segunda-feira, 13 de julho de 2015

Gyff & Tsumomo #23

A academia de Someisa é o único ponto de estudos na cidade. O tamanho da academia, com seus muitos andares, são o suficiente para atender a todos as pessoas da cidade, e comportaria até pessoas de uma cidade vizinha. Isso porque o centro do edifício era aberto para o pátio central. Era mais importante que o próprio castelo da atual imperatriz Priscilla, apesar de ser menor, pois era muito mais frequentado. As crianças saírem mais cedo da academia geralmente significa bastante coisa.

Só que Gyff, pensa diferentemente dos demais. Talvez possua um excesso de confiança, e por isso se coloca em enrascadas, das quais felizmente conseguiu escapar até agora. Isso também significava que a diretora da academia estaria ocupada demais para perseguí-lo. E que ele podia andar pela cidade sem problemas.

O jovem resolveu verificar os arredores da academia, que tomava quase todo o centro da cidade cujos muros foram cuidadosamente desenhados para formar um círculo. Poucas pessoas circulavam naquele momento, o que era um bocado estranho para uma cidade movimentada como aquela. Quando ele chegou, as portas da academia já estavam fechadas.

Desesperado por informação, Gyff foi até o local onde ele a obteria mais rapidamente. O distrito de Hoot.


- Se você quer algo que não sabe, acredito que precisa me dar algo que eu não tenha. - Disse Tsumomo calmamente.
- E  o que você precisa? - Indagou Konvaa.

Tsumomo tomou Konvaa pela mão e gentilmente o puxou. Ele parece ter entendido o recado pois ele se levantou. Ela o abraçou contra o seu corpo, e começou a conduzí-lo por uma dança, mesmo que não houvesse música no lugar. Ela olhava para os olhos de Konvaa fixamente de uma forma penetrante. Os seios da gueixa tocavam o corpo do inspetor. Um espectador que olhasse de fora apreciaria a dança, mesmo que não fosse capaz de entender metade do que estava acontecendo.

Em seu desfecho, Tsumomo apoiava o corpo de Konvaa que pendia em seus braços, Ela era menor, e parecia ser mais fraca que o detetive, mas o segurava com uma graciosidade descomunal. Konvaa, como uma pessoa culta, sabia o que aquilo significava. Tsumomo é uma súcubo, e portanto tem determinados rituais de sedução. Algumas cantam, enquanto outras dançam, outras simplesmente conversam. Konvaa sabia o que isso significava.

- Você realmente está me escolhendo? - Indagou o detetive.
- Vejo que você continua bastante culto.

Ambos fecharam os olhos e Tsumomo selou o ritual beijando-o em meio ao restaurante vazio. Nenhum espectador. Eles se levantaram de sua pose e a gueixa, novamente tomando-o pela mão o levou para sua casa, onde ele consumaria o ritual que ele escolheu seguir até o final.




Nota do Autor: Carinha aquela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário