Hoje eu estou me sentindo muito mal mesmo. Mal demais. Acho que eu já devia estar me acostumando já que é normal eu me sentir mal. Minhas ações são realmente deploráveis, não importa o quanto eu tente e me esforce para fazer o que seria melhor para todos. Nunca dá certo. E eu fiz de novo. Não seria melhor eu parar de tentar?
Eu não sei. Eu fico tentando, e continuo falhando, como uma falha ambulante. Como fazemos para suceder? Dizem que os melhores empresários, são pessoas que falharam muito na vida. Até quando temos que falhar para que atinjamos o sucesso.
Eu não sei quanto. Na verdade isso remete aos tempos do iluminismo. Quando os irmãos Bernoulli tentavam descobrir quantas vezes você tem que fazer uma experiência pra descobrir quando é que você consegue dizer coisas sobre a experiência com exatidão. Por exemplo? Quantas vezes você tem que jogar uma moeda para saber que a probabilidade de dar cara é de 0.5? E outra coisa, será que a probabilidade de dar cara é realmente 0.5? Se não for, quantos lances serão necessários então para que eu determine com precisão qual é a probabilidade de dar cara?
E então eles chegaram a brilhante conclusão que esse número é infinito, ou seja, não importa quantas vezes você jogue a moeda para o alto, você nunca vai conseguir dizer aquelas coisas com precisão.
Mas ainda assim os resultados vão te dizer alguma coisa sobre a distribuição. Quanto mais vezes você repete o experimento, mais próximo você consegue chegar da média e da variância. Vide a lei dos grandes números.
E infelizmente a minha quantidade de sucessos é 0. A minha probabilidade de sucessos é 0. A minha média é 0. E pelo visto vai demorar muito até aparecer o primeiro sucesso...
E eu errei de novo. Destruí mais um sonho. É mais um demérito na minha conta, que cresce, cresce, cresce, e fica cada vez mais difícil de se pagar. Não importa o quanto eu trabalhe, seja como um mero escravo ou seja como o maior dos chefes. Mesmo que pela primeira vez eu consiga uma cara na moeda da vida.
Eu nunca vou conseguir pagar a dívida dos sonhos que eu destruí.
Nunca.
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