terça-feira, 7 de julho de 2015

Gyff & Tsumomo #22

- Da situação atual, senhor Konvaa. - Respondeu Tsumomo. Enquanto o detetive se sentava à mesa.
- E o que você sabe sobre a situação atual? - Disse o detetive.
- Bom, acredito que sei coisas tão interessantes quanto você. - Disse Tsumomo que rapidamente conjurou uma xícara para Konvaa tomar café.
- Tsumomo. Isso é coisa séria. - Disse ele, sem perder a calma.
- E é exatamente por isso que eu devo contar tudo com toda a cautela possível.
- Se você prefere assim, então...

Konvaa olhou profundamente nos olhos da gueixa, enquanto Wing observava o que acontecia. Ela sorria e fazia poses graciosas, que atrairia o olhar de todas as pessoas do local. A expressão dele, no entanto não se alterava nem um pouco.

- Tudo bem. Eu desisto. - Disse o detetive.
- Você realmente vai querer usar telepatia na mente de Tsumomo? - Comentou Wing.
- Eu não estava nem me esforçando! - Disse a dançarina, sorrindo e lançando olhares para Konvaa.
- Um dia ainda irei quebrar suas barreiras, Tsumomo. - E Konvaa tomou um gole de café.
- Existem outras barreiras que você pode quebrar, detetive. - Ela passou seus dedos carinhosamente pelas mãos dele.
- É. Já deu minha hora aqui. - Disse o dono do estabelecimento, levantando-se, e entrando na cozinha.
- O que você quer Tsumomo? - Perguntou o detetive.
- Você leu minha mente, não leu? - A dama respondeu. Curvando-se um pouco.
- Sim.
- Acredito que sabe o que quero. - Ela passeava com seus dedos pelo braço de Konvaa
- Você deixou bastante a mostra.
- Você seria capaz de me fornecer isso?
- Isso não me garante a informação que eu quero.
- Mas lhe garante que eu vou trabalhar melhor. - Ela começou a brincar com seus cabelos.
- Não estou desesperado, Tsumomo.
- Ah! - Disse ela se abanando. - Eu estou!
- Tsumomo, eu já sei que tem pessoas atrás dos segredos de Someisa. Eu já sei que os eventos nas casas de chá foram distrações e as pistas anônimas tem sido falsas. Eu sei que aquelas pessoas que foram apreendidas no incidente da academia não passavam de distrações. Me conte algo que eu não sei.


Enquanto isso Gyff chegava ao estábulo. E o atendente olhou pra ele já com um olhar de reprovação.

- Menos um? - Perguntou o dono do lugar.
- Menos um. - Respondeu o ladino, entrando e apoiando seu peso sobre o balcão.
- Como você consegue?
- Seus cavalos estão ficando muito espertos, Berthan.
- Quantas vezes ja falei pra você amarrar as rédeas corretamente nos lugares?
- Eu amarro! Mas seus cavalos já estão usando magia!
- Sério isso?
- Olha, não vamos estender esse papo. - Gyff pegou diversas moedas Shac e as colocou sobre a mesa. - Isso é o suficiente?
- Hã... - Bertham olhou perplexo por um tempo. - Sim. É sim. Bertham apanhou e contou 50 moedas. Onde você arranjou tanta coisa?
- Eu trabalho, meu amigo.
- E acaba com o meu trabalho. - Bertham fez uma cara de reprovação novamente.
- A propósito, eu vou precisar de outro cavalo.
- Negativo!
- Ah vai! Só um!
- Não! Já é o segundo cavalo que você perde e eu tô ficando sem montaria já.
- Tá bom então. - Gyff parou de insistir.
- Peraí, como assim tá bom? Você não precisa de um cavalo?
- Na verdade não. Vim só te pertubar mesmo. - E saiu pela porta normalmente.

A vida da cidade de Amaquabá continuava para lá e para cá. As crianças voltavam da academia e vinham receber o abraço das mães. Algumas estavam ocupadas e outras não ligavam para elas, mas uma coisa é certa. Elas definitivamente saíram mais cedo da academia hoje.

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