Gyff precisava encontrar Tsumomo, então andou até a casa dela apenas para encontrar a porta fechada. A maioria das pessoas fazia isso quando não ficava ninguém, nem mesmo uma criança em casa. Afinal, as crianças são capazes de se defender com magia, mais formidavelmente do que muita gente pensa.
Só que isso não ia impedir que ele entrasse na casa dela para tentar descobrir qualquer coisa, porém ao encostar na porta ele sentiu um choque elétrico. Ele se segurou para não gritar de dor, até porque já estava acostumado a apanhar, e canalizou suas energia para evitar o choque e retirar a mão da porta.
A porta tinha diversas jóias shineym cujas energias mágicas mantinham a solidez e o formato da porta e também geravam esses choques. Não é muito, mas servia os propósitos suficientemente bem. a grande questão é que geralmente existem alguns pontos onde ele poderia aplicar alguma energia e eliminar essa questão da eletricidade, similarmente ao que uma chave faz com uma fechadura.
Bom, quebrar esses códigos de porta é uma tarefa relativamente complicada. E ele não estava com tempo o suficiente para ficar lá olhando para a porta da gueixa pensando em como abrí-la. Ele escalou uma mureta, correu por ela e escalou a parede de uma casa, saltando na rua do outro lado dela. Haviam torres de observação pela cidade justamente para ficar de olho nos espertinhos que gostavam de andar por cima dos edifícios.
Gyff por outro lado, fazia isso muitas vezes por diversão.
Tsumomo tinha por diversão conversar. Gostava disso, e gostava também de sua vida de gueixa onde ela podia conversar com muitas pessoas, sendo que já foi chamada para muitas festas. Ela havia dito para a maioria das casas de chá que estava indisponível por razões pessoais, mas isso definitivamente não a impedia de aparecer lá de vez em quando.
Ao chegar na casa de chá Yue Liang, Tsumomo retirou seus calçados e se moveu para o salão principal onde várias pessoas se divertiam com as gueixas que contavam histórias e procuravam entreter os clientes do local com brincadeiras bobas, mas que funcionavam bastante bem para fins de entretenimento. Uma dessas gueixas era Shwi, que estava vestindo um Kimono verde oceano com desenhos de golfinhos. O Obi azul também era de um tom esverdeado. Não era a mais deslumbrante do local, mas chamava uma certa atenção.
Ao vê-la, Shwi terminou de servir o cliente, e pediu para que esse aguardasse um instante e foi rapidamente cumprimentar Tsumomo, fazendo uma funda mesura.
- Boa noite, Tsumomo!
- Oras, quem diria? Quanto tempo não nos vemos, senhorita Shwi? - Ela disse sorrindo e fazendo uma pequena mesura. Enqanto a outra ainda concluía a própria.
- Que bons ventos a trazem até a Yue Liang? - Shwi parecia surpresa.
- Oras, temos que conversar com a pessoas. Na noite passada eu estava na casa da Katsuyo.
- E como ela está?
- Um pouco melhor, eu acho. Ela se envolveu com os recentes acontecimentos.
- Ah, então você ouviu falar?
- Oras, Shwi. Eu moro aqui. Eu vivo por esses locais.
- Perdoe essa elfa boba. Helena ainda trabalha com ela.
- Ainda, mas você não vai me servir hoje se não me direcionar a uma mesa.
- Ah! Sim! Claro! Perdoe a minha euforia. Venha comigo. - Ela fez um sinal para que Tsumomo a seguisse.
- Ah. Achei que você tinha esquecido os detalhes que eu lhe ensinei.
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