Elas entraram na casa de Swing que também é uma boate, a partir do contato de Brahma, e a partir daquele momento elas sabiam que não iam mais se escutar direito, Flambarda começou a ficar meio tonta porque as luzes se movimentavam com uma euforia que ela não tinha visto antes. A animação das pessoas refletia também no estado dos seus elementos que também trocavam a animação com energias próximas.
"Interessante, aqui não concentra energia, mas a agita e a gente começa a ter uma sensação um tanto quanto diferente, apesar dessa música ensurdecedora."
- Meninas... - Flambarda chegou bem perto de Sofia e de Fabiana. - Eu vou me sentar ali no Sofá, eu fiquei um pouco tonta, mas acho que já volto.
- Pera! A gente te leva lá.
Apesar das pessoas conseguirem sentir a energia passeando pelos seus corpos, devido a sua sensibilidade exacerbada, a detetive sentia muito mais a sensação da passagem de energia, especialmente naquele local onde elas passavam também carregadas de libido, quase como se ela fosse capaz de alterar a natureza da própria energia. A sensação já era muito diferente e também era particularmente difícil de resistir, uma vez que a sua mente se confundia entre prazer e medo do que quer que isso significasse. Fernanda, por outro lado, sabia exatamente o que a jovem estava sentindo, provavelmente porque também era capaz de sentir a mesma coisa.
Após deixar Flam no sofá, Sofia e Bibi, por não confiarem em Brahma, foram ao bar pra tentar descolar alguém pra fazer algo esta noite. Já a líder dos arcanistas ia se sentar perto de sua mais nova aliada, mas um outro homem sentou ali perto, e parecia esperar ela terminar de se contorcer de uma forma um tanto quanto estranha pra conseguir falar com ela. Ele até parecia bem intencionado segurando um copo de bebida para ela também, mas Fernanda que observava de longe, não pode ver o desfecho pois foi abordada por uma mulher.
"Cara, que sensação estranha. É uma coisa gostosa que eu nunca senti antes, mas é muito estranho! É como se a minha própria alma pudesse estimular o meu corpo, mas é mais que a minha própria alma. E a minha vontade só cresce! Eu preciso fazer alguma coisa. Talvez se eu tocar uma siririca de leve..."
Flambarda começou a se masturbar da forma mais sutil que uma mulher poderia fazê-lo o que significa que não foi nem um pouco sutil, era um tanto quanto óbvio o que ela ia fazer quando a mão dela entrou por dentro da calça e outra foi pra dentro da blusa. O problema é que as pessoas vão comentando entre si, e o que ela imaginou ser sutil, em poucos instantes parecia ser um show particular para aquele lugar, e as pessoas passaram a olhá-la, fixamente. Quando ela se deu conta de que estava sendo olhada as suas energias se fecharam instantâneamente de vergonha, e ela se levantou no mesmo instante para sair, independente dos aplausos que começaram a ecoar.
Mas antes que ela pudesse alcançar a porta, um homem tocou a sua mão antes que ela pudesse tocar a maçaneta. Ele estava vestido elegantemente, terno, sapato engraxado, e um olhar sereno que conseguiu fazer com que a jovem hesitasse em sair. Ele a puxou gentilmente para perto, e fitando-a profundamente ele perguntou
- Aonde vais?
- Me parece bem óbvio. - Flambarda respondeu com a gentileza de uma égua.
- Desculpa. - Ele mudou o estilo de fala pra tentar adequar-se a ela. - Por que você está indo embora, então?
- Eu não tô me sentindo bem... - Curiosamente a energia libidinosa havia se dispersado bastante, mas ela manteve o caô.
- Cê quer uma água?
- Só me deixa ir, por favor.
- Espera um pouco. - Ele soltou a mão dela confiante de que iria convencê-la a ficar. - Você vem aqui, faz esse show que foi extremamente apreciado por todos, e depois vai embora? Sério mesmo que você está com medo de ser julgada em uma casa de swing?
- Eu... - "Caralho, eu sou muito burra." - eu não sei. - O discurso do homem realmente funcionou.
- Você precisa se acalmar. Venha até a minha sala.
- Não! - Flambarda pensou no pior. - Eu acho que só preciso ir no bar.
- Tem certeza? - Eu realmente gostaria de tratar a portadora do luvetal de fogo com o prestígio que ela merece.
- Pera. - "Como assim!?" - Como assim!? - Apesar da cara de confusa, ele imaginou que ela não sabia do que se tratava a luva na sua mão.
- Nada... - Ele tentou disfarçar - É que você tem uma luva muito bonita.
- Desembucha. - Disse Flam, pegando ele pelo colarinho e o levando para um canto. Ele era alto então parecia que ela o jogou na parede pra fazer outra coisa. - O que você sabe sobre a minha luva?
- Eu sei... - Ele falava com dificuldade. - ...que você tem o luvetal de fogo, e eu sei que você não conseguiu controlar seu corpo.
- Claro, né, capitão óbvio? - Ela apertou ainda mais. - Como você sabe que sobre o luvetal?
- Ele é um arcanista, né, amore? - Disse Fernanda chegando por trás da detetive.
- Essa porra é um arcanista!?
- Não, ele é um jequitibá, dãããã... - Brahma bateu com a mão fechada na testa. - Eu chamei esse cara pro time. Eu sei que ele é um arcanista.
- Ah. - Flambarda finalmente afrouxou. - Desculpa. - E soltou o homem que passou a se ajeitar novamente.
- Dá pra ver uma certa tensão na energia dela, Nanda. Tem certeza que você tomou a decisão certa?
- Eu acho que sim. Na hora que ela poderia me trair ela preferiu ficar do meu lado. Acho que alguma coisa eu fiz certa. - Disse Fernanda.
- Pera, você... - A detetive ia falar mas foi interrompida.
- Sim, eu imaginava que você ia seguir o Rain mesmo eu te dando a alabarda de bandeja.
"Pera, ela tinha calculado isso? Então na verdade eu não fiz o que ela estava esperando? Que tipo de carta ela tem na manga? O que ela ganhou de fato com aquele evento?"
- Oi, Flambarda. Cê ta aí? - Brahma perguntou.
- Ah! Oi! - E ela respondeu
- Eu acho que depois daquele show que você deu, você realmente devia prestigiar o dono da casa com esse seu fogo no rabo. - Tanto Flambarda quanto o homem ficaram levemente envergonhados.
- Pera, ele é...
- O dono da casa? - Fernanda completou a pergunta e ela mesma respondeu. - Sim! A gente chama ele de Entrenós.
- E eu realmente ficaria encantado em poder retribuir. - Ele respondeu
- Eu... - Flambarda parecia hesitar.
- Vai logo menina! - Brahma encorajou.
Eles atravessaram rapidamente as pessoas que estavam no meio da casa conversando e bebendo, tão rápido que Flambarda não conseguiu nem avistar suas amigas, apesar delas terem a avistado indo com o rapaz, até chegarem a uma porta bem isolada em um canto, onde haviam diversos mecanismos para conversar e ver quem estava do outro lado antes de abrir como um olho mágico e uma janelinha que provavelmente abria pra dentro para que quem estivesse do outro lado pudesse ver quem estava entrando, mas o homem tirou do bolso uma chave que parecia aquelas chaves antigas de ferro maciço e abriu a porta.
A detetive entrou primeiro, num lugar onde os espíritos trafegavam com muito mais calma, assim que Entrenós fechou a porta atrás dela, o som ficou particularmente mais baixo num ambiente bem mais intimista. O recinto parecia uma junção de um pequeno escritório com um quarto, e as coisas pareciam extremamente bem arrumadas gerando uma sensação particularmente aconchegante e talvez até ligeiramente sensual. Havia um frigobar e uma mesa de cabeceira com duas taças limpas, do qual ele se aproximava conforme perguntava.
- O que você bebe?
- Cerveja. - Ela fez uma pausa. - Ou Chopp. - Um golpe baixo, ele esperava o nome de um vinho ou de um destilado.
- Cerveja... - Ele abriu o frigobar. - Vejamos...
Conforme ele procurava, Flambarda analisava o ambiente. Em uma tela de computador era possível ver a imagem de câmeras de segurança que vigiavam o local, havia uma estante cheia de livros, alguns pareciam que eram contos, que variavam de eróticos até mera ficção. Outros pareciam ser relacionados a conhecimento como psicologia, ou até mesmo livros de auto-ajuda. Havia um violão bastante chique suportado por um pedestal ao lado da cama que certamente tinha tecidos muito nobres que a cobriam, apesar dela não poder saber a qualidade do colchão. Ela aproveitou também para tentar dar uma olhada em Entrenós, que era um homem alto, e atlético.
"Provavelmente faz academia pra se cuidar. Tem esse jeito burguês de ter tudo metodicamente em seu lugar, e provavelmente evita os imprevistos da vida a todo o custo, e quando algo imprevisível acontece, ele estuda curiosamente, como ele está me estudando. Espero que eu esteja errada, eu não quero ser um mero objeto de estudo."
- Acho que uma Hoegaarden seria boa para você. - Ele disse sacando uma garrafinha da cerveja do frigobar e colocando-a sobre a mesinha de cabeceira. - Quando minha sensibilidade espiritual foi aberta, eu senti alguma coisa muito parecida com o que você sentiu lá embaixo. Acho até que cheguei a me tocar e acabei correndo de volta pra cá pra entender o que estava acontecendo.
- Então quem abriu sua sensibilidade foi, a Brahma.
- Brahma?
- A Fernanda.
- Ah! Eu já sentia muitas coisas estranhas antes. Mas, eu admito que depois de algum tempo andando com ela eu comecei a sentir muito mais do que eu já sentia antes. - Na estante tinha um armário para o qual ele se deslocou para pegar copos propícios para beber cerveja.
- E ela não fez nada com você?
- Comigo, diretamente? Não. Ela me deu alguns serviços e eu fiz coisas e vi coisas que eu nunca tinha visto antes dela entrar na minha vida. Como se existisse um mundo oculto debaixo do meu nariz.- Ele voltou até a mesa para colocar ceverja nos copos.
- Interessante...
- Então, um brinde? - Ele disse ofercendo o copo de cerveja a ela.
Eles brindaram e passaram a beber a ceverja. Ele bebia bem devagar como se degustasse, enquanto ela, que achou a cerveja gostosa, bebeu em seu ritmo normal. Ela colocou o copo na mesinha, fez uma pose de pensativa e pediu. - "Levanta, por favor." - O qual ele atendeu prontamente. Ela analisava o corpo dele, que parecia ser realmente gostoso e agora parecia duas vezes mais depois desse copo de cerveja. O clima intimista juntou com o fogo no rabo e ela simplesmente ajoelhou em frente a ele, abaixou as calças do homem e caiu de boca.
Nesse ínterim, Flambarda começou a meter uma siririca com a mão esquerda enquanto chupava. Só que ela havia esquecido que quando a emoção começava agitar suas energias e a mão direita, que tinha a luva gerou a ignição mágica, fazendo ele se afastar, por ato reflexo, no meio do bola-gato. Ela, em contra-partida ficou muito puta e resolveu provocar ele em um último nível.
- Tá bom, não quer o boquete? - Ela então baixou suas calças e começou a tocar a siririca, toda exposta, na frente dele, mas quando ele foi se aproximar ela o repulsou. - Nãnãninanão. Você vai se punhetar me olhando quietinho no seu canto.
Ele sentou-se na cama e estava tentando se decidir se tocava uma ou admirava. Ela estava se divertindo com isso, especialmente porque ele parecia um tanto quanto confuso pois, por mais que a luva emanasse labaredas, nada estava de fato pegando fogo, e como Flambarda era destra ela passou a se esfregar com a mão da luva fazendo parece que a pepeka dela estava de fato pegando fogo. Ela honestamente queria de certa forma puní-lo, e de certa forma conseguiu, até que gozou e ficou por um tempo ali jogada no chão até se recompôr.
Já ele estava extremamente confuso como quem pensa: "O que caralhos está acontecendo aqui?" Tão confuso que o que era excitação sexual se confundia com a aleatoriedade da situação. Por um instante achou que estava bêbado mas não chegou a beber nem meio copo de cerveja. Ele resolveu terminar a cerveja rapidamente para ver se entendia o que estava acontecendo. Ele também não lembrava de ter chapado em droga pra ver alucinações. Até que ela, se levanta, coloca a roupa e incisivamente pede a chave da porta. Ele se veste antes de ceder o objeto, com o qual ela abre a porta e sai como se tivesse feito o trabalho que tinha que fazer ali.
Ao sair, foi abordada por Brahma, que parecia estar vigiando a porta esperando pela saída dela. Elas foram para o bar, onde pegaram um Ice Tea de pêssego cada uma. Nenhum sinal de Sofia e Fabiana, elas devem ter encontrado alguém pra dar. - "Sortudas" - Pensou, e logo a líder dos arcanistas começou a falar.
- E aí, gostou do Entrenós?
- Ele é gostoso, mas na hora do Bola-gato se assustou quando a luva pegou fogo.
- Sério!? - Brahma riu.
- Pois é, menina. Toquei siririca na frente dele sem deixar ele me comer. Pena que não levei rola nenhuma ainda.
- Melhor sorte no próximo encontro então.
- Como assim?
- Você é uma detetive, lembra?
- Sim, mas...
- E é esse cara que eu quero que você investigue.
"Cara, que sensação estranha. É uma coisa gostosa que eu nunca senti antes, mas é muito estranho! É como se a minha própria alma pudesse estimular o meu corpo, mas é mais que a minha própria alma. E a minha vontade só cresce! Eu preciso fazer alguma coisa. Talvez se eu tocar uma siririca de leve..."
Flambarda começou a se masturbar da forma mais sutil que uma mulher poderia fazê-lo o que significa que não foi nem um pouco sutil, era um tanto quanto óbvio o que ela ia fazer quando a mão dela entrou por dentro da calça e outra foi pra dentro da blusa. O problema é que as pessoas vão comentando entre si, e o que ela imaginou ser sutil, em poucos instantes parecia ser um show particular para aquele lugar, e as pessoas passaram a olhá-la, fixamente. Quando ela se deu conta de que estava sendo olhada as suas energias se fecharam instantâneamente de vergonha, e ela se levantou no mesmo instante para sair, independente dos aplausos que começaram a ecoar.
Mas antes que ela pudesse alcançar a porta, um homem tocou a sua mão antes que ela pudesse tocar a maçaneta. Ele estava vestido elegantemente, terno, sapato engraxado, e um olhar sereno que conseguiu fazer com que a jovem hesitasse em sair. Ele a puxou gentilmente para perto, e fitando-a profundamente ele perguntou
- Aonde vais?
- Me parece bem óbvio. - Flambarda respondeu com a gentileza de uma égua.
- Desculpa. - Ele mudou o estilo de fala pra tentar adequar-se a ela. - Por que você está indo embora, então?
- Eu não tô me sentindo bem... - Curiosamente a energia libidinosa havia se dispersado bastante, mas ela manteve o caô.
- Cê quer uma água?
- Só me deixa ir, por favor.
- Espera um pouco. - Ele soltou a mão dela confiante de que iria convencê-la a ficar. - Você vem aqui, faz esse show que foi extremamente apreciado por todos, e depois vai embora? Sério mesmo que você está com medo de ser julgada em uma casa de swing?
- Eu... - "Caralho, eu sou muito burra." - eu não sei. - O discurso do homem realmente funcionou.
- Você precisa se acalmar. Venha até a minha sala.
- Não! - Flambarda pensou no pior. - Eu acho que só preciso ir no bar.
- Tem certeza? - Eu realmente gostaria de tratar a portadora do luvetal de fogo com o prestígio que ela merece.
- Pera. - "Como assim!?" - Como assim!? - Apesar da cara de confusa, ele imaginou que ela não sabia do que se tratava a luva na sua mão.
- Nada... - Ele tentou disfarçar - É que você tem uma luva muito bonita.
- Desembucha. - Disse Flam, pegando ele pelo colarinho e o levando para um canto. Ele era alto então parecia que ela o jogou na parede pra fazer outra coisa. - O que você sabe sobre a minha luva?
- Eu sei... - Ele falava com dificuldade. - ...que você tem o luvetal de fogo, e eu sei que você não conseguiu controlar seu corpo.
- Claro, né, capitão óbvio? - Ela apertou ainda mais. - Como você sabe que sobre o luvetal?
- Ele é um arcanista, né, amore? - Disse Fernanda chegando por trás da detetive.
- Essa porra é um arcanista!?
- Não, ele é um jequitibá, dãããã... - Brahma bateu com a mão fechada na testa. - Eu chamei esse cara pro time. Eu sei que ele é um arcanista.
- Ah. - Flambarda finalmente afrouxou. - Desculpa. - E soltou o homem que passou a se ajeitar novamente.
- Dá pra ver uma certa tensão na energia dela, Nanda. Tem certeza que você tomou a decisão certa?
- Eu acho que sim. Na hora que ela poderia me trair ela preferiu ficar do meu lado. Acho que alguma coisa eu fiz certa. - Disse Fernanda.
- Pera, você... - A detetive ia falar mas foi interrompida.
- Sim, eu imaginava que você ia seguir o Rain mesmo eu te dando a alabarda de bandeja.
"Pera, ela tinha calculado isso? Então na verdade eu não fiz o que ela estava esperando? Que tipo de carta ela tem na manga? O que ela ganhou de fato com aquele evento?"
- Oi, Flambarda. Cê ta aí? - Brahma perguntou.
- Ah! Oi! - E ela respondeu
- Eu acho que depois daquele show que você deu, você realmente devia prestigiar o dono da casa com esse seu fogo no rabo. - Tanto Flambarda quanto o homem ficaram levemente envergonhados.
- Pera, ele é...
- O dono da casa? - Fernanda completou a pergunta e ela mesma respondeu. - Sim! A gente chama ele de Entrenós.
- E eu realmente ficaria encantado em poder retribuir. - Ele respondeu
- Eu... - Flambarda parecia hesitar.
- Vai logo menina! - Brahma encorajou.
Eles atravessaram rapidamente as pessoas que estavam no meio da casa conversando e bebendo, tão rápido que Flambarda não conseguiu nem avistar suas amigas, apesar delas terem a avistado indo com o rapaz, até chegarem a uma porta bem isolada em um canto, onde haviam diversos mecanismos para conversar e ver quem estava do outro lado antes de abrir como um olho mágico e uma janelinha que provavelmente abria pra dentro para que quem estivesse do outro lado pudesse ver quem estava entrando, mas o homem tirou do bolso uma chave que parecia aquelas chaves antigas de ferro maciço e abriu a porta.
A detetive entrou primeiro, num lugar onde os espíritos trafegavam com muito mais calma, assim que Entrenós fechou a porta atrás dela, o som ficou particularmente mais baixo num ambiente bem mais intimista. O recinto parecia uma junção de um pequeno escritório com um quarto, e as coisas pareciam extremamente bem arrumadas gerando uma sensação particularmente aconchegante e talvez até ligeiramente sensual. Havia um frigobar e uma mesa de cabeceira com duas taças limpas, do qual ele se aproximava conforme perguntava.
- O que você bebe?
- Cerveja. - Ela fez uma pausa. - Ou Chopp. - Um golpe baixo, ele esperava o nome de um vinho ou de um destilado.
- Cerveja... - Ele abriu o frigobar. - Vejamos...
Conforme ele procurava, Flambarda analisava o ambiente. Em uma tela de computador era possível ver a imagem de câmeras de segurança que vigiavam o local, havia uma estante cheia de livros, alguns pareciam que eram contos, que variavam de eróticos até mera ficção. Outros pareciam ser relacionados a conhecimento como psicologia, ou até mesmo livros de auto-ajuda. Havia um violão bastante chique suportado por um pedestal ao lado da cama que certamente tinha tecidos muito nobres que a cobriam, apesar dela não poder saber a qualidade do colchão. Ela aproveitou também para tentar dar uma olhada em Entrenós, que era um homem alto, e atlético.
"Provavelmente faz academia pra se cuidar. Tem esse jeito burguês de ter tudo metodicamente em seu lugar, e provavelmente evita os imprevistos da vida a todo o custo, e quando algo imprevisível acontece, ele estuda curiosamente, como ele está me estudando. Espero que eu esteja errada, eu não quero ser um mero objeto de estudo."
- Acho que uma Hoegaarden seria boa para você. - Ele disse sacando uma garrafinha da cerveja do frigobar e colocando-a sobre a mesinha de cabeceira. - Quando minha sensibilidade espiritual foi aberta, eu senti alguma coisa muito parecida com o que você sentiu lá embaixo. Acho até que cheguei a me tocar e acabei correndo de volta pra cá pra entender o que estava acontecendo.
- Então quem abriu sua sensibilidade foi, a Brahma.
- Brahma?
- A Fernanda.
- Ah! Eu já sentia muitas coisas estranhas antes. Mas, eu admito que depois de algum tempo andando com ela eu comecei a sentir muito mais do que eu já sentia antes. - Na estante tinha um armário para o qual ele se deslocou para pegar copos propícios para beber cerveja.
- E ela não fez nada com você?
- Comigo, diretamente? Não. Ela me deu alguns serviços e eu fiz coisas e vi coisas que eu nunca tinha visto antes dela entrar na minha vida. Como se existisse um mundo oculto debaixo do meu nariz.- Ele voltou até a mesa para colocar ceverja nos copos.
- Interessante...
- Então, um brinde? - Ele disse ofercendo o copo de cerveja a ela.
Eles brindaram e passaram a beber a ceverja. Ele bebia bem devagar como se degustasse, enquanto ela, que achou a cerveja gostosa, bebeu em seu ritmo normal. Ela colocou o copo na mesinha, fez uma pose de pensativa e pediu. - "Levanta, por favor." - O qual ele atendeu prontamente. Ela analisava o corpo dele, que parecia ser realmente gostoso e agora parecia duas vezes mais depois desse copo de cerveja. O clima intimista juntou com o fogo no rabo e ela simplesmente ajoelhou em frente a ele, abaixou as calças do homem e caiu de boca.
Nesse ínterim, Flambarda começou a meter uma siririca com a mão esquerda enquanto chupava. Só que ela havia esquecido que quando a emoção começava agitar suas energias e a mão direita, que tinha a luva gerou a ignição mágica, fazendo ele se afastar, por ato reflexo, no meio do bola-gato. Ela, em contra-partida ficou muito puta e resolveu provocar ele em um último nível.
- Tá bom, não quer o boquete? - Ela então baixou suas calças e começou a tocar a siririca, toda exposta, na frente dele, mas quando ele foi se aproximar ela o repulsou. - Nãnãninanão. Você vai se punhetar me olhando quietinho no seu canto.
Ele sentou-se na cama e estava tentando se decidir se tocava uma ou admirava. Ela estava se divertindo com isso, especialmente porque ele parecia um tanto quanto confuso pois, por mais que a luva emanasse labaredas, nada estava de fato pegando fogo, e como Flambarda era destra ela passou a se esfregar com a mão da luva fazendo parece que a pepeka dela estava de fato pegando fogo. Ela honestamente queria de certa forma puní-lo, e de certa forma conseguiu, até que gozou e ficou por um tempo ali jogada no chão até se recompôr.
Já ele estava extremamente confuso como quem pensa: "O que caralhos está acontecendo aqui?" Tão confuso que o que era excitação sexual se confundia com a aleatoriedade da situação. Por um instante achou que estava bêbado mas não chegou a beber nem meio copo de cerveja. Ele resolveu terminar a cerveja rapidamente para ver se entendia o que estava acontecendo. Ele também não lembrava de ter chapado em droga pra ver alucinações. Até que ela, se levanta, coloca a roupa e incisivamente pede a chave da porta. Ele se veste antes de ceder o objeto, com o qual ela abre a porta e sai como se tivesse feito o trabalho que tinha que fazer ali.
Ao sair, foi abordada por Brahma, que parecia estar vigiando a porta esperando pela saída dela. Elas foram para o bar, onde pegaram um Ice Tea de pêssego cada uma. Nenhum sinal de Sofia e Fabiana, elas devem ter encontrado alguém pra dar. - "Sortudas" - Pensou, e logo a líder dos arcanistas começou a falar.
- E aí, gostou do Entrenós?
- Ele é gostoso, mas na hora do Bola-gato se assustou quando a luva pegou fogo.
- Sério!? - Brahma riu.
- Pois é, menina. Toquei siririca na frente dele sem deixar ele me comer. Pena que não levei rola nenhuma ainda.
- Melhor sorte no próximo encontro então.
- Como assim?
- Você é uma detetive, lembra?
- Sim, mas...
- E é esse cara que eu quero que você investigue.
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