A caravana entrou em Amaquabá, Gyff pegou seu frasco, guardou sua adaga, desceu junto com os elfos, que começaram a descer mercadorias. Ele tinha um trabalho a completar e ja ia ter que acertar as contas com o dono do estábulo por ter perdido um cavalo. Ainda bem que não era um cavalo muito caro, era um pouco lento para falar a verdade. Isso tudo não importava muito, pois um grupo de pessoas estava se aproximando do portão da cidade.
"Ufa. Ainda bem que estavam atrasados." - Pensou ele enquanto o grupo se aproximava. Então virou em uma viela entre os armazéns que haviam ali próximos da entrada da cidade. Não foi difícil para as outras pessoas ver que ele havia virado ali, não levou nem 15 segundos para que tivessem visão do beco, mas ele não estava mais lá. Olharam para o alto e nada, nenhum vestígio de que o jovem estivesse lá naquele pequeno instante de tempo. Alguns do grupo seguiram em frente, outros pararam para perguntar as pessoas da caravana, que confirmaram a presença dada a descrição.
No topo dos edifícios, um homem e uma mulher se encontraram. O homem estava envolto por uma gaiola de luz. A mulher era jovem, usava um bolero, uma camisa apertada, e calças de malha bem justas com botas. Seus cabelos eram longos de um tom roxo, e tinha olhos amendoados. carregava um cetro na mão direita e o apontava para Gyff. Ela sorria triunfante.
- E então? Não vai fazer nada? Não vai tentar fugir? - Disse a mulher
- Porque faria alguma coisa, Someisa? Quem seria tolo de desafiar o seu poder?
Enquanto os dois discutiam, a gueixa saiu da sala. Não havia ninguém no corredor, nem a auxiliar da dona da casa. O corredor transversal a entrada se estendia apenas para a direita da sala onde ela estava e havia mais dois aposentos do mesmo lado, e mais dois do lado oposto. Ela se dirigiu até a sala ao lado onde estavam Konvaa, a senhorita Katsuyo, e sua auxiliar Helena. Todos ficaram em silêncio perante a presença dela. Ela fechou a porta calmamente e se ajoelhou graciosamente a direita do investigador que estava em pé. Ele imediatamente agachou como fariam os nobres, porquanto as outras duas se puseram a sentar do lado oposto a entrada olhando para os outros dois.
- Então, Katsuyo. Por que esse senhor a está perturbando? - Perguntou Tsumomo.
- Ora, Tsumomo, até parece que eu vou fornecer a ele qualquer coisa que ele peça. - Katsuyo, que ainda se ajeitava em seu kimono vermelho simples.
- Você tem um registro das pessoas que entram aqui, e eu preciso dele. - Konvaa falou incisivamente.
- Acalme-se! - Tsumomo disse, colocando uma mão em frente a boca para abafar o som, e outra sobre o joelho dele. - Agora, Katsuyo, você realizou algum evento aqui recentemente?
- Sim. - Ela respondeu, ajeitando os desajeitados longos cabelos negros. - Dois eventos cheios.
- Três. - Corrigiu Helena, que usava um Kimono abóbora. - Três. Em dois deles, o organizador não apareceu. - Katsuyo a olhou com um olhar de reprovação, e ela se calou.
- Eu preciso saber quem esteve presente. - O investigador entrava em ação. - Preciso de nomes, descrições, e toda a informação possível.
- Ora, Konvaa, não exija demais delas. Elas estão nos ajudando como podem. - Disse a gueixa.
- Ele é sempre assim, Tsumomo? - Perguntou Katsuyo.
- São dias estressantes, pegue um pouco de Frax para nós, Helena, por favor? - Pediu Tsumomo, e Helena fez uma mesura e saiu imediatamente para buscar o que fora pedido. - Eu notei as reformas que fizeram na Yue Liang e acho que você também está para fazer algumas reformas aqui, não está?
- Sim, sobrou algum dinheiro além das contas devido a essas festas. - Respondeu Katsuyo.
- Mas você sabe porque o organizador não apareceu em metade delas? - Konvaa perguntou e Katsuyo fez uma cara de espanto. - Sabemos que vocês o estão acobertando devido ao aumento da renda.
Tsumomo olhou desconfiada para Konvaa. "Então ele já sabia disso? Interessante..."
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