusar porque dentro de si, ela sabia de sua importância e que havia também um risco em deixar aquele cara fazer o que quer que estava fazendo, se é que Fernanda estava de fato falando a verdade. Imaginar que ela podia ser uma detetive também gerava uma certa paranóia na própria cabeça.

terça-feira, 16 de julho de 2024

Pensando Sobre Amor

Esses dias eu escutei o prof. Clóvis de Barros com o Ilan no inteligência ltda. Sabe como é, a entrevista lá é longa e aqui no máximo dá pra pendurar um cortezinho.

E nesses dias eles andaram falando sobre amor. Eu queria dar uma olhada nesse conceito, que é repetido em diversas entrevistas pelo próprio Clóvis. É importante frisar aqui que quando falamos de amor estamos falando daquele tipo de relação romântica que existe entre dois seres humanos. Uma ligação que une as pessoas quase como se elas se tornassem entidades. Se você já conhece o discurso, primeiro ele define amor como desejo (Eros), depois como regozijo nas palavras de Espinoza, e por fim como forma de carinho e zelo, num discurso mais na idéia de Jesus.

Bora dar uma conferida

sábado, 6 de julho de 2024

Aether e Rethea #13

- Saiam da praia! Eu vou dar um tiro de Bazuca no Aether e eu não quero causalidades! - Gritou Rethea com um alto falante bem potente do alto de um helicóptero. O povo incrédulo começou a correr pra longe bem devagar enquanto Aether tinha uma estranha sensação de Deja Vu. Ele sentiu que já passou por isso no passado, mas que agora estava preparado, sacando uma magnum de seis balas de dentro da mochila com a qual ele viera para a praia.

Ele empunhou a pistola na direção de Rethea, ela sabia o que isso significava. O tiro provavelmente iria ser no míssil, isso não iria impedí-la de fazer algo grande. Pilotando o helicóptero, ela posicionou de modo a jogá-lo contra seu rival que estava ali na areia esperando uma ação, mas certamente não esperava que ela fosse jogar o bendito do veículo na praia. Puta mulher inconsequente, mas ela fez questão de avisar antes gritando no mesmo megafone. - Não vão sair não!? Então eu vou jogar logo essa porra desse helicóptero aí!

A visão do helicóptero se aproximando lentamente fez justamente aquilo que ela esperava, começou a fugir quando viu o helicóptero vindo. Aether, por alguma razão, já esperava que ela ia aparecer. - Ela sempre aparece - e portanto cavou algo como se fosse uma espécie de trincheira, uma vala onde ele pode se jogar e se proteger do iminente avanço enquanto ela caiu na água de paraquedas. A praia que era um lugar pacato há 5 minutos atrás, agora parecia uma mini cena de guerra. Aether jogou uma flashbang para o alto para atordoar quem estivesse olhando para aquela direção, e no explodir da bomba saiu do buraco. A praia parecia deserta.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Gerundismo

Esses dias eu tava pensando sobre uma teoria. Será que o uso excessivo do gerúndio na comunicação atual não teria algo a ver com traduções e influência da lingua inglesa? Afinal de contas, os caras quase sempre metem uma particula auxiliar com um gerúnido pra fazer as coisas funcionarem. Isso quando não colocam particula auxiliar com o inifinitivo e diz que tá conjugando.


Vou estar cozinhando um ovo aqui de leve

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas como eu sou uma pessoa que preza por uma pesquisa, eu fui verificar se a minha teoria já havia sido estudada por alguém antes. Afinal, pessoas que lidam com linguística muito provavelmente já se debruçaram sobre esse tema e já devem ter enxergado esse padrão há anos-luz atrás, e, para minha surpresa, tem pouco a ver com a língua inglesa. Dá pra dizer que não tem nada a ver? Não, mas certamente dá pra dizer que não é o maior dos fatores, e vamos falar disso agora enquanto cozinhamos um ovo pq esquecemos de descongelar o frango.

domingo, 16 de junho de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #78

"Mais uma vez, o Bullguer do Botafogo Escada Shopping. As vezes eu acho que esse lugar tem alguma coisa mística."

Esse raciocínio veio a mente dela conforme ela estava no metrô. Ela mandou mensagem pra Sofia e pra Bibi, mais por uma questão de avisar mesmo. Não tinha muita pretensão de continuar uma conversa. O Japa já foi contratado pela Fernanda antes pra investigar a própria e saber que estão no mesmo lugar para discutir o mesmo assunto cheira um tanto quanto estranho. Voltando a aquele momento, ela e suas amigas estiveram na casa dele e ele tinha todas as ferramentas para poder desviar a atenção delas como quisesse acerca do que estava acontecendo e foi o que aconteceu de fato. Logicamente, dessa vez ele não tem razão para mentir para ela.

Demorou um tempo. A viagem de Saens Peña até Botafogo demora mais ou menos 1 hora. Era de se perguntar se ficariam ali por todo aquele tempo. Quando estava perto, recebeu uma mensagem de Fernanda perguntando se ela estava a caminho. Flambarda resolveu não responder e simplesmente aparecer lá. Um pouco arriscado, mas foda-se. Se o que quer que seja que Nanda fosse queria falar com ela tanto assim, ou que fosse até lá, ou então que esperasse. E lá estavam as duas criaturas, mas olhando rapidamente a mesa, ela rapidamente pensou. - "Filhos da puta, pediram um sanduíche pra mim."

A presença da jovem excêntrica bagunçava o local, pelo menos aos olhos da detetive que via as fagulhas elementais passeando pelas coisas através do mundo, e agora passa a ver um excesso de fagulhas brancas e vermelhas. As pessoas pareciam bastante animadas também, com várias conversas acontecendo ao longo do shopping, majoritariamente entre pessoas e atendentes. Por causa disso, as pessoas falavam bastante alto e o som dentro do shopping poderia atordoar uma pessoa distraída. Provavelmente será um dia de lucro para o shopping, e para ela também, desde que convencesse Japa e Fernanda a pagar o lanche.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Por que Inicamos Diálogos?

O título é bem bonitinho né, mas a minha dúvida é mais intrigada pelo fenomeno da fotopenis, ou fotopolla, ou dickpic, como você preferir chamar, bem como também pensar o fenômeno do cantada de pedreiro. Muito provavelmente ao estudar um pouquinho de comunicação é muito provável que você tenha visto a seguinte figura em algum momento da sua vida.

Não é uma imagem errada. Ela até coloca a comunicação como se fosse uma espécie de um ciclo apesar de você pode também entender como se num segundo momento os papéis fossem simplesmente trocados e e Receptore passa a se tornar ume Emissore. Além disso eu já comecei a dissertar sobre isso em outra postagem mas eu não tinha focado nesse objetivo de pensar essa comunicação específica e enveredei mais por um caminho inicial acerca de linguagem e contexto, que é uma coisa importantíssima da comunicação. Só que dessa vez eu vou fazer duas críticas a esse modelinho aqui. Se elas são válidas? Talvez algume estudiose da comunicação possa dizer algo. Será que eu consigo alguém pra uma discussão mais interessante ou pra macetar as cagadas que eu vou falar?

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Enchentes no RS - Catástrofes Climáticas

Vamos começar falando que as catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul não são novidade nenhuma em 2024. Essa pedra já tava sendo cantada com os ciclones em 2023, e já tinha uma prévia no início do ano com uma das primeiras chuvas que derrubaram árvores e o escambau por lá.



Eu tenho visto também que a gente tem que se posicionar, e talvez eu tenha mesmo, mas eu não quero falar sobre doar e talz. Essa parte humanitária a gente já sabe. Eu também não quero falar sobre boatos, que estão rolando na pandemia porque os youtubers já estão cobrindo isso muito melhor do que eu. Colocarei três links logo aqui no início pra que vocês sigam no youtube e vejam o que está sendo dito sobre as catástrofes:

https://www.youtube.com/@MeteoroBrasil

https://www.youtube.com/@IanNevesOficial

Os vídeos deles também servem pra embasar um pouco as minhas opiniões acerca do assunto. E essa pessoa aqui também me embasa:

https://www.instagram.com/hazelisonline/

Dito isso tudo, bora pro show de críticas ao capitalismo, porque é disso que se trata.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #77

Domingo, 03/07/2016, 9:00. Flambarda acordava sentindo ainda as dores das cólicas. Os últimos dias foram tão intensos que ela mal teve a oportunidade de se deixar sentir as dores. Agora elas pareciam voltar com tudo, mas felizmente era final de semana e sua mãe ainda estava em casa. A jovem não hesitou em chamá-la.

- Manheeeeeeeeeeeeeee!
- Oi Filhaaaaaaaaaaaa! - Ela gritou de outro ponto da casa.
- Me traz água e um Buscopan por favooooooooooooor.

Demorou alguns minutos, Jéssica provavelmente estava lavando louça ou fazendo qualquer outra tarefa doméstica. Ela entrou trazendo o copo de água em uma mão e o comprimido na outra. Esperou sua filha se levantar minimamente, para que pudesse consumir o remédio.

- Vou trazer um café pra você.
- Não! Não é possível que uma cólica venha a me derrubar.
- Filha. É cólica. Derruba qualquer um.
- Porra, então aquelas mulher que não tem cólica tem o que? Magia?
- Eu também sempre quis saber.
- Eu tenho essa luva aqui do caralho e mesmo assim continuo sentindo dor! Porra!
- Isso é uma luva, não uma injeção de morfina.
- Você já viu o que essa merda faz! Não vem com essa.
- Eu só vi você queimando as coisas e tirando um machado do cu. Fora isso, mais nada.
- Eu soquei a cara de um filho da puta ontem.
- Eu não tava lá pra ver.
- Caralho, da próxima vez eu vou pedir pra Sofia filmar.
- Descansa. Apesar de saber que você não vai se aguentar.

domingo, 12 de maio de 2024

Aether e Rethea #12

 Aether estava perseguindo Rethea dentro de um prédio. Ela desacordou os seguranças e os jogou em cima dele para retardá-lo, foi uma forma de recuperar o tempo perdido tirando essas ameaças do caminho. Aether não tinha muita paciência e simplesmente os jogava para o lado procurando uma linha de tiro para acertá-la com sua 9mm. Ela iria virar no corredor onde ficam os elevadores e a escada de emergência. Aether até atirou algumas vezes, mas sabendo que havia uma possibildiade dele fazê-lo, ela adentrou o corredor com piruetas erráticas fazendo com que ele não fosse capaz de prever seus movimentos para acertá-la. Piruetas incríveis feitas usando um sobretudo marrom.

Ele não podia deixá-la escapar dessa vez! Apesar de imaginar que ela certamente teria alguma carta na manga, mas ele precisava tomar cuidado, ela poderia estar esperando, então ele entrou atirando meio que as cegas, posicionando a mão antes do corpo. Ele precisava fazer dessa forma pra que ela não tivesse a vantagem. As balas não acertaram pois ela estava coberta pela própria porta corta fogo, mas ela perdeu a vantagem pois precisou se esconder. Ela então fez uma coisa parecida, deu alguns tiros cegos, isso fez com que Aether tivesse que se deslocar de volta para onde ele tinha cobertura, nessa volta ela conseguiu mirar mas por uma fração de segundo o tiro pegou na quina arrancando um pedaço da parede e dando até um susto em Aether. Ela aproveitou a retomada da vantagem para começar a subir a escada. Aether aproveitou para recarregar a sua arma.

O homem precisava obter a vantagem novamente, então jogou uma flashbang para correr atrás dela, mas quando se colocou no corredor, não havia ninguem. A porta corta-fogo estava em vias de fechar. Ele então correu e deu um golpe na porta para caso ela estivesse atrás sofresse algum dano, porém a porta simplesmente foi, e nada acertou. A segunda porta que existe para mitigar problemas de incêndio acabara de fechar. O problema é saber o quão rápido ela está subindo, já que esse edifício imenso não tinha subsolo com garagem. A segunda porta foi aberta mais ou menos da mesma forma. Nem sinal, exceto pelo som dos passos que eram possíveis de se escutar dado o silêncio e o confinamento das áreas de escadas de emergência.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Podemos Superar o Capitalismo?

Eu vou fazer uma análise um pouco rasa daquilo que eu venho escutado acerca de história e desenvolvimento de economia, mas eu vou colocar a pergunta logo de cara: "Podemos Superar o Capitalismo?"


Eu vou colocar alguns argumentos, primariamente aqueles mais focados em economia, mas se de acordo com os historiadores modernos, a história não se repete (apesar de as vezes falarem que sim, se repete).

sábado, 4 de maio de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #76

- Valeu, Sofia! - Flambarda gritou conforme passavam pelo portão
- Tchau Flamgata! Tchau Bibi!
- Tchau Sofia! - Bibi também se despediu.

Saíram da casa de Sofia era aproximadamente 19:00. Elas não tinham muito o que conversar porque jogaram basicamente toda a conversa fora durante o tempo que estavam na Sofia. Fizeram debates aleatórios sobre quaisquer coisas aleatórias que não chegavam em lugar nenhum. Sofia deu cantadas em Flambarda, Bibi falou besteira, elas dançaram funk, se zoaram, etc. Foram então até o metrô em silêncio, fizeram basicamente todo o processo em silêncio, mas o metrô de Flambarda passou primeiro porque por alguma razão passa mais metrô pra tijuca do que pra zona norte. Algo que elas sempre se questionaram, mas nunca descobriram exatamente a razão.

A detetive estava um pouco mais tranquila porque a dose de loucura por dia teoricamente já foi a suficiente. Uma druida gostosa que a faz questionar a sua sexualidade e a forma de ver as questões de destino e escolha, um louco que resolve brigar com ela por nenhuma razão aparente e ela acaba ganhando dele na base da força bruta, uma força que nem ela mesmo sabia que ela tinha. Muito provavelmente uma força em função da luva que começou todos esses problemas há 75 episódios atrás, mas que naquele momento se tinha uma coisa que ela era grata foi por toda a força e pela condução de Alabáreda na luta. Talvez ela não fosse capaz de vencer caso não tivesse tanto apoio, afinal de contas, até há alguns dias ela era apenas uma estudante de administração.

domingo, 28 de abril de 2024

Polêmica #86 - Sexualização ou Libertação?

Esse é um papo velho, mas que volta e meia aparece porque sempre tem ume desenvolvedore de jogos meio tarade que resolve fazer coisas desse tipo:


Mas vamo combinar que Stellar Blade nem tem tanta coisa assim.

A minha estratégia aqui vai ser fazer perguntas pertinentes encadeadas pra gente tentar chegar em algum lugar. Eu nem cheguei a jogar Stellar Blade (e nem jogarei), mas jogo com protagonista gostosa é o que não falta. A pergunta inicial que a gente pode fazer é:

Por que determinados jogos com gostosa geram polêmica, e outros não?

terça-feira, 23 de abril de 2024

Michael Jordan e a Síndrome do Ímpostor

 I’ve missed more than 9000 shots in my career. I’ve lost almost 300 games. 26 times, I’ve been trusted to take the game winning shot and missed. I’ve failed over and over and over again in my life. And that is why I succeed.”

Numa tradução livre aqui: "Eu errei mais de 9000 arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. 26 vezes me confiaram o arremesso da vitória e eu errei. Eu falhei de novo, de novo, e de novo na minha vida. E é por isso que eu venci."


Beleza, vamos começar dizendo que eu não faço idéia se o Michael Jordan tinha uma Síndrome do Impostor ou não. Isso pode até ter sido relevante pra ele, até mesmo se ele encontrou uma forma de lidar com ela, isso se ele a tiver. Eu quero falar sobre o que acontece atrás das cortinas do espetáculo.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #75

Só que era um pouco tarde. O conflito já havia começado. A velocidade de Valdir reduziu bastante, mas ele já sentia menos os empurrões da Detetive. Até a hora que ele conseguiu chegar perto por pura força de vontade e deu um socão em Flambarda, que cambaleou quase caiu no chão. Até que ela escutou a voz de Bibi gritando: "Flaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam!" Isso meio que despertou ela e fez com que ela levantasse bastante rápido, e também deu uma fração de segundo necessária onde seu oponente perdeu o foco por um instante. O lutador em seguida voltou a sua estratégia, e Flambarda parecia estar em apuros. Então, em uma fração de segundo ela teve uma conversa com Alabáreda.

- Flambarda! Foco!
- Que!? O Que é isso!?
- Sou eu, Alabáreda. E tá na hora de você usar a terra.
- Fala português, filho da puta.
- Base firme, não foge. Aguenta o tranco e bate de volta.
- Cê quer que eu morra!?
- Confia em mim! Porra!

Flambarda mudou. Colocou os pés no chão e armou uma base firme pronta pra apanhar, mas também pronta pra bater. Sua mão direita em chamas, e seu corpo fluindo com energia de terra, engajaram em um combate um tanto quanto violento. A detetive de um belo de um socão na cara do Valdir que devolve com outro, só que a base firme segura a jovem no chão que gira o corpo de volta e desfere mais um golpe. Esse carregado de dor e raiva, encaixando forte no osso esterno, causando bastante dor e dano e fazendo com que seu oponente capotasse para trás rolando diversas vezes tal qual um "Arranca Cavanco" do Ralf de King of Fighters.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Aether e Rethea #11

- Por que eu tenho que ir atrás do Aether!?
- Porque ele sabe demonstrar o Teorema de Ceva.
- Não era mais fácil pegar um livro de matemática?
- Não

"Ah, vai se fuder!" - Era o raciocínio de Rethea quando saiu daquela reunião da cúpula. Agora ela só tinha um objetivo, capturar Aether e fazer com que ele demonstre o Teorema de Ceva porque um bando de gente estranha não tá afim de abrir um livro ou olhar na google. Bom, já que era pra enfrentar seu rival, que tivesse algum estilo, mas Aether estar em Paris facilitaria bastante para alguém que vê valores na indumentária européia ocidental. Especialmente no inverno onde ela poderia usar aqueles casacões chiques da Chanel. Só não era original porque até ela entendia que não cabia no orçamento.

Mas o chapéu era.

A visibilidade não estava muito boa naquele dia. Quase como se o inverno gerasse uma névoa que dificultasse a visão de qualquer pessoa. Por debaixo do casaco ela basicamente usava termais e um botão lindo com um saltinho só pra não perder a classe, mas manter a funcionalidade. Rethea não fazia muita questão de se disfarçar, mas pintou umas mechas do cabelo de rosa só pra dar uma alterada daquele loiro platinado padrão dela.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #74

As meninas se serviram direto da cozinha conforme quiseram. Flambarda e Fabiana fizeram questão da linguiça, enquanto Sofia seguia com sua mentalidade vegana com sua salada e molho chiques. Apesar de ter uma mesinha na cozinha, as três se sentaram juntas no chão da sala com as costas apoiadas em alguma coisa. A anfitirã se apoiava na parede mais próxima da cozinha enquanto as outras duas se apoiavam no sofá, mas a detetive estava certamente mais ao centro. Os anos de cozinha vegana provavelmente trouxeram alguma experiência e a comida tinha um sabor interessante. Até que a campainha tocou.

A jovem empresária foi até a porta, e a abriu sem observar quem era. Um homem pequeno de cabelo e barba volumosos, empurrou Sofia pra dentro para evitar que ela tivesse chance de bater a porta, e ela até tentou, mas ele era bem mais forte que ela e não teve dificuldades para derrubá-la no chão, bater a porta de volta, olhar para Flambarda apontar o dedo e dizer: "Você!" Porém logo em seguida ficou reticente e a detetive olhando para aquela cara fazia um esforço para se lembrar enquanto ele mesmo procurava palavras pra continuar algum discurso que foi interrompido sabe-se lá pelo quê.

- Você! ...Vista uma roupa! Agora!
- Que!? - Flambarda levantou com os braços para o alto, imaginando um assalto, mas visivelmente confusa.
- É! Roupas! Aqui! - Ele foi até as calças mais próximas e jogou pra ela
- Caralho! Que merda que tá acontecendo aqui!? - Ela repetiu, e começou a analisar a roupa. - Pera. Essa aqui é sua Bibi. - E jogou as calças para trás.
- Então cadê a porra da sua calça!? - Ele vociferava. Até que foi interrompido.
- Valdir! - E então ela entrou em uma espécie de postura de luta. - O que caralhos você tá fazendo aqui!?
- Eu vi que aquele otário do Rodney tava vindo pra cá. Enfiei a porrada nele pra tirar aquele merda do caminho e agora é só eu e você!
- Pera! Você bateu no Rodney? - Bibi perguntou por trás de Flambarda.
- Meti a porrada. Vieram atrás de mim, mas eu sou muito mais rápido. Aí na fuga, passando pela rua eu finalmente senti aquela energia de novo... - Ele disse, reticente, olhando para a luva. Que chamou a atenção das outras duas meninas também.
- Você quer a luva? - Flambarda provocou. - Então vem pegar.

sábado, 6 de abril de 2024

Gamergate 2.0 - Porquê Apoiar a Sweet Baby Inc

Eu vou colocar aqui de forma simples usando o francês fluente.

Fodam-se dos GateKeepers


Dê uma voadora na porta e deixe as pessoas entrar, porra!

Não, eu não vou maneirar na linguagem.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Política - Porque é Sempre Necessário

Hoje eu vou falar de política, mas a idéia não é gerar polêmica. A minha idéia aqui é colocar logo na nossa cara, e lembrar volta e meia que eu tenho um viés político também. Mutável, mas tenho, e cada vez mais eu entendo que tudo o que eu falo é política e se eu me coloco de forma meio isenta, eu posso até ser neutro a partir de um determinado ponto de vista, mas na verdade eu to sendo otário. Eu preciso defender os meus direitos e interesses e os direitos e interesses dos meus semelhantes porque se eu pagar de neutro quem tiver o poder pra manipular as opiniões públicas vai fazê-lo e eu provavelmente só vou me dar mal. 



Seguimos com imagens no paint, mas essa demorou uns 10 minutos.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Uma Homenagem aos Hiatos

As vezes a gente fica muito tempo sem fazer alguma coisa e acaba abandonando. Tudo bem, podia ser uma coisa que realmente não valesse a pena ser feita, mas as vezes a gente volta àquilo porque pra gente é importante, e talvez a gente não consiga manter a frequência que a gente gostaria de manter naquela atividade só que a gente não deve deixar de fazê-la por causa disso. Que se dane a frequência. Se você precisava de um tempo pra construir uma ponte pra que você pudesse continuar, tá tudo bem.

 


Essa imagem eu fiz no paint 5 minutos antes de continuar o texto, então pode fazer o que quiser com ela.

Em palavras mais curtas: "Não sinta vergonha dos seus hiatos." E na sequência eu vou explicar porquê.

sábado, 23 de março de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #73

- Sabe. Acho que no final das contas é uma lição pra gente aprender a não pegar qualquer coisa do chão. - Disse Flambarda, sentando-se em uma das cadeiras de um vagão quase vazio.
- Ou de que não dá pra lutar contra o destino? - Indagou Fabiana.
- Bom, quando o destino da gente tá sendo escrito por outra mão, realmente é difícil. - Sofia concluiu.

Não tinha muito o que dizer após o fim de assunto dado pela jovem exótica. Talvez se as outras duas lessem mais, porém não era a fonte principal de cultura delas, então ficaram em silêncio pelo resto da viagem, observando as pessoas que entravam e saíam. O Vagão ficava mais e mais cheio, mas não parecia ter nada de errado. Era só gente. A detetive apenas via energia fluindo livremente para um lado e para o outro. Ela ergue a mão direita e a abriu, fazendo com que, na sequência, parecido com o que aconteceu no ônibus no outro dia, energias dançassem ali, quase como se a jovem pudesse canalizar as energias de formas especiais. Ela dançava com a mão e as energias dançavam junto, o que naturalmente gerou questionamentos por parte de suas amigas, que preferiram não desconcentrá-la.

Flambarda agora trouxe a mão esquerda, que passou a dançar junto com a destra com diversos movimentos aleatórios porque ela não fazia a mínima idéia do que estava fazendo de fato, apesar de estar se divertindo. Até que o metrô começou a sair da estação do Flamengo em direção a Botafogo, o que fez com que Sofia e Fabiana se levantassem. A detetive então perdeu a concentração e os elementais tomaram algum outro caminho conforme ela se levantou para seguir o fluxo. Bibi naturalmente perguntou de curiosa.

domingo, 3 de março de 2024

O Cruel Destino de Gaza

Isso não é um texto sobre polêmica. Este texto também não é de exaltação a Palestina e a faixa de Gaza, nem mesmo de defesa ao Hamas e aos grupos guerrilheiros do Oriente Médio. Talvez seja um texto derrotista, mas pode ser que seja um olhar para o futuro.

Acabou. Netanyahu fez aquilo que queria sem a oposição das nações. O objetivo era destruir Gaza e assim o fizeram. Bombardearam e terraplanaram o lugar de norte a sul. Não haverá mais palestines naquele lugar, o objetivo do genocídio foi atingido. Eu vejo páginas e mais páginas, pessoas e mais pessoas tentando demonstrar um apoio individual, que não deixa de ser importante, mas é vazio, não vai muito além do nosso braço, que é muito curto num contexto intercontinental. Não importa o quanto a gente fale, grite ou esperneie, Netanyahu vai continuar o massacre até que não sobre mais qualquer pessoa mesmo que se renda e passe a escravidão.

Mas isso não deve nos impedir de pensar sobre guerras, políticas e tudo mais que nos ronda e que de alguma maneira nos afeta. A destruição de Gaza nos afeta, a guerra da Ucrânia nos afeta, o armistício na Coréia nos afeta, e as constantes guerras na África também nos afetam. As silenciosas guerras das nações africanas. A libertação de Burkina Faso, o massacre do Congo, e tudo mais que acontece na África é simplesmente silenciado por qualquer mídia, seja porque quem domina esses lugares não deixa a mídia chegar, ou seja porque as mídias principais querem que continue assim. Não se fala sobre a guerra no Iemen. Não se fala dos conflitos constantes no Líbano. Se fala muito mais daquilo que afetam as nações que mais tem dinheiro. Milei? Milei ganhou as eleições na Argentina, e por mais que a gente tenha alguma notícia, ela não é pauta de discussão. Venezuela e Guianas? Não era pra estar tendo um conflito por lá? Isso nos remete a uma discussão sobre a mídia o que não é o ponto desse texto.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #72

- Eu!? Eu não quero envolver vocês nisso! Me deixa! - Disse Flambarda levando um tapa de Fabiana na mesma hora.
- Você tá maluca!? - Fabiana começou. - Comeu merda!? Toda vez que você tá sem a gente acontece algum caralho e a gente fica morrendo de preocupação nessa porra! Você sabe que a gente se importa! Não é como se a gente ficasse fingindo nessa merda esperando atenção tua! Quando é que você vai entender que a gente tá junto, hein, piranha!? A gente não tem uma luva foda que bota fogo na porra toda? FO-DA-SE! Enfia essa luva no cu! O que não deve ser tão difícil já que tá na mão direita!

Todas elas ficaram caladas por um tempo. Na verdade não era a primeira vez que Bibi tivera um acesso do tipo, mas geralmente quando ela explode, é intenso e realmente tem um efeito parecido e geralmente funciona, faz com que as amigas a escutem e Flambarda talvez precisasse escutar alguém além de si mesma. Só que dessa vez ela não tava muito disposta a ficar pra baixo.

- Tá bom, Fabiana. E o que você sugere? Que eu ligue pra puta da Sandra? Pra falar o que? Que eu sou uma piranha mal educada que larga as outras pessoas falando sozinha!?
- Começa falando pra gente o que caralhos você viu que fez você virar uma puta catatônica! A gente não tem bola de cristal! No máximo a Sofia joga tarô e eu tenho quase certeza que ela não tem as cartas aqui.
- Na verdade... - Sofia contestou, mas Fabiana cortou.
- Não! Nada de cartinha! Essa Flamvaca vai falar agora que merda que a gente viu porque eu to cansada de ver a minha amiga se enfiando na porra de um buraco. E parece que pulou de Bungee Jump sem corda! Puta que pariu!
- Cê quer saber mesmo né? - Flambarda desafiou.
- Não! - Bibi respondeu com Ironia. - Eu quero chupar uma buceta pra ver alguém delirar de prazer na minha língua... Puta que pariu, Flambarda! É claro que eu quero saber, porra!
- Tá. - Flambarda tentava alinhar os pensamentos. - Então me dá um caralho de um café e alguma coisa pra eu comer porque a gente vai pirar na batatinha aqui.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #71

- 2a2. - Flambarda respondeu na lata.
- Aquela lá na zona sul?
- Essa mesma. - Disse Sofia.
- Não gosto muito. Acho que tem melhores.
- Como é que você vai em casa de swing sem casal? - Flambarda perguntou.
- Bem... É complicado... - "Ahá! uma vulnerabilidade!"
- Tá bom, piranha. Eu vou descobrir em algum momento.
- Sou eu. - Sofia entrou na conversa de novo.
- Que!? - Flambarda e Fabiana disseram em uníssono.
- Eu que vou com ela nas casas de swing.
- Sofia! - Sandra parecia nervosa.
- Assim, vamo combinar, né, Flambarda. Vindo da Sofia, ela só precisava ter alguém pra ir. - Disse Bibi.
- E arrumou uma gostosa igual a Sandra. Acho que ela tá bem na fita - Completou a detetive.
- Saiba que se vocês me julgarem eu não to nem aí. - Sofia retrucou.
- Porra nenhuma! Acho que você tá certíssima!
- Isso aí! - Fabiana continuou. - A gente luta por essa liberdade! Se joga!

Um silêncio se instalou na sala por um momento. Todas sabiam porque estavam ali e quem estava em evidência. Os olhares se viraram para a druida. O livro de Wu Xing aberto sobre a mesa, pouco despertava o interesse das jovens agora, que talvez tivessem muito mais perguntas do que respostas, perguntas que certamente não seriam respondidas pelo livro, e talvez nem respondidas sejam, pelo menos não nesse momento. Flambarda decidiu fechar o livro com um pouco mais de força que o necessário para quebrar o clima e acabou assustando levemente Fabiana e Sofia, que olharam para a jovem com um olhar de espanto conforme ela voltou a falar.

- Então. Vamos pensar um pouco. Você já foi na 2a2; vai nas casas de Swing com a Sofia; Você é uma figura que se destaca na multidão, e em lugares desse tipo, deve ser carta marcada. Considerando que essas coisas acontecem de noite, você deve ter visto um malamorfo ou outro nesse seu passeio, mas se você sai com a Sofia, e ela nunca viu um, então, ou você é boa em rastrear elementos, ou a Sofia mentiu pra mim todo esse tempo. - Flambarda olha pra Sofia ao mesmo tempo em que pensa. - "Nossa, de onde eu tirei todo esse poder de dedução?"
- Não olha pra mim não! - Sofia se defendeu.