terça-feira, 7 de maio de 2024

Podemos Superar o Capitalismo?

Eu vou fazer uma análise um pouco rasa daquilo que eu venho escutado acerca de história e desenvolvimento de economia, mas eu vou colocar a pergunta logo de cara: "Podemos Superar o Capitalismo?"


Eu vou colocar alguns argumentos, primariamente aqueles mais focados em economia, mas se de acordo com os historiadores modernos, a história não se repete (apesar de as vezes falarem que sim, se repete).

Vamos lá, o capitalismo surge como uma superação do sistema feudal de produção uma vez que ao longo do tempo, passa a se tornar possível produzir como excendete para se vender. Isso possibilita o trânsito de mercadorias que já existia, mas potencializa esse tipo de atividade. Uma atividade que é digna, até porque o trabalho de logística ainda é um trabalho, mas que depende do trabalho de outras pessoas para gerar excedentes. O grande lance é entender como es camponesies produziam e a qual ambiente elus estavam submetides. Se em alguma medida elus tinham um pedaço de terra para fazer agricultura, e assim sobreviviam diversos vilarejos.

Só que a população cresce, população crescendo gera a necessidade de mais terra pra poder plantar, devido a falta de tecnologia, em outras palavras as expansões imperiais elas acontecem em algum medida, devido a necessidade da expansão do modo de produção da época que era aquilo que se conhecia. Isso naturalmente gerou um bocado de guerras. Se por um lado as cruzadas era uma idéia de guerra santa patrocinada pela igreja católica, por outro lado ela era uma tentativa de tomada de terras para a expansão de um determinado povo. Isso porque é mais fácil tomar terra nova do que desenvolver tecnologia, pelo menos até que os conflitos apareçam.

Como dissemos, tecnologias mudam as situações. A introdução da batata na dieta européia revolucionou a agricultura local, cuja base era trigo, e conforme era possível produzir sem a necessidade isso facilita o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Ora, os gregos fizeram suas revoluções devido aos escravos que trabalhavam de modo a permitir que houvessem trabalhadores desse tipo.

Mas nem tudo são flores porque quem tem o poder bélico, vai usufruir disso para tentar cooptar outres trabalhadories já existentes para seus cercos. O esquema de milícia que cercou a venda de drogas e passou a controlar esse negócio no Rio de Janeiro, é um cercamento que já acontecia no passado, só que com suas diferenças temporais. Foi basicamente isso que aconteceu com a Inglaterra conforme tomavam Escócia, Irlanda, e aquela porra daquele pedaço de terra todo. É aqui que temos a questão do acúmulo de recursos por grupos específicos, ou seja, quando a expansão não acontece por uma necessidade de sobrevivência, ocorre porque um grupo, buscando se emancipar do trabalho, escraviza outros grupos.

Se a modernização da produção e revolução industrial foi potencializada por alguma coisa, essa coisa foi o colonialismo imposto pela Europa as outras nações, mas é importante citar que esse colonialismo só foi possível devido ao avanço da tecnologia antes do desenvolvimento bélico, ou seja, é possível desenvolver a humanidade sem a humanidade se matar, mas não dá pra dizer que quando a humanidade se mata, desenvolve um pouco mais rápido, talvez?

Fato é, as indústrias inglesas se potencializaram devido ao cercamento de terras pela família real, forçando camponesies a trabalhar nas indústrias, e aqui é o grande marco de troca do Feudalismo para o Capitalismo, e é importante que se denote que não estamos falando de financeirização e dinheiro. Estamos falando de produção e distribuição porque é disso que a economia trata. Independente do conceito de capital, quem gera riqueza é quem de fato trabalha, é quem de fato produz. São es camponesies, proletáries, artistas e tudo mais. Um comerciante não pode vender um produto que não existe, então a produção passa a ser para geração de excedente para a prosperidade dos comércios. Quando o comércio prospera, e o seu poder econômico passa a desafiar o poder da aristocracia, se começa uma repressão conflituosa, mas como o poder econômico dos comerciantes, agora chamados de burguesia era maior, ela obtem a vitória na queda da bastilha.

Entender que a revolução da queda da bastilha foi uma revolução causada por troca de poder econômico da aristocracia para a burguesia, selando o início do capitalismo. É importante entender que uma nova revolução que troque o meio de produção da humanidade só vai acontecer quando outra classe obtiver poder econômico o suficiente para desafiar a classe burguesa. Entenda que a aristocracia reprimiu a burguesia para evitar que ela ganhasse esse poder, utilizando muito o poder da igreja, mas como não detinha o poder economico, a aristocracia perde, mas não totalmente.

Isso porque já existiam burgueses e aristocratas. A mistura dessas duas classes também é denominada Alta Burguesia. E faz todo o sentido porque se ume nobre já tinha dinheiro e possibilidades de se tornar ume comerciante e explorar outres trabalhadories, certamente isso iria acontecer. E essas pessoas durante a queda da bastilha certamente iriam acumular poderes imensos. Isso também condiz com a formação capitalista do estado, onde o estado passa a se tornar balcão de negócios da burguesia. Especificamente da Alta Burguesia. A aristocracia jamais caiu, ela apenas cooptou um movimento, que já existia e que moldava os meios de produção, para si e para seus interesses.

Por outro lado, o que faz a diferença é o poder econômico que gera o poder político, e não há como obter poder econômico, se não há o controle da classe trabalhadora, e dessa forma compreenda que o objetivo dessa alta burguesia não é obter lucro de forma alguma, e sim manter o poder em suas mãos de modo a oprimir o máximo o possível ao mesmo tempo que se evita as revoltas. Existe alguns mecanismos para isso, tais quais o exército industrial de reserva e o sistema de saúde.

Ainda assim, quem detém o meio de produção não faz o trabalho. Apesar de que poderia, mas trabalho dá trabalho, e a alta burguesia que detem os meios de produção tem o objetivo de não trabalhar, mas o grande lance é que quem detem os meios de produção depende de quem trabalha. Se há uma relação de dependência, então a alta burguesia vai tentar forçar o uso de seu meio de produção na marra precarizando es trabalhadories até o máximo. Fato é, que em alguma medida, a queda da bastilha só foi possível devido a criação da alta burguesia, que toma o poder econômico para eliminar competidories.

Ou seja, e capitalista não almeja o lucro. E capitalista almeja poder. E burguese até pode almejar o lucro porque é a partir dele que algum sustento vai obtido. Há uma mecânica de exploração de trabalho, suavizada por algumas circunstâncias. Ume escritore tem muita dificuldade de fazer o seu trabalho vender sem o auxílio de ume editore, criando dessa forma uma mecânica de exploração, onde e editore detem um poder social de distribuição do resultado do trabalho. Seria isso um meio de produção? Não. Quem tem o meio de produção, pelo menos até a algum tempo, era quem detinha a gráfica. Agora é quem detém uns servidor parrudo pra distribuir o conteúdo. Quem tem servidores parrudos para a distribuição de conteúdo tal qual a Amazon, não quer concorrência. Quem tem servidor parrudo tal qual a Akamai não quer outras pessoas distribuindo conteúdo por aí. O objetivo de es capitalistas é não só ser Monopólio, mas também ser Monopsônio, e também Oligarquia. Dessa forma, se o dinheiro e o lucro não significam nada para quem de fato detem poder, por que deveriam significar algo para nós?

É importante que se compreenda que há dois elementos de poder economico. Quem detem os meios, e quem trabalha. Durante a queda da bastilha, o poder de quem trabalha foi cooptado pra lutar contra quem tinha algum poder econômico em termos políticos. Para que o capitalismo seja superado, é preciso que o poder economico do trabalho seja superior ao poder econômico do meio de produção. O que é difícil porque quem tem os meios de produção tem o poder político para pressionar quem trabalha. Por isso que é tão importante tomar os meios de produção.

Mas como toma? Será que tem como? Eu não sei como, mas certamente vai ter resistência, assim como ocorreu com a queda da bastilha.

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