- Ok, agora ficou mais interessante. - Disse Sofia.
- Ele é só um exibido. - Retrucou Olivia.
- Ta, mas não deixa de ser do caralho. - Bibi adicionou.
- Então, crianças. - Rain começou o discurso. - Eu queria dar uma palestra mais interessante para vocês, mas acho que a melhor forma de vocês entenderem o druidismo é vivenciando-o.
- E como a gente vivencia isso? - Sofia perguntou. - Porque até agora eu só vi.
- Bom, eu posso conceder a vocês acesso a essa filial da SDRJ. - Flambarda levantou a mão. - Diga Flambarda.
- E onde fica a Matriz?
- Fica no IMPA.
- No instituto de matemática? - Sofia indagou.
- Isso. Muitos matemáticos também eram alquímicos e sempre tem muita gente tentando juntar druidismo e matemática.
- Que maneiro. Acho que vou pra lá mais vezes.
- Então, crianças, acho que a Flambarda falou para vocês, mas esse caminho é só de ida. Vocês podem desistir agora.
- Flam? - Fabiana perguntou, como quem quisesse uma confirmação.
- Já falei pra vocês ficarem fora disso. Se vocês quiserem é por conta de vocês.
- Mas a gente vai ficar juntinhas! - Disse Sofia, abraçando as duas.
- É! - Bibi concordou.
- Eu sei! Mas seu mundo vira de cabeça pra baixo!
- E já não virou, Flam? - Sofia indagou novamente. Flambarda hesitou um pouco antes de responder.
- De novo! É por conta de vocês. - Ela inchou as bochechas e virou a cara. Suas amigas sabiam que ela não estava nervosa de fato.
- Pela Flam! - Sofia deu a mão a Fabiana.
- Pela Flam! - Elas se dirigiram até Rain. Que já havia entendido.
Ele primeiramene removeu o banco do lugar onde estava, demonstrando novamente ter muita força para alguém que parece ter a idade dele. Em seguida ele fez alguns floreios com as mãos e os elementais de Fabiana e Sofia começaram a dançar no ar. Rain colocou dois cartões sobre o altar e as luzes convergiram para eles criando novos cartões similares aos que a própria Flambarda tem, porém sem função específica definida.
- Agora vocês fazem parte da Sociedade Druidica do Rio de Janeiro. - Disse Rain entregando os cartões.
Elas pegaram, semi maravilhadas com os cartões e pediram para observar uma o cartão da outra. Os cartões eram brancos, mas tinha uma foto delas, apesar de nenhuma câmera ter sido usada, e uma série de linhas coloridas além do nome delas. O padrão das linhas coloridas, era diferente para os cartões delas, e Sofia, curiosa, já saiu perguntando.
- Uai. O meu cartão é diferente do da Bibi.
- É verdade. - Bibi concordou, mesmo sem ter notado propriamente a diferença.
- É porque vocês tem assinaturas elementais diferentes. - Disse Olivia.
- Assinaturas elementais? - Sofia perguntou e Flambarda perguntou junto.
- É. Toda pessoa tem uma assinatura elemental. É uma forma de identificá-la baseada em seu espírito - Explicou Rain.
- E essas cores?
- Bom. Eu não tenho muito tempo pra explicar mas são os elementos. Eu recomendo que vocês vão a biblioteca estudar sobre isso.
- A nossa faculdade que se foda, né? - Flambarda chegou rebatendo.
- É... - Rain ficou sem jeito. - Pelo menos o mundo continua né.
- Calma, Flam. A gente vai dar um jeito. - Disse Sofia. - Você ta dizendo pra gente voltar?
- Venham comigo. - Olivia as conduziu mais para dentro dos aposentos da sociedade.
- Bibi, me empresta seu celular? - Flambarda não havia ligado pra mãe pra avisar que ia se atrasar. - Não consegui parar pra ligar pra minha mãe ainda.
- Uai. Tá sem bateria? - Fabiana perguntou enquanto elas andavam seguindo Olivia.
- Eu bem que gostaria. - Ela tirou o celular rachado do bolso.
- Eita! Que porra foi essa?
- Consequências do evento mais cedo.
- Caralho. Que merda.
- Nem fala. Ainda bem que eu tenho uns velhinhos lá em casa.
Enquanto elas conversavam sobre o telefone. Elas seguiam Olivia e Sofia que iam na frente em silêncio. Sofia tentava memorizar o caminho, enquanto a outra sabia tinha mais coisas com o que se preocupar e não era muito de papear. Realmente não era preciso andar muita coisa, É só porque o pátio inicial tinha uma só porta que dava em outro pátio ligeiramente menor. com diversas outras portas e uma delas era a da bilbioteca. Após terminar a conversa Flambarda conseguiu ligar pra mãe para avisar do atraso.
Esse segundo pátio tinha uma decoração completamente diferente do primeiro, que era feito pra parecer um salão de igreja. - Que Flambarda desconfiava que a arquitetura foi projetada pela mente megalomaníaca do Rain, apesar dela nem saber se ele era realmente insano dessa forma. - Enquanto o segundo tinha uma arquitetura mais moderna, haviam escadas que levariam a outros aposentos no andar inferior além da simplicidade dos alicerces. Diferentemente do pátio principal que é refrigerado com ar condicionados split, as meninas logo notaram que havia um ar condicionado central segurando aquela estrutura toda sob a terra. Ali entraram em uma porta onde havia desenhado uma teia de aranha.
A biblioteca era pequena. e consistia basicamente de um mesão, e uma estante que devia ter não mais que 50 livros. Flambarda notou que Elimar Caetano estava lá lendo um livro e fazendo anotações em um caderno e enquanto isso Sofia rapidamente observou.
- Isso não parece uma biblioteca.
- Não significa que não seja, não é? - Elimar falou, com um voz bastante suave e confortante.
- Nossa, falando desse jeito eu até acredito. - Disse Bibi.
- É porque nós não conseguimos muitos livros de conhecimento druídico. A maioria deles se perderam em incêndios e no final acabamos sem muito conhecimento.
- E esse livro é sobre o que?
- Esse é sobre os fundamentos dos elementos.
- Parece ser exatamente o livro que a gente procura. - Disse Sofia.
- Vocês parecem ser novas aqui. Eu sou Elimar Caetano. - Ele falou, levantando-se e cumprimentando-as. - Quais são seus nomes?
- Bom eu sou Fabiana - Disse Bibi. - E esta é Sofia. - Bibi qualquer chance que Sofia teria para se apresentar
- Ah! Sofia! A parte do amor em Filosofia! E você Fabiana, não pense que seu nome lhe reduz apesar de eu não ser capaz de rastrear as origens dele.
- Esse é o menor dos meus problemas. - Ela riu de leve.
- Suponho que vocês não saibam muito de cultura oriental.
- Ih Sofia. Essa é contigo. - Disse Fabiana.
- Mas qual parte da cultura oriental. - Sofia prosseguiu.
- A parte mais mitológica. Por exemplo, vocês sabem quantos elementos fundam o misticismo oriental? - Perguntou Elimar.
- Cinco elementos. - Sofia respondeu prontamente.
- Está corretíssima! Esses seriam, fogo, terra, metal, água e madeira. No original chinês o nome correto para esse ciclo elemental é o Wu Xing.
- A gente vai ter uma aula de cultura chinesa agora? - Flambarda questionou.
- O mundo druídico, apesar de ser originado mais da cultura celtica, possui muitos fundamentos da cultura oriental também.
- Você também acredita que as mitologias são várias formas da mesma coisa? - Agora foi a vez de Sofia.
- Bom, muitas coisas são certamente similares, mas mitologia depende muito da cultura de um povo. É diferente da religião. Esta eu acredito que são muitas formas diferentes de dizer a mesma coisa.
- Mas não são a mesma coisa? - Fabiana foi quem questionou neste instante.
- Acredito sim que há uma diferença, Fabiana, mas eu não saberia lhe dizer precisamente qual é.
Um silêncio se manteve por um tempo.
- Flambarda, me avisaram que o seu celular quebrou hoje. Eu aproveitei que tenho alguns um pouco mais antigos e trouxe para você. - Ele disse estendendo o celular a jovem.
- Hã... Acho que... Obrigado?
- Eu sei o quanto a vida pode ser difícil sem comunicação. Não vai ter todos os seus joguinhos, mas acho que pode te servir. Ah é claro, precisamos trocar o chip. Pode me emprestar o seu?
- Erm... Aqui. - Ela cedeu o celular.
Elimar calmamente trocou os chips e já havia carregado as baterias do celular novo, o que fez com que ele rapidamente ligasse. Flambarda perdeu um tempo configurando o celular por ali mas as meninas não tinham mais perguntas, e Sofia realmente não queria tirar o livro da mão dele. Elas então se retiraram da biblioteca e estavam se preparando para voltar pra casa. Elas já haviam visto coisas demais por hoje, mas certamente ainda havia mais uma coisa para ser vista.
Conforme voltavam sem Olivia, elas entraram no salão primário e viram Rodney e Rain. O primeiro estava levitando sobre o altar fitando alguma coisa distante. Flambarda era capaz de ver uma densa nuvem elemental como um turbilhão passeando pela sala e por Rodney como se ele estivesse se conectando com os elementos de alguma forma. Rain, estava ajoelhado perante o altar com um dos punhos apoiados no chão, como se tivesse socado o piso. Ambos pareciam intensamente concentrados, porém nenhuma das meninas era capaz de dizer o que exatamente estava acontecendo ali.
- Ele é só um exibido. - Retrucou Olivia.
- Ta, mas não deixa de ser do caralho. - Bibi adicionou.
- Então, crianças. - Rain começou o discurso. - Eu queria dar uma palestra mais interessante para vocês, mas acho que a melhor forma de vocês entenderem o druidismo é vivenciando-o.
- E como a gente vivencia isso? - Sofia perguntou. - Porque até agora eu só vi.
- Bom, eu posso conceder a vocês acesso a essa filial da SDRJ. - Flambarda levantou a mão. - Diga Flambarda.
- E onde fica a Matriz?
- Fica no IMPA.
- No instituto de matemática? - Sofia indagou.
- Isso. Muitos matemáticos também eram alquímicos e sempre tem muita gente tentando juntar druidismo e matemática.
- Que maneiro. Acho que vou pra lá mais vezes.
- Então, crianças, acho que a Flambarda falou para vocês, mas esse caminho é só de ida. Vocês podem desistir agora.
- Flam? - Fabiana perguntou, como quem quisesse uma confirmação.
- Já falei pra vocês ficarem fora disso. Se vocês quiserem é por conta de vocês.
- Mas a gente vai ficar juntinhas! - Disse Sofia, abraçando as duas.
- É! - Bibi concordou.
- Eu sei! Mas seu mundo vira de cabeça pra baixo!
- E já não virou, Flam? - Sofia indagou novamente. Flambarda hesitou um pouco antes de responder.
- De novo! É por conta de vocês. - Ela inchou as bochechas e virou a cara. Suas amigas sabiam que ela não estava nervosa de fato.
- Pela Flam! - Sofia deu a mão a Fabiana.
- Pela Flam! - Elas se dirigiram até Rain. Que já havia entendido.
Ele primeiramene removeu o banco do lugar onde estava, demonstrando novamente ter muita força para alguém que parece ter a idade dele. Em seguida ele fez alguns floreios com as mãos e os elementais de Fabiana e Sofia começaram a dançar no ar. Rain colocou dois cartões sobre o altar e as luzes convergiram para eles criando novos cartões similares aos que a própria Flambarda tem, porém sem função específica definida.
- Agora vocês fazem parte da Sociedade Druidica do Rio de Janeiro. - Disse Rain entregando os cartões.
Elas pegaram, semi maravilhadas com os cartões e pediram para observar uma o cartão da outra. Os cartões eram brancos, mas tinha uma foto delas, apesar de nenhuma câmera ter sido usada, e uma série de linhas coloridas além do nome delas. O padrão das linhas coloridas, era diferente para os cartões delas, e Sofia, curiosa, já saiu perguntando.
- Uai. O meu cartão é diferente do da Bibi.
- É verdade. - Bibi concordou, mesmo sem ter notado propriamente a diferença.
- É porque vocês tem assinaturas elementais diferentes. - Disse Olivia.
- Assinaturas elementais? - Sofia perguntou e Flambarda perguntou junto.
- É. Toda pessoa tem uma assinatura elemental. É uma forma de identificá-la baseada em seu espírito - Explicou Rain.
- E essas cores?
- Bom. Eu não tenho muito tempo pra explicar mas são os elementos. Eu recomendo que vocês vão a biblioteca estudar sobre isso.
- A nossa faculdade que se foda, né? - Flambarda chegou rebatendo.
- É... - Rain ficou sem jeito. - Pelo menos o mundo continua né.
- Calma, Flam. A gente vai dar um jeito. - Disse Sofia. - Você ta dizendo pra gente voltar?
- Venham comigo. - Olivia as conduziu mais para dentro dos aposentos da sociedade.
- Bibi, me empresta seu celular? - Flambarda não havia ligado pra mãe pra avisar que ia se atrasar. - Não consegui parar pra ligar pra minha mãe ainda.
- Uai. Tá sem bateria? - Fabiana perguntou enquanto elas andavam seguindo Olivia.
- Eu bem que gostaria. - Ela tirou o celular rachado do bolso.
- Eita! Que porra foi essa?
- Consequências do evento mais cedo.
- Caralho. Que merda.
- Nem fala. Ainda bem que eu tenho uns velhinhos lá em casa.
Enquanto elas conversavam sobre o telefone. Elas seguiam Olivia e Sofia que iam na frente em silêncio. Sofia tentava memorizar o caminho, enquanto a outra sabia tinha mais coisas com o que se preocupar e não era muito de papear. Realmente não era preciso andar muita coisa, É só porque o pátio inicial tinha uma só porta que dava em outro pátio ligeiramente menor. com diversas outras portas e uma delas era a da bilbioteca. Após terminar a conversa Flambarda conseguiu ligar pra mãe para avisar do atraso.
Esse segundo pátio tinha uma decoração completamente diferente do primeiro, que era feito pra parecer um salão de igreja. - Que Flambarda desconfiava que a arquitetura foi projetada pela mente megalomaníaca do Rain, apesar dela nem saber se ele era realmente insano dessa forma. - Enquanto o segundo tinha uma arquitetura mais moderna, haviam escadas que levariam a outros aposentos no andar inferior além da simplicidade dos alicerces. Diferentemente do pátio principal que é refrigerado com ar condicionados split, as meninas logo notaram que havia um ar condicionado central segurando aquela estrutura toda sob a terra. Ali entraram em uma porta onde havia desenhado uma teia de aranha.
A biblioteca era pequena. e consistia basicamente de um mesão, e uma estante que devia ter não mais que 50 livros. Flambarda notou que Elimar Caetano estava lá lendo um livro e fazendo anotações em um caderno e enquanto isso Sofia rapidamente observou.
- Isso não parece uma biblioteca.
- Não significa que não seja, não é? - Elimar falou, com um voz bastante suave e confortante.
- Nossa, falando desse jeito eu até acredito. - Disse Bibi.
- É porque nós não conseguimos muitos livros de conhecimento druídico. A maioria deles se perderam em incêndios e no final acabamos sem muito conhecimento.
- E esse livro é sobre o que?
- Esse é sobre os fundamentos dos elementos.
- Parece ser exatamente o livro que a gente procura. - Disse Sofia.
- Vocês parecem ser novas aqui. Eu sou Elimar Caetano. - Ele falou, levantando-se e cumprimentando-as. - Quais são seus nomes?
- Bom eu sou Fabiana - Disse Bibi. - E esta é Sofia. - Bibi qualquer chance que Sofia teria para se apresentar
- Ah! Sofia! A parte do amor em Filosofia! E você Fabiana, não pense que seu nome lhe reduz apesar de eu não ser capaz de rastrear as origens dele.
- Esse é o menor dos meus problemas. - Ela riu de leve.
- Suponho que vocês não saibam muito de cultura oriental.
- Ih Sofia. Essa é contigo. - Disse Fabiana.
- Mas qual parte da cultura oriental. - Sofia prosseguiu.
- A parte mais mitológica. Por exemplo, vocês sabem quantos elementos fundam o misticismo oriental? - Perguntou Elimar.
- Cinco elementos. - Sofia respondeu prontamente.
- Está corretíssima! Esses seriam, fogo, terra, metal, água e madeira. No original chinês o nome correto para esse ciclo elemental é o Wu Xing.
- A gente vai ter uma aula de cultura chinesa agora? - Flambarda questionou.
- O mundo druídico, apesar de ser originado mais da cultura celtica, possui muitos fundamentos da cultura oriental também.
- Você também acredita que as mitologias são várias formas da mesma coisa? - Agora foi a vez de Sofia.
- Bom, muitas coisas são certamente similares, mas mitologia depende muito da cultura de um povo. É diferente da religião. Esta eu acredito que são muitas formas diferentes de dizer a mesma coisa.
- Mas não são a mesma coisa? - Fabiana foi quem questionou neste instante.
- Acredito sim que há uma diferença, Fabiana, mas eu não saberia lhe dizer precisamente qual é.
Um silêncio se manteve por um tempo.
- Flambarda, me avisaram que o seu celular quebrou hoje. Eu aproveitei que tenho alguns um pouco mais antigos e trouxe para você. - Ele disse estendendo o celular a jovem.
- Hã... Acho que... Obrigado?
- Eu sei o quanto a vida pode ser difícil sem comunicação. Não vai ter todos os seus joguinhos, mas acho que pode te servir. Ah é claro, precisamos trocar o chip. Pode me emprestar o seu?
- Erm... Aqui. - Ela cedeu o celular.
Elimar calmamente trocou os chips e já havia carregado as baterias do celular novo, o que fez com que ele rapidamente ligasse. Flambarda perdeu um tempo configurando o celular por ali mas as meninas não tinham mais perguntas, e Sofia realmente não queria tirar o livro da mão dele. Elas então se retiraram da biblioteca e estavam se preparando para voltar pra casa. Elas já haviam visto coisas demais por hoje, mas certamente ainda havia mais uma coisa para ser vista.
Conforme voltavam sem Olivia, elas entraram no salão primário e viram Rodney e Rain. O primeiro estava levitando sobre o altar fitando alguma coisa distante. Flambarda era capaz de ver uma densa nuvem elemental como um turbilhão passeando pela sala e por Rodney como se ele estivesse se conectando com os elementos de alguma forma. Rain, estava ajoelhado perante o altar com um dos punhos apoiados no chão, como se tivesse socado o piso. Ambos pareciam intensamente concentrados, porém nenhuma das meninas era capaz de dizer o que exatamente estava acontecendo ali.
Nenhum comentário:
Postar um comentário