Flambarda - Studio #5

- Nossa! Você não tem vergonha não!? Só pra ficar bonitinho?
- Tenho não! E assim, tá, melhor?
- Não! Tá loko! Volta!
- Certeza?
- Nenhuma
- Pronta?
- Não, mas bora lá, né?

Flambarda então se volta pra câmera com seu estilo habitual, de rabo de cavalo e roupa casual. A luva, sempre presente.

- Olá Carol! Tudo bem!? Então a produção aqui falou que hoje é seu aniversário e tal, e daí e produtore aqui falou que era sue maride e tal e que queria fazer alguma coisa importante pra você. E aí elu me chamou pra mandar essa mensagem aqui, só que essu filhe da puta não me passou texto nenhum! Produção!

- Que foi?
- Tu não tem vergonha na cara não? - Ela falou enquanto batia no papel - Me chama pra mandar uma mensagem pra sua esposa e tem preguiça de regidir um caralho de um texto e me manda improvisar?
- Ah... É porque você é melhor que eu com as palavras.
- Teu cu.
- Viu.
- Caralho. Cê fumou o que? Eu não faço a mínima idéia que buceta de discurso eu vou fazer aqui.
- Mas cê tava indo tão bem.
- Tava, mas cansei de ser explorada.
- Explorada?
- É! Acúmulo de funções! Ou tu me paga direito ou eu tô fora.
- Mas Flambarda, você vive improvisando.
- Eu não tenho culpa se você escreve essa porra de qualquer jeito e depois eu tenho que me virar improvisando pra fazer esse caralho funcionar.
- Pô, mas tu também não ajuda. Eu te dou um script aí tu vai e descaceta tudo.
- Esses scripts aqui de merda? - "Ain tem que sair do incêndio abrindo a porta com a maçaneta." - Mermão. Teu cu que eu vou fazer essa porra aqui ao pé da letra. Vou improvisar mesmo. Cê tinha que me agradecer por esse trabalho sair maravilhoso.
- Flambarda, vamo mandar a mensagem?
- Toma vergonha na cara! Você é e maride! Manda uma mensagem! Espreme essa buceta de cérebro que tu tem aí nesse caralho dessa cabeça acéfala.
- Ou eu tenho cérebro ou eu sou acéfalo.
- Ah mano, até nisso tu é pedante...? Não sei como ela te atura... - Flambarda rasga o papel. - Tá. Eu vou fazer isso pq realmente ela não merece que você improvise um caralho de um discurso. - Flambarda bate na mesa e diz imperativamente - Da capo!

Ume maquiadore se oferece pra fazer uma maquiagem, Flambarda manda a pessoa pastar, espera as câmeras se posicionarem, e recomeça.

- Então Carol! Estou aqui para te dar os parabéns da forma decente que sue maride não vai fazer! Então o que eu desejo pra você são coisas que a mulher brasileira realmente precisa. Eu quero que você coma pra caralho e emagreça, eu quero que você ganhe bastante dinheiro e não tenha mais que se preocupar com essa porra, mas ó, nada de deixar de trabalhar pq quem ganha dinheiro sem trabalhar é sanguessuga e sanguessuga tem mais é que apanhar. Quero que sues filhes... Produção! São quantes filhes!?
- É uma só.
- Então, que sua filha fique bem, e te perturbe bastante em momentos oportunos e não te perturbe nos momentos que realmente não tem que te pertubar. Cê sabe do que eu to falando. Eu to pensando em algumas coisas legais que eu posso desejar para você... Produção!
- Que foi dessa vez?
- Do que que ela gosta.
- Bem...
- Além disso, né? Ôôô, buceta.
- Sei lá, RPG?
- Que você consiga bastante RPG! - Flambarda bate na mesa mais uma vez e dá um suspiro. - Ufa! Tá bom assim!?
- Tá ótimo!
- Então com licença que eu tenho que ligar pro Ícaro pra saber o que ele vai fazer mais tarde hoje. - Ela levanta, pega a mochila dela, o celular que estava dentro e já se põe a ligar conforme sai do estúdio.

Enquanto o estúdio vai sendo arrumado por es outres trabalhadories, e editore e produtore observa o video diversas vezes.

"É, espero que ela goste..."