E lá estava Victor tocando o seu violão na praça local. Não havia chapéu nem capa do instrumento no chão para coletar moedas. Ninguém estava parando pra escutar mesmo, mas ele não estava nem aí pra isso. Ele estava é curtindo o somzinho do seu violão numa boa enquanto a cidade inquieta movimentava as pessoas para lá e para cá incessantemente.
Um rapaz sentou-se no chão ao lado de Victor. Olhava as pessoas passando de um lado para o outro da mesma forma que Victor estava fazendo enquanto tocava seu violão. Conforme o violonista tocava, esse rapaz assoviava e assim eles faziam um pequeno dueto.
Um garoto parou para olhar os dois fazendo música na praça. Atônito, observava o movimento das mãos de Victor enquanto escutava os assovios do outro homem. Ali ficou, similarmente a uma estátua, como e estivesse esperando algo acontecer.
E algo aconteceu. Uma mulher voltando do mercado que trazia um saco de potes de plástico vazios pegou o maior deles e começou a fazer algo similar a uma percurssão. Não era muito alto, mas as pessoas ainda assim escutavam. Algumas jogavam dinheiro no chão mesmo achando que eram artistas de rua. De fato, eram, mas não estavam visando lucro nenhum.
O menino aos poucos começou a cantar. Enquanto outra pessoa logo apareceu com uma gaita. Todos estavam fazendo música juntos. Os cinco. juntos estavam fazendo música ao vivo, e as pessoas paravam para ver, mesmo que por meros dez segundos. Em uma dessas Victor parou de tocar, se levantou e começou a andar. O homem que assoviava perguntou:
- Ei, onde você vai!?
- Vou pra outro lugar. Vocês estão fazendo muito barulho!
Oo tá né!
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