Koskarov era um cientista, mas não um cientista qualquer. Mentira, ele era sim, mas ele não era muito frustrado por ter poucas publicações científicas. Até porque fica muito difícil publicar qualquer coisa quando você vive em uma floresta subtropical sem energia elétrica ou até mesmo água encanada, mas isso nem sempre foi assim.
Ele estudou normalmente. Na verdade ele se graduou em engenharia com louvor, fez mestrado e doutorado e chegou a conclusão de que o mundo ainda não está sustentável o suficiente, então ele se isolou para tentar descobrir o que poderia fazer em um ambiente com poucos recursos. Então ele colocou um termal, uma camisa vermelha da Uniqlo, uma calça de moleton, e botas, um esqueiro e um facão na mochila preta, e partiu.
Só que ele se ferrou lindamente porque ele não tem noção nenhuma de sobrevivência. Ok, não é tão difícil gerar fogo quando se tem um esqueiro, mas ele sabe que o fluido está acabando. A idéia de sobreviver com poucos recursos não estava indo muito bem, mas ele era um rapaz persistente e estava determinado a conseguir. Ele era doutor em engenharia, será que não conseguiria nem fazer fogo sem contar com alguma tecnologia extra?
Não sabemos disso. Sabemos que ele foi encontrado inconsciente na floresta por Pinal, que usava uma camisa e calça social, gravata, e botas. Pinal era baixinho, tinha o corpo muito bem definido e era bastante forte e conseguiu, com facilidade, levar para seu próprio abrigo o jovem Koskarov, que era alto e já estava um pouco acima do peso ideal.
Koskarov acordou e foi tutorado por Pinal por 2 anos, até que este sofreu um infarto fulminante. O jovem, teve de enterrar seu velho amigo, que não era tão velho assim na floresta, e não sabia nem como contactar os pais dele, porém, ele decidiu que iria continuar o legado de seu amigo bem como continuar a pesquisa e retornar a civilização vitorioso sobre a natureza.
Seria uma idéia muito boa, se ele não tivesse morrido no processo. Ele aprendeu a criar tinta moendo casca de árvore e diluindo na água, a produzir uma espécie de papel feito também com madeira, e deixou uma série de anotações em uma pilha. Todo o conhecimento técnico necessário para sobreviver estava ali.
E foi graças a bondade de Koskarov que Jaqueline sobreviveu na floresta. Ela guardou todos os papiros técnicos que ajudam qualquer pessoa a sobreviver, mas foi uma pena que ela jogou fora os que tinham matemática.
Ele tinha resolvido o problema de Yang-Mills.
Porra, Jaqueline! O problema de Yang-Mills, caralho! Mil milhar de doleta, filha!
ResponderExcluirhttp://www.claymath.org/millennium-problems/yang–mills-and-mass-gap
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