Gyff foi até o departamento onde esparava encontrar Cowboy. As vezes ele se perguntava a razão pela qual ele ainda aceitava participar dessas caçadas loucas, mas ele lembrava a sensação de estar vivo, e sabia que era algo com a qual ele podia conviver por mais alguns dias, mesmo que isso significasse ficar quase sem comida.
Ele sabia que os estabelecimentos estariam em grande parte fechados, então não parou em lugar nenhum para comer como geralmente faria em seus dias normais. As ruas desertas indicavam que o rapto da rainha realmente impactou na cidade, porém isso foi quebrado por um anúncio sonoro que indicava um discurso de emergência. Ninguém precisaria sair de casa para ouvir, mas certamente algumas pessoas o fizeram. O ladino ignorou.
O interino Gale Hawthorne fazia um pronunciamento sobre a estagnação da cidade e disse que agora não era um momento para a cidade mostrar fraqueza e que todos deveriam trabalhar, e se prossível, se preparar para batalhar pois o pior poderia estar por vir. Na cabeça de Gyff, isso tudo era ladainha para que as pessoas continuassem trabalhando.
Porém Cowboy encontrou o ladino antes que esse pudesse chegar no seu destino.
- Gyff!
- Oi! - Ele responeu conforme se aproximavam.
- Cara, precisamos ser rápidos. - Cowboy sussurrava próximo ao laino.
- O que aconteceu?
- Higuma está solta.
- Como!? Não escutamos nenhuma explosão. Não escutamos nada.
- Você achou que WASPS sempre foram chamativos?
- De acordo com os últimos eventos, sim.
- Então tente rastrear os passos de Higuma, porque vamos precisar disso.
- Vem cá, como você espera que eu faça isso?
- Não sei, você sempre dá um jeito.
Gyff pensou por um instante. Se não foi chamativo, existem poucas possibilidades. Higuma vai sair a pé da cidade ou está passando pelo subterrâneo.
- Cowboy, consegue sentir a terra? - O ladino perguntou, e seu amigo tentou por um instante.
- Nada de diferente, ela deve estar sem usar magia então! Até porque estava selada! Rápido, Gyff, suba!
O alquimista subiu rapidamente pelas paredes com uma destreza bem inferior a do ladino, que rapidamente encontrou um ponto alto, mas não encontrou nenhuma atividade estranha pois as pessoas começaram a sair e fazer conforme o interino pediu. A cidade estava se reanimando. Nenhuma pessoa se deslocava com padrão de fugitivo ou pelo menos em direção a saída.
Enquanto isso, Tsumomo chegou em casa, e vestiu novamente a malha de batalha bem como um kimono vermelho escuro e um obi negro. Ela retirou esse kimono de um compartimento sob os seus colchões que ficavam no chão. Konvaa esperou do lado de fora da casa até que ela se trocasse, e visualizou a beleza da gueixa por um breve instante no momento que ela pisou novamente na rua.
- Vamos, Konvaa!
Ele apenas assentiu com a cabeça e seguiu para o departamento, Pouco depois o interino Gale Hawthorne lançou o seu anúncio e começou o seu pronunciamento sobre a situação atual da cidade. Nesse momento, Konvaa começou a ficar preocupado, ele sentiu que não deveria ter saído de lá, mas foi acompanhar sua amiga.
E para o desespero dos dois. Higuma havia sumido. O detetive se manteve calmo, e em seguida deu ordens para alguns homens, para logo depois se voltar para Tsumomo.
- Você fica aqui.
- Mas e Higuma!?
- Nós vamos dar um jeito nela.
O detetive encerrou a conversa ali mesmo e saiu em passos apressados procurando alguma pista que pudesse levá-lo até Higuma. Nenhuma alteração mágica pareceu ser detectada, nem mesmo na mente dos soldados. A chegada de Lina no departamento, por outro lado, surpreendeu Tsumomo mais do que a fuga da ilusionista.
- Tsumomo? - Lina perguntou, fascinada com o visual da gueixa
- Nana-chan. O que fazes aqui? - Ela foi surpreendida por um instante, mas já respondeu.
- Vim apenas desejar boa sorte. Você não vai conseguir ficar aqui por muito tempo mesmo.
Lina deu um beijo na bochecha de Tsumomo, que corou instantaneamente, esboçou um sorriso e se deslocou para fora do departamento confiante de que seria capaz de achar a fugitiva.
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