Wikeruto era um cara próximo de um shogun. Ele era um japonês como qualquer outro, um mero camponês que fazia sua agricultura como um cara normal, mas ele caiu nas graças da grande autoridade. Talvez porque eles beberam um sake muito doido, ou participaram de alguma aventura bem loka juntos, mas lá estava ele. Era convidado com uma certa frequência para os almoços e jantares e muitas vezes acaba dando opiniões políticas a pedido do próprio Shogun.
E acabava que muitos samurais também iam lá conversar com ele. Afinal um cara próximo do shogun é sempre uma boa amizade a se ter, isso gerou uma relação com os samurais na qual ele acabou aprendendo um monte de técnicas de combate que ele provavelmente nunca iria usar na vida, e sendo um cara muito metódico certamente ele não lutava muito bem. E era constantemente zoado pelos outros samurais, mas no final todo mundo ficava doidao de sake.
- Wikeruto, tu é muito preocupado, cara.
- Claro, num e tu quem planta as coisas.
- Tem que relaxar, na luta não dá pra ficar esperando ver o que vai acontecer.
- Mas se você não sabe o que vai acontecer, como é que você vai reagir?
- Bom, você tem que se lembrar que você não quer só se defender e sim atacar o cara.
- Mas quando eu ataco eu só apanho.
- Então você tem que apanhar mais pra aprender! - E todos bebados eclodiram em gargalhada.
- Quero ver plantar arroz e fazer mochi.
- Eu nem tento!
Houve um breve silencio até que o shogun falou.
- É instinto, Wikeruto. Você precisa colocar a luta no seu sangue, de modo que os seus movimentos fluem sem que você pense, apenas no reflexo.
O jovem saiu de lá com uma idéia.
Nos dias seguintes, Wikeruto fez os treinos com shinai dos samurais, mas ele agora observava quais eram os movimentos mais usados, e passou a pensar como ele poderia contra-atacar. Ele passou a ser capaz de ver um golpe e de atacar uma vez após esse bloqueio, ou as vezes até atacar, defender e atacar novamente, mas ele não conseguia passar do terceiro golpe, conseguindo bloquear o segundo algumas vezes. Sendo que ele foi capaz de acertar o oponente algumas vezes também. Isso chamou a atenção do Shogun.
- Wikeruto, como você aprendeu a lutar derepente?
- Torimon, meu shogun, eu não aprendi a lutar.
- Como assim?
- Oras, eu não tenho tempo para isso, apenas planto arroz, eu preciso olhar a planta para saber o que fazer com ela, mas eu não preciso pensar no que fazer com ela, eu simplesmente já sei.
- Sim, da mesma forma que a borboleta simplesmente voa. É da natureza dela.
- Correto, mas eu pensei, e se eu pudesse simplesmente fazer, como se fosse um instinto. Sempre que um golpe viesse de uma determinada forma, eu faria isso. Ou quando o inimigo tivesse uma determinada postura, eu faria aquilo.
- Você diz adquirir um instinto.
- Exatamente, meu caro shogun.
- Mas o instinto é da natureza da criatura.
- Bom, eu não nasci sabendo plantar arroz. Esse conhecimento foi passado pelo meu pai, Tokiweru. Se ele não tivesse me ensinado eu não saberia.
- Então você diz que podemos lutar aprendendo alguns movimentos básicos.
- Eu não diria isso, mas você pode criar um instinto de ataque.
- Vamos implementar isso imediatamente no nosso estilo de luta.
- Não, Shogun! Eu não...
- Sensacional essa idéia! Como não pensei nisso antes!? - O Shogun falava consigo, ignorando Wikeruto e saindo de cena.
- Testei o suficiente...
O Shogun começou a implementar essa técnica com os samurais. Os combates haviam se tornado mais rápidos, mais fulminantes, algo que Wikeruto dificilmente conseguiria acompanhar com os olhos, mas será que isso bastava? A tática se provou extremamente efetiva, quando Torimon e seus homens defenderam o feudo de um outro Shogun que queria expandir seus terrenos. O que culminou com a morte do segundo e a expansão dos domínios do primeiro.
- Wikeruto! Sua estratégia é sensacional.
- Eu não diria isso, ela precisa de revisão.
- Como assim?
- Veja, seus homens sabem lutar contra outros samurais.
- Sim.
- Não vai funcionar com um inimigo diferente.
- Como assim?
- Ora, suponha uma serpente que come sapos. Ela sabe como comer sapos, certo?
- Certo que sim.
- Mas se colocarmos um sapo envenenado, a cobra irá comer e morrer com o veneno!
- Isso pois a cobra não sabia que o sapo era venenoso.
- Então! Não sabemos o que outros inimigos são capazes de fazer!
- Droga!
- Eu sei cuidar de arroz! Não saberia tratar outro tipo de planta com a mesma facilidade.
- Então precisamos dar um passo além.
- E como faremos isso?
E começou uma invasão ninja, na tentativa de assassinar Torimon. Os samurais lutaram bravamente contra os ninjas com dificuldade pois o estilo de luta dos ninjas era diferente do que era conhecido.Wikeruto viu alguns morrerem, e foi capaz de ver alguns movimentos para utilizar. Ele tentou até informar Torimon sobre o que eles podiam fazer, mas um ninja o matou antes que ele pudesse ter a chance de falar com o shogun.
Torimon sobreviveu, e criou diversas novas técnicas de espada confome expandia seu território. Não se sabe ainda como ele ficou vivo, mas foi assassinado covardemente antes do início da era Meiji.
E acabava que muitos samurais também iam lá conversar com ele. Afinal um cara próximo do shogun é sempre uma boa amizade a se ter, isso gerou uma relação com os samurais na qual ele acabou aprendendo um monte de técnicas de combate que ele provavelmente nunca iria usar na vida, e sendo um cara muito metódico certamente ele não lutava muito bem. E era constantemente zoado pelos outros samurais, mas no final todo mundo ficava doidao de sake.
- Wikeruto, tu é muito preocupado, cara.
- Claro, num e tu quem planta as coisas.
- Tem que relaxar, na luta não dá pra ficar esperando ver o que vai acontecer.
- Mas se você não sabe o que vai acontecer, como é que você vai reagir?
- Bom, você tem que se lembrar que você não quer só se defender e sim atacar o cara.
- Mas quando eu ataco eu só apanho.
- Então você tem que apanhar mais pra aprender! - E todos bebados eclodiram em gargalhada.
- Quero ver plantar arroz e fazer mochi.
- Eu nem tento!
Houve um breve silencio até que o shogun falou.
- É instinto, Wikeruto. Você precisa colocar a luta no seu sangue, de modo que os seus movimentos fluem sem que você pense, apenas no reflexo.
O jovem saiu de lá com uma idéia.
Nos dias seguintes, Wikeruto fez os treinos com shinai dos samurais, mas ele agora observava quais eram os movimentos mais usados, e passou a pensar como ele poderia contra-atacar. Ele passou a ser capaz de ver um golpe e de atacar uma vez após esse bloqueio, ou as vezes até atacar, defender e atacar novamente, mas ele não conseguia passar do terceiro golpe, conseguindo bloquear o segundo algumas vezes. Sendo que ele foi capaz de acertar o oponente algumas vezes também. Isso chamou a atenção do Shogun.
- Wikeruto, como você aprendeu a lutar derepente?
- Torimon, meu shogun, eu não aprendi a lutar.
- Como assim?
- Oras, eu não tenho tempo para isso, apenas planto arroz, eu preciso olhar a planta para saber o que fazer com ela, mas eu não preciso pensar no que fazer com ela, eu simplesmente já sei.
- Sim, da mesma forma que a borboleta simplesmente voa. É da natureza dela.
- Correto, mas eu pensei, e se eu pudesse simplesmente fazer, como se fosse um instinto. Sempre que um golpe viesse de uma determinada forma, eu faria isso. Ou quando o inimigo tivesse uma determinada postura, eu faria aquilo.
- Você diz adquirir um instinto.
- Exatamente, meu caro shogun.
- Mas o instinto é da natureza da criatura.
- Bom, eu não nasci sabendo plantar arroz. Esse conhecimento foi passado pelo meu pai, Tokiweru. Se ele não tivesse me ensinado eu não saberia.
- Então você diz que podemos lutar aprendendo alguns movimentos básicos.
- Eu não diria isso, mas você pode criar um instinto de ataque.
- Vamos implementar isso imediatamente no nosso estilo de luta.
- Não, Shogun! Eu não...
- Sensacional essa idéia! Como não pensei nisso antes!? - O Shogun falava consigo, ignorando Wikeruto e saindo de cena.
- Testei o suficiente...
O Shogun começou a implementar essa técnica com os samurais. Os combates haviam se tornado mais rápidos, mais fulminantes, algo que Wikeruto dificilmente conseguiria acompanhar com os olhos, mas será que isso bastava? A tática se provou extremamente efetiva, quando Torimon e seus homens defenderam o feudo de um outro Shogun que queria expandir seus terrenos. O que culminou com a morte do segundo e a expansão dos domínios do primeiro.
- Wikeruto! Sua estratégia é sensacional.
- Eu não diria isso, ela precisa de revisão.
- Como assim?
- Veja, seus homens sabem lutar contra outros samurais.
- Sim.
- Não vai funcionar com um inimigo diferente.
- Como assim?
- Ora, suponha uma serpente que come sapos. Ela sabe como comer sapos, certo?
- Certo que sim.
- Mas se colocarmos um sapo envenenado, a cobra irá comer e morrer com o veneno!
- Isso pois a cobra não sabia que o sapo era venenoso.
- Então! Não sabemos o que outros inimigos são capazes de fazer!
- Droga!
- Eu sei cuidar de arroz! Não saberia tratar outro tipo de planta com a mesma facilidade.
- Então precisamos dar um passo além.
- E como faremos isso?
E começou uma invasão ninja, na tentativa de assassinar Torimon. Os samurais lutaram bravamente contra os ninjas com dificuldade pois o estilo de luta dos ninjas era diferente do que era conhecido.Wikeruto viu alguns morrerem, e foi capaz de ver alguns movimentos para utilizar. Ele tentou até informar Torimon sobre o que eles podiam fazer, mas um ninja o matou antes que ele pudesse ter a chance de falar com o shogun.
Torimon sobreviveu, e criou diversas novas técnicas de espada confome expandia seu território. Não se sabe ainda como ele ficou vivo, mas foi assassinado covardemente antes do início da era Meiji.
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