- E depois de todos esses anos. Cá estou eu esfregando as suas costas. - Disse Tsumomo.- E nós duas estamos nuas tomando banho novamente. - Respondeu Higuma.
- Você não é uma ladra, Higuma. Por que não me conta o que aconteceu?
- Porque não vou ganhar nada em troca. - Ela falou, esfregando outras partes do corpo com uma pedra porosa. - Temos tanta magia, e nós ainda esfregamos essas pedras em nossos corpos.
- Esfregamos nossos corpos também. - Disse a gueixa brincando com os seios da ilusionista, e esfregando os próprios nas costas da sua convidada.
- Tsumomo! - Higuma se afastou em um impulso.
- O que foi?
- Eu fiz uma porção de coisa errada e você ainda ta pensando nisso?
- Que foi? Eu gosto!
Ficaram em silêncio por um momento. Higuma pegou a pedra porosa e passou a esfregar o corpo de Tsumomo que se deitou no chão.
- Até mesmo para ser esfragada você trata com erotismo? - Falou a ilusionista
- Sim.
- E você gosta quando eu faço isso? - Ela passou a pedra porosa suavement pelas pernas de Tsumomo.
- Sim! Sim! - Ela sorria e se contorcia aproveitando o momento.
- Sério. Você tem problemas. - E então ela passou a esfregar com um pouco mais de força.
- Peraí! Ai! - Dessa a gueixa se esquivou. - Isso é algum tipo de vingança?
- É, mas não é. - Ela respondeu se encolhendo em um canto.
- É ou não é?
- É mas não é.
- Como assim?
- Acho que depois eu notei o que eu perdi. E quando vi que não tinha volta acho que me desesperei.
- Explique-me. - Tsumomo engatinhou e se aproximou de Higuma.
- Eu fiquei com saudade! Eu queria um pouco mais! Você preferiu ficar com ela!
- Você teve suas chances, Higuma. - Tsumomo encostou o seu nariz no da outra. - Mas isso não explica nada. - Houve uma breve pausa. - Por que invadir a academia?
Após vislumbrar alguma coisa pela janela e voltar a realidade, Gyff decidiu que precisava sair dali imediatamente. Só precisava despistar Someisa.
- Com licença, diretora. - Disse ele, levantando-se da cadeira. - Volto já.
- Certamente voltará. - Ela respondeu sorrindo.
O ladino foi ao lavabo. Muitas coisas começavam a passar pela sua cabeça. Priscilla estava em perigo. Ele não tinha jóias o suficiente. Precisava sair dali antes que a cidade se tornasse um caos. Precisava não se desesperar com o que quer que estaria por vir. Bastou apenas ele voltar para o salão do bar do Cowboy, que os problemas começaram.
Uma movimentação do lado de fora, e as pessoas começam a sair do bar. Uma espécie de sinal de chamas sobre o castelo onde se lia "WASPS" queimava em uma espécie de chama verde e era possível se ver de quase qualquer ponto da cidade. As pessoas saíram do bar e olharam atônitas, entre elas, Someisa. Gyff e Cowboy foram os últimos e abriram espaço entre a multidão para poder ver qualquer coisa.
- E aí Gyff?
- Que merda, Cowboy.
- Tem alguma noção?
- Pegaram Priscilla.
- Sério?
- Sim.
- Venha, me ajude a fechar o bar. - O dono voltou para o lado de dentro.
- Por que? - Disse Gyff, entrando e fechando a porta. Cowboy passou a tranca mágica em seguida.
- Porque agora a brincadeira vai começar, rapaz.
Não havia mais ninguém no bar. E as pessoas começaram a ir embora. Muita gente nem chegou a pagar, mas Cowboy não estava nem ligando. Ele pegou um sobretudo preto de algum lugar embaixo do balcão e vestiu. Parecia grande demais para si já que ele não era muito alto, mas ia servir os propósitos dele. Ele fez um gesto com a mão direita e a estante de bebidas se moveu revelando uma estante com diversos frascos e diversos líquidos. Ele pegou diversos e começou a ajeitar no sobretudo em lugares específicos.
- Você quer ir atrás das WASPS? - Perguntou o ladino.
- Claro. Agora eu procurei elas por muito tempo para conseguir uma recompensa e agora eu tenho uma chance de encontrá-las. Elas não devem estar longe. - Ele disse, pegando um machado duplo. se preparando para abrir a porta.
- Você vai precisar de um pouco mais de informação.
- E você realmente não conhece os meus contatos. - Ele disse abrindo a porta. Ambos saíram. - Vai participar da caçada ou não?
- Hm... - Gyff pensou por um tempo. - Tá, vamos lá nos portões tentar descobrir alguma coisa.
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