- Ah! É só a Tsumomo pelada. - Disse Cowboy.
Tsumomo estava de costas e seu corpo de curvas sensuais estava exposto. Não que ela se importasse, afinal ela fazia isso muitas vezes, como era esperado de uma succubus, mas era esperado que ele tivesse fechado a porta antes que ela, sem se virar, pudesse responder:
- Cowboy! Pode fechar a porta por favor? - Respondeu Tsumomo.
Someisa viu a cena sem se espantar muito, e viu a gueixa escrevendo no caderno freneticamente. Ficou curiosa por um momento, mas logo Cowboy começou a dialogar novamente, Gyff permaneceu sentado de costas para a situação.
- Sério isso? - Ele perguntou. - Eu to te vendo pelada.
- Tecnicamente você está vendo apenas a minha bunda e a parte de trás do meu corpo desnudos. - Ela respondeu.
- E você não pode se trocar na minha frente?
- Claro que não!
- Isso não faz sentido.
- E era para fazer? - Ela inclinou o corpo para trás e jogou a cabeça para que pudesse olhá-lo sem virar o corpo.
- Ok... - Ele disse, fehando a porta.
Tsumomo parou de escrever, e se vestiu com roupas extremamente casuais. Era um vestido curto rosa e shorts preto. Ela vestiu também uma roupa de baixo bem simples. Sua calcinha era sexy, porém confortável, e ao invés de um sutiã ela amarrou uma faixa de tecido larga que cobria os seios mas era amarrada atrás do pescoço. Ela forneceu roupas simples para Higuma também, que vestiu uma camisa solta e uma calça longa, sendo que ambas as peças eram brancas. O cabelo ja estava penteado com seu habitual disfarce.
E então ela pode finalmente abrir a porta. A Ilusionista ja estava posicionada sentada sobre uma almofada perto da cama da dançarina, e outras almofadas estavam dispostas ao centro da sala em volta de uma mesinha.
- Entrem, por favor. - Ela falou, abrindo a porta lentamente, fazendo uma mesura.
Gyff, Cowboy e Someisa entraram, e viram Higuma sentada, aconchegada. Eles sentiram uma certa espécie de aconchego ao entrarem, e Tsumomo pôs se a fazer chá na cozinha, que ficava aberta para que todos da sala pudessem ver o que era feito. Não havia muito glamour enquanto ela colocava água para esquentar, mas logo ela perguntou:
- Qual é o sabor de chá que vocês vão querer?
- Jasmin. - Higuma falou sem hesitar.
- Verde. - Someisa pensou um pouco mais.
- Malte. - Disse Cowboy com um certo tom debochado.
- Chá? - Gyff ainda estava confuso.
- Ok então. - Respondeu Tsumomo.
Tsumomo iniciou uma espécie de dança entre a água e as essências escolhidas para se fazer o chá. Parecia, e era uma coisa boba, mas em sua alma era como interpretar uma peça de teatro improvisada e importante. Ela serviu os chás erroneamente sobre a mesinha, e ainda teve que dar um leve tapa na mão de Gyff para evitar que ele tomasse o chá de Cowboy quando ela o serviu. Por fim, ela fez mais um ritual, fez um pentágono fazendo com que os chás apontassem corretamente para seus respectivos pedidos, sentou-se, e fez uma mesura profunda.
- Agora podem beber o chá. - Ela falou.
Assim que as palavras foram proferidas, as pessoas deram um gole rápido no chá quente. Parecia normal, tudo tinha gosto do chá conforme fora pedido, até o chá de Cowboy, que foi feito com malte, o que ele não esperava, e tinha um leve gosto de Kwish sem álcool. A cerimônia, apesar de tudo, foi hipnotizante.
- Pra que isso tudo? - Perguntou Gyff. Em voz alta.
- Black Cat! - Someisa o repreendeu, em forma de sussurro.
- O que!?
- Tudo bem, Isa. - Disse Tsumomo. - Ninguém é forçado a entender uma cerimônia de chá, não é mesmo?
- Peraí. A gente veio aqui ver se ela não tinha sido raptada e ficamos para tomar chá?
- Gyff! - Someisa, Cowboy e Higuma disseram em uníssono.
- Ok. - Disse o ladino, levantando-se. - Então... - Ele abriu a porta. - ...Eu vou embora.
- Você não vai a lugar nenhum. - Disse Konvaa, empurrando o ladino de volta para dentro, e fechando a porta.
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