Tsumomo estava sentada no restaurante de Wing esperando ele trazer um café. Muitas pessoas já haviam saído e não havia mais pedidos para serem atendidos. Agora bastava basicamente organizar o ambiente para a próxima refeição do dia. Nada que fosse muito difícil para ele, já que o restaurante não era muito grande mesmo.
Ao que ele retornava com o café, ela rapidamente o chamou:
- Então, Wing, gostaria de sentar-se comigo?
- Claro, madame. - Disse ele sentando-se servindo a xícara de café para Tsumomo. - Você foi mal atendida ou alguém te tratou mal?
- Oras, não seja bobo, Wing. Você é a única pessoa que trabalha aqui. - Disse ela, bebericando o café.
- Não é difícil ser dono de um restaurante.
- Claro que é, senhor Wing!
- Qual é a dificuldade?
- Oras, você tem que ser capaz de cozinhar. - Mais um pequeno gole de café.
- E isso é complicado?
- Isso é bastante complicado!
- Mas você sabe cozinhar, senhorita Tsumomo.
- Não tão habilidosamente como você. - Mais um pequeno gole. - Não conseguiria fazer dinheiro com isso.
- Claro que conseguiria, eu já jantei na sua casa uma vez.
- Oras. Eu uso muito magia, eu não consigo criar sabores como você. - Tomou mais um pouco. A xícara ainda estava com metade de seu volume preenchida com café.
- Aonde você quer chegar com isso, senhorita?
- Eu quero que você raciocine comigo, Wing, e me ajude a chegar em algumas conclusões.
Ainda era cedo. Gyff começou a se deslocar de volta para a taberna do Cowboy. Ele tomou uma rota mais longa passando quase pela entrada da cidade, apenas para passar longe da academia de Someisa. Não sabia nem mais o que fazer. O seu trabalho já estava terminado. Nightstar deu a ele mais um punhado de moedas como se estivesse pagando por aquele líquido, e ele se perguntava o que ia fazer com aquele dinheiro. Nunca teve tanta grana assim antes.
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Ao chegar na taberna depois de uma longa caminhada, ele entrou lentamente no ambiente vazio, onde Cowboy organizava alguns papéis e colocava frascos sobre as estantes, e mesmo estando de costas para a porta, ele foi capaz de dizer:
- E aí, Gyff?
- Fala, Cowboy. - Disse ele se sentando sobre um banco próximo ao balcão.
- O que vai ser hoje? - Disse o dono do estabelecimento, se virando segurando um frasco de bebida.
- Não sei, cara. Na verdade eu estou em uma situação pela qual eu nunca passei antes.
- Qual?
Gyff colocou um saco de moedas sobre a mesa e abriu, despejando diversas delas no chão.
- Mas o que!? - Exclamou Cowboy.
- Cara, é muita grana!
- E você tá me dando? É isso?
- Sei lá, pega um pouco dessas moedas. Não sei o que fazer.
- Já pensou em pedir perdão pra Someisa?
- Aquela mulher não quer me ver nem se eu fosse uma estátua de Sparklyn.
- Então olha isso aqui.
Lia-se em um papel - "Estou procurando por uma página roubada. Verifique a caligrafia com a que está abaixo." - E logo abaixo se seguia um bocado de escrita estranha.
- Sério isso, Cowboy?
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