Domingo, 07/06/2015, 9:00. Flambarda acordava sentindo ainda as dores das cólicas. Os últimos dias foram tão intensos que ela mal teve a oportunidade de se deixar sentir as dores. Agora elas pareciam voltar com tudo, mas felizmente era final de semana e sua mãe ainda estava em casa. A jovem não hesitou em chamá-la.
- Manheeeeeeeeeeeeeee!
- Oi Filhaaaaaaaaaaaa! - Ela gritou de outro ponto da casa.
- Me traz água e um Buscopan por favooooooooooooor.
Demorou alguns minutos, Jéssica provavelmente estava lavando louça ou fazendo qualquer outra tarefa doméstica. Ela entrou trazendo o copo de água em uma mão e o comprimido na outra. Esperou sua filha se levantar minimamente, para que pudesse consumir o remédio.
- Vou trazer um café pra você.
- Não! Não é possível que uma cólica venha a me derrubar.
- Filha. É cólica. Derruba qualquer um.
- Porra, então aquelas mulher que não tem cólica tem o que? Magia?
- Eu também sempre quis saber.
- Eu tenho essa luva aqui do caralho e mesmo assim continuo sentindo dor! Porra!
- Isso é uma luva, não uma injeção de morfina.
- Você já viu o que essa merda faz! Não vem com essa.
- Eu só vi você queimando as coisas e tirando um machado do cu. Fora isso, mais nada.
- Eu soquei a cara de um filho da puta ontem.
- Eu não tava lá pra ver.
- Caralho, da próxima vez eu vou pedir pra Sofia filmar.
- Descansa. Apesar de saber que você não vai se aguentar.