domingo, 15 de novembro de 2015

Gyff & Tsumomo #41

Gyff caiu no chão assim que chegou em casa. Ele quase não conseguiu desfazer a trava mágica que ele mesmo fez para sua porta. O ferimento doía apesar dele saber que não era fatal, ele só não sabia quando a cicatriz se fecharia. Seria apenas mais uma pra coleção. O chato é consertar a camisa depois. Ele nunca foi muito bom em magia de manipulação de matéria.

Não era a toa que a jaqueta era preta. Só que ele gostava da camisa branca, só que ela já estava toda manchada, e ele não conseguia mesmo mudar a cor do material. No máximo juntar as partes soltas do tecido.

Nem a casa era bem uma casa, mas era o que ele poderia chamar de lar temporariamente. Ele se instalou por um tempo em Amaquabá depois de fazer um dos serviços de Cowboy, e até agora tem se dado bem fazendo serviços. Só que nesses últimos dias ele não chegou a fazer nenhum serviço e a grana vai acabar em algum momento.

Na escuridão de seu lar ele adormeceu e lá ele acordou. Dormiu de noite e acordou na noite seguinte, tanto é que ele achou que o dia não havia nem terminado. Ele fez exatamente aquilo que era esperado. Ajeitou sua roupa com magia, e foi para o bar do Cowboy, que não ficava muito longe. Ele tava mesmo precisando daquela dose de Cowbrink, o drinque que só o cowboy sabia fazer.


Nesse meio tempo, Tsumomo acordava em uma casa de cura, onde foi restaurada por Shia, que estava comendo. A gueixa acordou em uma cama confortável se espreguiçando. Ainda estava com a malha apertada do dia anterior, mas se assustou por um instante ao notar que estava sem o seu kimono, ficando alivada logo em seguida ao vê-lo cuidadosamente dobrado sobre um banquinho.

Konvaa, estava dormindo em uma cadeira ao lado. Ele não aguentou ficar acordado por tanto tempo, vigiando-as, apesar de saber que estariam em boas mãos. Apesar da curandeira ter restaurado a condição física da artista facilmente, ela não conseguia entender porque sua paciente ainda estava desmaiada, então transformou uma pedra em uma cadeira sentou-se comendo pão e bebendo um líquido amarelado, e pôs-se a conversar com quem acabara de acordar:

- Foi uma briga feia, hein? - Perguntou Shia.
- Aconteceram alguns imprevistos. - Respondeu Tsumomo enquanto ajeitava o cabelo desgrenhado. - Só que tem coisas que ainda não se encaixam.
- Tipo você desmaiada até agora? - Ela falou mordendo um pedaço do pão.
- Ah...  Ah! Eu acho que eu já sei! - Tsumomo abriu a malha colocando os seios de fora despudoradamente. O seio esquerdo possuia uma marca estranha. - Ah, deve ter sido isso.
- Tsumomo! - Shia derrubou o pão e derramou um pouco do chá no chão e teve um momento de pudor e falta de vergonha, pois abraçou a gueixa bem forte contra os próprios seios para cobrir os de Tsumomo. - Que falta de vergonha!
- Ah, está tudo bem. Vocês estão aqui para examinar essas coisas estranhas, não? - Ela retribuia o abraço.
- Sim, mas você podia preparar a gente psicológicamente. - Ela se esfregava um pouco na gueixa.
- Ah, mas não é nada de mais.
- O seu corpo é um templo sagrado, Tsumomo!
- Oras, bobagens. Talvez tenha sido um dia. - E ela também gostava desse esfrega-esfrega.
- Vocês podem fazer silêncio? - Disse Higuma, acordando.
- Olá, Dormideira! - Disse Tsumomo, virando o máximo possível porque Shia não a soltava do abraço.
- Vocês podem parar com a pouca vergonha já.
- Ah, mas está divertido, quer ver? - Tsumomo moveu Shia junto, e mostrou os seios desnudos se esfregando com os seios cobertos de sua amiga. Higuma ficou vermelha de vergonha, enquanto Tsumomo ria da situação.
- Sério isso?
- Uhum. - Por fim, a gueixa deu um beijo na boca da curandeira, e ajeitou novamente suas vestes. - Agora, nós temos uma conversinha.


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