Na casa de Tsumomo, Cowboy, Higuma e a própria Tsumomo se encaravam. A gueixa geralmente sabe como quebrar o gelo, mas dessa vez ela estava em dúvidas. Ele, por outro lado, sempre teve suas habilidades sociais.
- Vocês vão querer beber alguma coisa? - Ele perguntou.
- Não. Não. - Respondeu a gueixa.
- Não. - Disse a Ilusionista.
- Tudo bem então... - Finalizou o homem.
Tsumomo pegou de dentro de sua roupa o bloco onde ela fazia anotações mais cedo tentando organizar o pensamento. Ela leu aquilo pelo menos duas vezes. Guardou novamente no mesmo lugar colocando a mão dentro de seu shorts, e dessa vez tentou ela mesma sair dessa situação.
- Alguma novidade no bar, Cowboy? - Ela falou, apoiando o queixo sobre a mão direita, com o cotovelo apoiado na mesa.
- Hã? Oi? Falou comigo? - Ele respondeu, meio desajeitado. Estava distraído.
- Sim, seu bobo. - A mão esquerda dela brincava sobre a mesa. - Faz tempo que não vou lá.
- Someisa esteve lá hoje.
- Sério?
- É. Com o Gyff.
- Então eles viraram amigos?
- Não faço idéia, Tsumomo. Sei que ela realmente não tem problemas com ele. O que é bastante estranho.
- O que? Someisa?
- Sim.
- Certamente não é estranho.
- Não?
- Não. A página que Black Cat roubou não tinha nada.
- O que? - Ele indagou, espantado com a naturalidade com que ela falava.
- É. Mas eu tenho que admitir que ele foi bastante útil.
- Explica isso direito.
- Olha só. Todo mundo sabe que existe uma barreira na academia. Até hoje eu não sei como ela fez, mas se você tentar pegar qualquer mínimo pedaço de livro de lá, você vai falhar por causa da famosa barreira espacial.
- Certo. Essa todo mundo conhece.
- Pois é. Eu já sabia que o plano era maior, pois os crimes de roubo de jóias tinha um padrão curioso. Foram quantidades pequenas de Sparklyns.
- Sim. - Ele afirmou também com a cabeça.
- Todo dia de assalto, havia festa em diversas casas de chá. Os estabelecimentos vitimados tinham fama gradual. Os Estábulos de Bertham foi o primeiro alvo. Justo ele. - Ela trocou a mão de apoio ao queixo. - Logo em seguida foi a loja de jóias do centro da cidade. Depois a casa da transportadora, seguida pela feira noturna de Hoot, terminando na feira de Lemina que é de dia.
- Hm... - Ele juntava os fatos, pensativo.
- Consegue enxergar o padrão?
- Não.
- São locais de relativa segurança, sendo os dois últimos uma segurança um pouco mais informal; Porém o nível de habilidade de um ladrão seria crescente.
- Você quer dizer que?
- Os crimes foram mais para entender como as coisas funcionam e criar um pouco de pânico.
- Ah!
- Então o que fizemos foi usar alguém para fazer parecer ser possível roubar a academia de Someisa. Esse alguém, acabou sendo aquele homem.
- Certo, mas como uma gueixa soube de tantas notícias?
- Nós sabemos muito mais do que você imagina.
Gyff já estava longe da casa de Tsumomo. Ele sabia que não conseguiria muita coisa indo na academia. Ele nunca fora um excelente rastreador, mas sabia que se quisesse auxiliar seu amigo, teria que ser capaz de fazê-lo. O castelo era a sua única pista no momento. Afinal, como a princesa teria sido capturada tão facilmente sem um mínimo de resistência?
Ao chegar nos portões, foi parado pelos dois guardas, os quais apontaram suas lanças na direção dele. - Alto! - Eles disseram, e funcionou por um breve instante. Gyff avançou e puxou a lança da sua direita com força aparando a segunda para cima, e, deslizando por debaixo delas, deu uma rasteira no primeiro homem, que, desequilibrado, caiu, rolando por cima dele. O segundo não foi veloz o suficiente para contra-atacar, o ladino saiu em disparada para dentro do castelo. Energia mágica começou a emanar dele, apesar de não te acontecido nenhuma mudança aparente.
Ainda sim, o homem continou perseguindo-o e deu sinal para que outros também o alvejassem, e o ladino bem como outros três guardas estavam no pátio principal que era iluminado pela luz do luar. A magia que anunciou o rapto da rainha já havia desaparecido do céu. Dois deles que estavam começaram a canalizar energia mágica. Gyff lançou duas jóias shineym meramente reforçadas enquanto corria reto de modo que eles tiveram que se movimentar das rampas que dariam acesso ao quarto da princesa, o terceiro estava no meio do pátio, e tentou bloquear o avanço do invasor. Apesar de terem a mesma altura, o guarda era menos ágil que seu oponente. O golpe horizontal fora lento para a velocidade de Gyff, que esquivou com um movimento de pêndulo, desconcertando seu oponente, e derrubando-o com um movimento de alavanca. A velocidade de seu corpo estava ampliada, bem como sua força, o que permitiu que ele saltasse em uma área mais alta da rampa.
Agora ele estava extremamente próximo do quarto da princesa, mas uma pergunta estava em sua cabeça: Onde estavam os guardas élficos?
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