Eu preciso modernizar um pouco esse quadro porque escrever as expressões matematicas direto no MathML dá MUITO trabalho.
Mas enquanto isso não acontece...
A gente vai do jeito que dá mesmo, esse post demora um pouco pra sair mas sai bonito. Ele é metade da inspiração que eu tive pra falar sobre matemática esses dias, então esse vai ter fórmula mas o post seguinte provavelmente não vai ter. Vamos começar falando um pouco sobre equações diferenciais. Eu nunca falei disso antes e eu provavelmente precisaria fornecer mais histórico sobre isso. Então eu vou começar com o basicão que é só pra dar uma refrescada na memória e fornecer uma base pra quem não conhece.
Primeiro tem que saber que existem duas transformações para funções contínuas: A derivada e a integral. Pra equações diferenciais você precisa saber que as funções tem derivadas, e que algumas derivadas podem ser escritas usando a própria função. Ou como você já deve ter deduzido, a derivada é uma transformação em uma função o que consequentemente gera outra função.
Ah sim, transformação é um termo pra função também. Eu só queria não usar a mesma palavra tantas vezes na frase anterior mas ficou meio impossível.
De qualquer forma você escreve a coisa dessa forma genérica. isso quer dizer que g pode ser entendida como uma função de dois parâmetros, mas g também é a derivada de f, fechou? Então vamos imaginar uma equação diferencial beeeeeem simpleszinha pra gente trabalhar um método de solução específico. A maioria das pessoas começa mostrando o método onde surge uma integral pq quando se fala de cálculo já se ensina a pessoa a integrar coisas, e a integral é quase uma operação inversa da derivada. Tem uns por menores então não vai achando que é a inversa não. O nosso exemplo é o seguinte. Bacana? Se você conhece funções polinomiais, suas derivadas tem uma propriedade muito interessante que é a queda de grau. Na verdade você pode dizer que dada uma função polinomial Tem derivada: Interessante, né? Só que veja você que nesse contexto os polinômios não encaixam cê vai tentar derivar os bagulho e ó... Como você pode observar, as igualdades não batem. E agora? O que fazer? Sentar no chão e chorar? Aprender a integrar? Mandar a equação pra casa do baralho?
- Não, jovem mancebo. Você não é esse tipo de pessoa, veja você que você pode procurar polinômios até o infinito e não vai achar...
- Mas pera, você disse infinito?
- Pooooo... pode crer, infinito... E se o polinômio for infinito? Logo sua derivada também é um polinômio infinito! Mano, e se a gente macetar?
- Macetar?
- É! a gente subtrai os polinômios infinitos de modo que aconteça algo específico.
- Poooooo, pode crer.
- Daí é só acertar os coeficientes pra ficar do jeito que a gente quer. Repara só. Só que o primeiro termo do somatório da derivada é 0! Logo você pode ignorar ele e juntar os coeficientes da seguinte forma:
Bacana, agora olhando pra equação diferencial, fica mais fácil de entender a coisa, a derivada da função tem que ser igual ao resto do polinômio do segundo grau em diante, só mudando ali no primeiro grau. Se você quisesse fazer com que a derivada desse um polinômio infinito exatamente igual ao anterior você poderia definir os coeficientes através da seguinte relação de recorrência
Só que nesse caso aqui, tem que ter uma discrepância específica pra que quando nós façamos o decréscimo do polinômio pela sua derivada, sobre um termo no primeiro grau. Especificamente:
Enquanto o resto segue a regra. Logo a solução em forma de séries para essa equação diferencial é:
Lembrando que nesse caso, a relação de recorrência só não se aplica ao segundo termo.Mas enquanto isso não acontece...
A gente vai do jeito que dá mesmo, esse post demora um pouco pra sair mas sai bonito. Ele é metade da inspiração que eu tive pra falar sobre matemática esses dias, então esse vai ter fórmula mas o post seguinte provavelmente não vai ter. Vamos começar falando um pouco sobre equações diferenciais. Eu nunca falei disso antes e eu provavelmente precisaria fornecer mais histórico sobre isso. Então eu vou começar com o basicão que é só pra dar uma refrescada na memória e fornecer uma base pra quem não conhece.
Primeiro tem que saber que existem duas transformações para funções contínuas: A derivada e a integral. Pra equações diferenciais você precisa saber que as funções tem derivadas, e que algumas derivadas podem ser escritas usando a própria função. Ou como você já deve ter deduzido, a derivada é uma transformação em uma função o que consequentemente gera outra função.
Ah sim, transformação é um termo pra função também. Eu só queria não usar a mesma palavra tantas vezes na frase anterior mas ficou meio impossível.
De qualquer forma você escreve a coisa dessa forma genérica. isso quer dizer que g pode ser entendida como uma função de dois parâmetros, mas g também é a derivada de f, fechou? Então vamos imaginar uma equação diferencial beeeeeem simpleszinha pra gente trabalhar um método de solução específico. A maioria das pessoas começa mostrando o método onde surge uma integral pq quando se fala de cálculo já se ensina a pessoa a integrar coisas, e a integral é quase uma operação inversa da derivada. Tem uns por menores então não vai achando que é a inversa não. O nosso exemplo é o seguinte. Bacana? Se você conhece funções polinomiais, suas derivadas tem uma propriedade muito interessante que é a queda de grau. Na verdade você pode dizer que dada uma função polinomial Tem derivada: Interessante, né? Só que veja você que nesse contexto os polinômios não encaixam cê vai tentar derivar os bagulho e ó... Como você pode observar, as igualdades não batem. E agora? O que fazer? Sentar no chão e chorar? Aprender a integrar? Mandar a equação pra casa do baralho?
- Não, jovem mancebo. Você não é esse tipo de pessoa, veja você que você pode procurar polinômios até o infinito e não vai achar...
- Mas pera, você disse infinito?
- Pooooo... pode crer, infinito... E se o polinômio for infinito? Logo sua derivada também é um polinômio infinito! Mano, e se a gente macetar?
- Macetar?
- É! a gente subtrai os polinômios infinitos de modo que aconteça algo específico.
- Poooooo, pode crer.
- Daí é só acertar os coeficientes pra ficar do jeito que a gente quer. Repara só. Só que o primeiro termo do somatório da derivada é 0! Logo você pode ignorar ele e juntar os coeficientes da seguinte forma:
Sim. Essa é uma solução possível, um polinômio de grau infinito. Não é uma função exatamente bonita, mas é perfeitamente válido. E, honestamente, com essa notação de sigma nem fica tão ruim. Note também que é dependente do coeficiente então você pode montar infinitos poinomios ai nessa bagaça.
Mas repare em uma coisa, você criamos uma função que quando derivada é igual a ela mesma. Na verdade tem outra função que quando você deriva dá ela mesma... hmmmm... o que será que isso significa? Talvez no próximo episódio nós descubramos!
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