Roberto estava brincando com seu cubo mágico fazendo diversos movimentos. Ele os fazia vagarosamente. Não tinha pressa de resolver. Tanto não tinha pressa, que seus movimentos não faziam muito sentido ao espectador comum, nem ao incomum, porque ele não estava olhando para o cubo mágico mesmo.
Ele era alto e desengonçado e não estava nem aí. Seus cabelos ruivos indicavam que ele provavelmente era descendente de Europeus. Não que importasse muito. Tudo o que importava é que naquele exato instante, ele olhou para o cubo mágico e lá estava ele, com todas as peças nos lugares onde deveriam estar.
Isso fez com que ele se assustasse, e lançasse o cubo para frente. Mesmo não tendo forma esférica, o cubo rolou bastante pipocando pelos buracos da rua da praça até os pés de Dalcir, que era um homem negro alto e loiro, porém tinha uma noção maior de seus movimentos. Ele abaixou e pegou o cubo mágico, no mesmo instante em que um carro bateu no poste da esquina.
Um grupo de garotas com orelhas de animais saiu do carro que bateu a 20 km/h. Ninguém saiu ferido. Uma delas viu o cubo mágico nas mãos de Dalcir que observava o ocorrido levemente perplexo. Roberto, em contra-partida foi até o outro homem sem ligar muito para o que estava acontecendo a sua volta.
As garotas saíram do carro e começaram a discutir entre si. Roberto simplesmente tomou o seu brinquedo das mãos do homem e finalmente notou o carro batido. No momento que ele se virou, uma ventania passou levantando as saias das meninas, que não estavam nem ligando, porém Dalcir notou as calcinhas. Rosa, Vermelha, e Branca. Todas pareciam sexys, mas o design não parecia favorecer o conforto.
Dalcir teve a idéia de tentar revolucionar o design das calcinhas femininas e foi correndo para casa. E uma das meninas notou Roberto com o cubo mágico na mão. Ele agora estava perplexo por ter visto as calcinhas. Elas, ao contrário do que ele esperava, se dirigiram a ele.
- Você conseguiu! - Disse a da calcinha rosa.
- É um gênio! - Vermelha
- Ele pode nos ajudar! - Branca
A garota da calcinha vermelha retirou de dentro da blusa um artefato curioso, similar a um cubo mágico porém esse possuia uma quantidade maior do que as tradicionais 6, totalizando 12 faces. Elas o entregaram para Roberto, que sentou novamente na praça e começou a rodar as peças embaralhadas na esperança de solucionar o problema delas enquanto elas olhavam atentamente para os movimentos de Roberto.
No meio de toda essa bagunça, uma capivara azul saia pela porta de trás do carro batido e seguiu pela mesma direção que Dalcir tinha seguido há alguns minutos.
The plot thickens!
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