- Ei! Como você fez isso!?
- Volte aqui!
Gyff simplesmente saiu, só que dessa vez ele não tinha muito mais opções de saída. Ele acabara de gastar muita energia para se libertar da gaiola de luz de Someisa e agora provavelmente não seria capaz de repetir o mesmo feito de antes. A página do livro ja havia sido entregue a quem pediu o trabalho, ele não poderia ser capturado. Ele caminhou pela academia e passou por muitas portas, até que resolveu entrar em uma delas. Havia uma mesinha com um livro vazio, e um vidro de tinta ao lado. Haviam duas cadeiras, uma de cada lado da mesa e uma estante com muitos livros. Iluminada demais. Ele pegou os fios de prata iluminados e os colocou sob a mesa. Gerou quase o efeito que ele queria.
Tsumomo estava bastante danificada, seu kimono já estava amassado e rasgado em diversas partes revelando sua pele alva, ou o koshimaki, ou o nagajuban. Ela ja estava de pé, entre os estudantes. Tudo parecia ter sido resolvido. A diretora da academia foi encontrar as outras comapanheiras na biblioteca.
- Tsumomo! O que aconteceu!? - Ela deduziu parte do ocorrido devido ao estado dos móveis, dos alunos, e do homem derrotado.
- Bom, acho que dá pra perceber. - Disse ela com uma voz um pouco fraca.
- Você tem uma habilidade incrível, Tsumomo. - Disse a maga, contendo o riso.
- Qual?
- Está sempre no lugar errado na hora errada. Haha! - Tsumomo sorriu, enquanto ela riu um pouco. Os alunos apenas observavam as duas.
- É, parece que sim. Podemos chamar Konvaa agora?
- O detetive?
- Correto.
- Sim claro! eu tenho que despachar essa menina aqui. - Someisa convidou a jovem a entrar.
- Mas você vai deixá-la?
- Não tenho utilidade para ela. Você provavelmente não vai conseguir ligá-la a ninguém.
- Mas, quem é você? - Tsumomo dirigiu a palavra a jovem de cabelos negros.
- Eu sou só uma estudante, o meu nome não é importante. - Ela parecia estar tentando desconversar.
- Senhorita, preciso saber seu nome, para que eu possa lhe ajudar. - Disse a gueixa, estendendo a mão.
- Guarde sua bondade, gueixa. Não estou em apuros. - Ela disse abaixando a mão.
- Como quiser. - Tsumomo fez uma leve mesura. - Preciso me retirar. A noite não foi muito produtiva. Com licença, Someisa. - Ela fez mais uma mesura e continuou a andar.
- E o que aconteceu aqui, Shia?
- Bom, Tsumomo foi pega de surpresa e eu não consegui ajudá-la. O homem tinha uma força física bastante grande, e dava pra sentir a quantidade de energia emandando das Sparklyns no bolso dele. Eu não teria chance.
- Então, como?
- Agradeça aquela menina ali. - Shia apontou para Tinde. Que ficou vermelha de vergonha. - Ela reagiu tão rapido que o homem não teve tempo de gastar as jóias.
- Eu só acho que ele me subestimou. - Disse a recepcionista, olhando para baixo.
- Bom, vamos acertar as pontas. - Someisa lançou outro disco de luz e prendeu o homem, e passou a carregá-lo na gaiola de luz para fora da biblioteca.
Ela passou pelo pátio e pegou os outros. Desativou os portais e os colocou do lado de fora da academia, Shia e a menina de uniforme lilás saíram também. Um jovem da guarda da cidade que passava por ali, viu as pessoas, e as prendeu com uma corda especial, conforme Someisa os desaprisionava, não foi difícil para ele andar com aquelas pessoas até as autoridades competentes. Todos foram levados, Shia se despediu, a jovem desconhecida também se despediu, e cada uma tomou o seu caminho. A diretora da academia voltou para seus afazeres.
- Então, Tinde, o que posso fazer por você? - Disse a maga.
- Eu? - Ela disse olhando para baixo.
- É.
- Eu... Não sei...
- Bom, então pense e me diga!
- Nada, senhorita! - Ela rapidamente levantou a cabeça sorrindo como se a vontade de agradecer fosse suficiente.
- Então eu mesma encontrarei algo.
Enquanto isso, Tsumomo estava sentada no pátio sob a estátua de Beep que ficava no centro, iluminada pela luz do local e das estrelas. Ela parecia graciosa mesmo depois de ter tido sua roupa danificada e seu penteado desfeito.
Gyff, esperava pacientemente seu corpo se recuperar da quantidade de energia que ele havia gastado. Felizmente enquanto não houvesse luz ali, ele teria uma janela de oportunidade para fuga. Só não sabia se ele teria tempo para se recuperar até que alguém entrasse ali.
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