Comunicação é uma coisa muito complicada, mas de uma forma que eu mesmo não conseguiria descrever. Na verdade comunicação é uma coisa tão complicada que existe ciências e estudos por trás só focados em comunicação. Talvez nós devessemos estudar e raciocinar mais sobre comunicação antes mesmo de nos comunicarmos porque não se trata apenas de lançar a mensagem, mas também de como e outre entende.
É tão importante que tem até modelo gráfico, ó:
Vai achando que é fácil...
E com a pandemia tudo se tornou mais complicado, porque novos desafios surgiram, desde a dificuldade de se ler expressões devido a máscara, bem como o aumento das comunicações por texto e a ausência da linguagem corporal. Como seres humanos, nós nos adaptamos, através de muito erro, mas em algum momento a coisa vai.
Visto que é uma coisa bastante complicada, e que a gente não pensa muito sobre isso, então vamos dar nossos pontapés iniciais, até porque, pra mim, aquela imagem é extramemte complexa, ou seja, a mensagem que existe naquela imagem ali já não é muito bem decodificada por mim, mas a idéia inicial é a seguinte:
- A codifica uma mensagem
- A envia a mensagem por um canal que está sujeito a ruídos que podem alterá-la
- B decodifica a mensagem com os ruídos
Então vamos lá. Quando A codifica uma mensagem elu está usando uma ferramenta chamada linguagem. Da mesma forma que esse texto é uma mensagem que está codificada em uma linguagem que é fundamentada na língua portuguesa. Esse tipo de coisa por si só, já introduz elementos que pressupõem características de es receptories das mensagens, e coloca uma das peças chaves da comunicação: toda mensagem tem um alvo.
No momento que estou na minha vida eu acredito que cada pessoa tem as suas própria linguagens pessoais, que podem estar fundamentada em outras, mas que ainda são totalmente particulares.
Então essa mensagem será enviada por um canal que está sujeito a ruídos. Da mesma forma como esse texto está sendo publicado no meu blog. O meu blog é o canal de comunicação. Isso nos dá ainda mais informações que pressupõem características dos meus receptores, que é a capacidade de, ao visualizar as cadeias de caracteres escrítos, compreendê-los, o que também é parte da linguagem, e estreita ainda mais o filtro do alvo da mensagem. Uma pessoa que não consegue dar significado a esse bando de letra junta, certamente vai fazer uma decodificação completamente inesperada por mim.
Ou seja, antes mesmo de B receber a mensagem, a gente já colocou um monte de pré-supostos sobre B. E isso que eu citei são os mais óbvios. Pessoas diferentes obviamente fazem suposições diferentes porque tem experiências distintas umas das outras. Provavelmente você tem ume amigue que fala coisas pra você que a princípio não fazem o menor sentido como "identidade de Euler", e quando elu faz isso sem explicar o que é uma "identidade de Euler", elu está adicionando suposições sobre e receptore da mensagem.
E então B recebe a mensagem e decodifica, o que inclui tentar perceber um bocado de informações que não necessariamente estão explícitas na mensagem que chegou, como por exemplo a intenção de A. Se A está enviando uma mensagem irônica, e não explicita que o conteúdo é para ser interpretado ao revés, então a compreensão de B esperada por A está comprometida. Se A ironicamente diz que B sabe muito de comunicação, B pode acreditar que isso é verdade, e as consequências disso são difíceis de se prever.
Eu não sei se faz parte dos estudos da comunicação as ações que B irá realizar mediante a interpretação da mensagem de A, mas se A fala ironicamente para B se jogar da ponte, sem saber que B está acometide de depressão, então a consequência pode ser catastrófica, ou seja, o risco de se comunicar é muito maior do que se pode imaginar, especialmente porque quem se comunica tem um propósito, seja ele simples como uma simples obtenção de informação, ou mais complicada como uma tentativa de persuasão.
Lembra daquela velha máxima: "Quando A fala de C, sei mais de A do que de C"? Isso é porque, como foi dito, muita informação pode ser extraída sobre A, mas sobre C se extrai quase que unicamente o conteúdo da mensagem de A, salvo quando há contexto que permita extrair mais informação sobre C, o que não é necessariamente verdade, o que nos leva a concluir que enviar uma mensagem é um risco sob uma ótica de segurançã da informação e que a comunicação deveria acontecer apenas quando estritamente necessário.
Então se um homem manda uma foto de sua rola para uma moça que conheceu na internet, esse cara tem algum propósito, seja ele de tentar encantar a moça ou talvez de chocar ou humilhá-la. Repare então que quando ele manda essa foto ele está assumindo uma série de hipóteses sobre e receptore da mensagem, mas seria realmente sábio assumir tantas hipóteses em uma comunicação com pessoas com as quais sua interação foi pouca ou nenhuma?
Acho que se a gente pensasse um pouco mais sobre comunicação, teria muito menos rola aletória por aí.
Imagens:
http://elibrumbaugh.blogspot.com/
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