A ida para o centro era rápida. Flambarda não teve tempo de terminar o milkshake grande que ela havia comprado. Ela chegou no centro da cidade ainda na metade da bebida até porque a mulher do Bob`s tava com muito mal humor e saiu mal batido pra cacete, mesmo assim, ele tinha aquele gostinho de recompensa depois de tanta coisa estranha que aconteceu na vida dela e ela certamente se recompensaria mais depois porque não pára de acontecer coisa estranha com ela. Chegando na faculdade um pouco mais cedo do que a hora da aula, aproveitou para ligar para Fabiana.
- Alô, Flam!?
- Bibi!
- E aí gata! Como é que foi o final de semana?
- Ih, miga. Foi uma merda.
- Nossa! O que que aconteceu!?
- Porra, Bibi. O tal do Gerson fica me cozinhando, aquele cara lá do hospital do outro dia fica me sacaneando...
- Ah mas que filhos da puta. Quer que eu junte uma galera pra bater neles?
- Nem vai adiantar.
- Por que!?
- Porque senão o Gerson não vai me comer, e o Rain ele vai acabar batendo em todo mundo.
- Tu acha que aquele careca lá vai bater em cinco?
- Vai.
Bibi ficou em silêncio por um tempo. Flambarda sabia o quão absurda as coisas eram, e também tinha noção que sua amiga não tinha noção completa, apesar de ter visto o que aconteceu no sábado. Fabiana ponderou por um tempo pensando no que dizer mas Flam quebrou o silêncio antes disso.
- Eu preciso contar as coisas ao vivo pra você e pra Sofia até porque essa manhã foi boa.
- Foi? Mesmo com aquela notícia no jornal?
- Nem fala, Bibi! Eu to dando graças a Deus que ninguém citou nada parecido com o que ocorreu no dia.
- E tu tá onde?
- To na Facul.
- Ah, sua piranha. To entrando agora. - Disse Bibi desligando o celular. E correndo pra falar com sua amiga que levantou das cadeiras no lobby. - Faaaaaaaaaala gata!
- Ooooo gatona! - Disse Flambarda dando um abraço e dando dois tapões na bunda de Fabiana. Ela também ganhou outros dois de volta. - Já falou com Sofia?
- Pera. Vamo ver onde ela tá. - Bibi começou a ligar pra amiga delas.
- Oi Bibi!
- Fala Sofinha!
- Que que tá pegando, querida?
- Vem logo pra faculdade. A Flam tem uma porrada de coisa pra contar pra gente.
- Eu já to chegando! To saindo do metrô agora!
- Vem logo! - Desligaram os telefones. - Ai ai... e agora?
- A gente espera, tem alguma música maneira aí?
- Ah, só repeteco. - Bibi compartilhou o fone onde tava tocando "Bang!" da Anitta. Flambarda tirou o fone.
- Ah isso aí pra escutar só dançando junto.
- Tu sabe a coreografia?
- Claro.
- Que iiiiiiiiisso, hein! Ta podendo.
- Ela sempre pode, Bibi. - Disse Sofia entrando super perua, mesmo de roupa basicona. Provavelmente era o saltinho.
- E eu!?
- Você também né, gostosa!? - Ela abriu os braços e ganhou da Bibi o mesmo abraço que deu na Flambarda. - E você, gata. Que que cê manda?
- Vamo subindo pra não perder a aula porque eu e a Bibi não somos cabeçudas igual você não!
- Claro! Vem cá! - Flambarda e Sofia deram o mesmo abraço com tapa na bunda, e as três foram pra aula enquanto conversavam.
- Cara, eu to tentando resolver um problema pra ganhar 850 pila, mas ta foda.
- Só isso!?
- É que eu não sabia que investigar alguma coisa ia dar tanto trabalho.
- Investigar é foda, Flam! Tu num sabe os perrengues que os jornalistas passam.
- Daí eu fui lá na delegacia, nem fui destratada não, mas não arranjei nada.
- Que merda, mas o que que tá pegando? - Perguntou Bibi
- Ah. Parece que tem alguem agredindo uns sem-teto aí, mas nada é notificado nos jornais nem ninguém é encontrado porque eles não apanham muito.
- E quem te falou que esse cara realmente existe? - Sofia indagou.
- Foi o Rain, aquele careca que vocês viram no hospital.
- E tu confia naquele cara?
- A parte ruim é que tudo que a SDRJ colocou pra minha vida até agora foi verdade.
- Pera, tem mais coisa além daquilo que a gente viu!?
- Tem muita coisa. Eu realmente não sei nem por onde... - Quando as portas do elevador se abriram, o sentido espiritual de Flambarda se aguçou pois haviam luzes se mexendo de forma caótica justamente naquele andar. - ...Começar.
- E porque essa pausa dramática, Flam? - Perguntou Bibi.
- Vocês não estão sentindo nada?
- Não.
- Puta merda...
Flambarda tinha um pressentimento ruim. O movimento das luzes não era nada parecido com o que ela havia observado esse dia inteiro, até mesmo durante os eventos na academia. O silêncio repentino e a reticência notável dela fez com que suas amigas também ficassem alerta apesar de não saberem exatamente o que estava acontecendo. Elas foram até a sala de aula escaldadas mas até então nada de anormal aconteceu.
O Japa estava lá nas cadeiras da frente, como era de se esperar. Aquelas três já tinham um lugar cativo no fundão da sala que já reservavam pra elas. As luzes continuavam passando frenéticamente pra lá e pra cá o que retirava totalmente o foco de Flam. A entrada do professor de raciocínio lógico também não mudou muita coisa. Ela mal conseguiu prestar atenção na aula, e quem quer que olhasse para ela conseguia ver o seu olhar perdido, que era tão nítido que o professor liberou os alunos, mas pediu que ela ficasse para que ele pudesse conversar com ela, só que ela ignorou completamente, e foi tentar descobrir o que diabos estava causndo aquela confusão que estava ficando cada vez mais nervosa.
Aconteceu uma coisa muito atípica, todas as pessoas desceram similarmente as luzes que desciam e eram repelidas de uma outra sala de aula. O professor de lógica também desistiu de falar com ela depois da grosseria que ela fez de empurrá-lo para o lado pra poder chegar onde ela queria, mas não havia nada lá. apesar da divergência das luzes. Isso fez com que elas desistissem também e descessem como todos os outros, mas ela continuava escaldada. Sofia por outro lado, estava cheia de ímpeto e tinha um alvo em mente.
- E aí meninas. Prontas para pegar o Japa?
- Alô, Flam!?
- Bibi!
- E aí gata! Como é que foi o final de semana?
- Ih, miga. Foi uma merda.
- Nossa! O que que aconteceu!?
- Porra, Bibi. O tal do Gerson fica me cozinhando, aquele cara lá do hospital do outro dia fica me sacaneando...
- Ah mas que filhos da puta. Quer que eu junte uma galera pra bater neles?
- Nem vai adiantar.
- Por que!?
- Porque senão o Gerson não vai me comer, e o Rain ele vai acabar batendo em todo mundo.
- Tu acha que aquele careca lá vai bater em cinco?
- Vai.
Bibi ficou em silêncio por um tempo. Flambarda sabia o quão absurda as coisas eram, e também tinha noção que sua amiga não tinha noção completa, apesar de ter visto o que aconteceu no sábado. Fabiana ponderou por um tempo pensando no que dizer mas Flam quebrou o silêncio antes disso.
- Eu preciso contar as coisas ao vivo pra você e pra Sofia até porque essa manhã foi boa.
- Foi? Mesmo com aquela notícia no jornal?
- Nem fala, Bibi! Eu to dando graças a Deus que ninguém citou nada parecido com o que ocorreu no dia.
- E tu tá onde?
- To na Facul.
- Ah, sua piranha. To entrando agora. - Disse Bibi desligando o celular. E correndo pra falar com sua amiga que levantou das cadeiras no lobby. - Faaaaaaaaaala gata!
- Ooooo gatona! - Disse Flambarda dando um abraço e dando dois tapões na bunda de Fabiana. Ela também ganhou outros dois de volta. - Já falou com Sofia?
- Pera. Vamo ver onde ela tá. - Bibi começou a ligar pra amiga delas.
- Oi Bibi!
- Fala Sofinha!
- Que que tá pegando, querida?
- Vem logo pra faculdade. A Flam tem uma porrada de coisa pra contar pra gente.
- Eu já to chegando! To saindo do metrô agora!
- Vem logo! - Desligaram os telefones. - Ai ai... e agora?
- A gente espera, tem alguma música maneira aí?
- Ah, só repeteco. - Bibi compartilhou o fone onde tava tocando "Bang!" da Anitta. Flambarda tirou o fone.
- Ah isso aí pra escutar só dançando junto.
- Tu sabe a coreografia?
- Claro.
- Que iiiiiiiiisso, hein! Ta podendo.
- Ela sempre pode, Bibi. - Disse Sofia entrando super perua, mesmo de roupa basicona. Provavelmente era o saltinho.
- E eu!?
- Você também né, gostosa!? - Ela abriu os braços e ganhou da Bibi o mesmo abraço que deu na Flambarda. - E você, gata. Que que cê manda?
- Vamo subindo pra não perder a aula porque eu e a Bibi não somos cabeçudas igual você não!
- Claro! Vem cá! - Flambarda e Sofia deram o mesmo abraço com tapa na bunda, e as três foram pra aula enquanto conversavam.
- Cara, eu to tentando resolver um problema pra ganhar 850 pila, mas ta foda.
- Só isso!?
- É que eu não sabia que investigar alguma coisa ia dar tanto trabalho.
- Investigar é foda, Flam! Tu num sabe os perrengues que os jornalistas passam.
- Daí eu fui lá na delegacia, nem fui destratada não, mas não arranjei nada.
- Que merda, mas o que que tá pegando? - Perguntou Bibi
- Ah. Parece que tem alguem agredindo uns sem-teto aí, mas nada é notificado nos jornais nem ninguém é encontrado porque eles não apanham muito.
- E quem te falou que esse cara realmente existe? - Sofia indagou.
- Foi o Rain, aquele careca que vocês viram no hospital.
- E tu confia naquele cara?
- A parte ruim é que tudo que a SDRJ colocou pra minha vida até agora foi verdade.
- Pera, tem mais coisa além daquilo que a gente viu!?
- Tem muita coisa. Eu realmente não sei nem por onde... - Quando as portas do elevador se abriram, o sentido espiritual de Flambarda se aguçou pois haviam luzes se mexendo de forma caótica justamente naquele andar. - ...Começar.
- E porque essa pausa dramática, Flam? - Perguntou Bibi.
- Vocês não estão sentindo nada?
- Não.
- Puta merda...
Flambarda tinha um pressentimento ruim. O movimento das luzes não era nada parecido com o que ela havia observado esse dia inteiro, até mesmo durante os eventos na academia. O silêncio repentino e a reticência notável dela fez com que suas amigas também ficassem alerta apesar de não saberem exatamente o que estava acontecendo. Elas foram até a sala de aula escaldadas mas até então nada de anormal aconteceu.
O Japa estava lá nas cadeiras da frente, como era de se esperar. Aquelas três já tinham um lugar cativo no fundão da sala que já reservavam pra elas. As luzes continuavam passando frenéticamente pra lá e pra cá o que retirava totalmente o foco de Flam. A entrada do professor de raciocínio lógico também não mudou muita coisa. Ela mal conseguiu prestar atenção na aula, e quem quer que olhasse para ela conseguia ver o seu olhar perdido, que era tão nítido que o professor liberou os alunos, mas pediu que ela ficasse para que ele pudesse conversar com ela, só que ela ignorou completamente, e foi tentar descobrir o que diabos estava causndo aquela confusão que estava ficando cada vez mais nervosa.
Aconteceu uma coisa muito atípica, todas as pessoas desceram similarmente as luzes que desciam e eram repelidas de uma outra sala de aula. O professor de lógica também desistiu de falar com ela depois da grosseria que ela fez de empurrá-lo para o lado pra poder chegar onde ela queria, mas não havia nada lá. apesar da divergência das luzes. Isso fez com que elas desistissem também e descessem como todos os outros, mas ela continuava escaldada. Sofia por outro lado, estava cheia de ímpeto e tinha um alvo em mente.
- E aí meninas. Prontas para pegar o Japa?
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