Gyff bebeu o líquido, não tinha muito mais a perder mesmo, mas para sua surpresa are apenas café. Desceu amargo porque ele geralmente misturava alguma coisa a mais quando o fazia, geralmente Flaxão, mas esse era puro. O investigador olhava pra ele, enquanto bebia o seu próprio café, como quem tenta decifrar algum enigma, mas certamente não estava tentado ler a mente do ladino.
- É um bom café, não é, senhor Gyff?
- Não. - Ele pegou o copo, balançou um pouco e o colocou de volta na mesa. - Está puro. Precisa misturar com alguma coisa para que fique bom.
- Puxa, pensei que ia agradá-lo, mas pelo visto temos muita informação para ser retirada de você.
- Você não foi informado de nada?
- Claro que fui.
Ele se retirou por um instante, e logo a seguir Gyff se levantou e deu uma volta pela sala, apesar de saber que seria inútil escapar com uma dessas fitas de supressão mágica no pulso, mas ele precisava pensar em algum jeito de contactar Cowboy sobre o que tinha visto no castelo. Quando o investigador entrou de volta na sala portando um livro, ele voltou até a cadeira, sentou-se e bebeu mais um gole daquele café puro, mesmo a contra-gosto.
- Por que você está bebendo isso? - O investigador perguntou, sentando-se a frente dele.
- Digamos que é uma forma de protesto. - Disse, baixando o copo de volta a mesa.
- Vejamos. - Ele colocou o livro sobre a mesa e o abriu. - Você pelo visto roubou alguma coisa da academia de Someisa... Nossa! - Ele ficou espantado por um instante. - Capturou uma vândala, e por fim resolveu invadir o castelo. - Ele ponderou mais um instante. - É, realmente você tem mais pontos contra do que pontos a favor.
- Nenhuma novidade pra mim.
- Bom. O que eu tenho de você é isso, e que você não gosta de café. - Falou o investigador, fechando o livro. - Mais um ponto contra você, eu diria.
- Se já tiverem invadido minha casa, conta um ponto a favor.
- Não. Definitivamente não.
- Ah. Nem se você adicionar leitura de mentes?
- Ainda não.
- Droga.
- Eu não vou usar esse truque baixo com você. Apenas me diga o que sabe.
- Eu sei que existem pessoas infiltradas nos locais. Até mesmo no castelo.
- Sério? E como você sabe?
- Provavelmente você também já sabe.
O investigador pegou o pequeno broche que indicava que era do departamento e o colocou sobre a mesa, tirou um pequeno frasco com um líquido dourado e derramou uma gota sobre a insígnia que começou a emanar um fogo branco.
- Não. Eu não sei.
Ele pingou mais uma gota do líquido dourado e a chama cessou.
Um jovem entrou na sala onde estava o Sr. Konvaa apenas para dizer - O Interino Hawthorne irá fazer um pronunciamento em alguns minutos! - E ouvir a resposta. - Escute com atenção e anote tudo o que puder. - Ele não queria ser interrompido tentando juntar as peças do quebra-cabeça que poderia trazer a rainha de volta.
- Konvaa, por que você não tenta ler a mente dela? - Tsumomo indagou.
- Vê a testa dela? - Ele apontou, e ela não parecia ligar. - Aquela sutil marca azul são várias sparklyns. A blindagem mental dela é significativamente forte. Tirar aquelas sparklyns significa perdê-la.
- Aaaah... - Ela desolou-se por um momento.
- Tsumomo. WASPS nunca esperam voltar com vida. - Disse Cowboy.
- O que ela está esperando pra se matar então? - A gueixa perguntou.
- O momento certo. - Higuma quebrou seu silêncio.
- Eu desisto. - Cowboy reclamou, batendo na mesa.
- Higuma! Por favor! Nos ajude! - Nesse momento, Tsumomo abraçou Higuma fortemente. Seus olhos lacrimejavam. - Não se dê por vencida assim! Não se entregue a esse grupo que faz tamanhas atrocidades! Por... favor... - Ela chorava no colo de Higuma que parecia visivelmente desconcertada.
- Eu... Eu... - Ela sentia o calor do corpo da gueixa e cada gota de lágrima que caía em suas costas após deslizar pela face de sua outrora amiga. - Eu não sei! Eu... - E começou a lacrimejar também
- Por favor!
- Está bem. Eu só preciso que você me prometa uma coisa.
- Diga.
- Me mate antes que eles possam me levar de volta.
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