Essa mulher tá de sacanagem com a minha cara. Falou que esse cara foi escolhido por ela e agora tá desconfiada!? Por que você não tem um diabo de um comportamento consistente, Fernanda?
- E aí, rola? - Fernanda perguntou conforme pegava uma cerveja e bebia direto da garrafa.
- Sei lá. Honestamente, acho essa experiência de casa de swing meio...
- Invasiva? - Ela até tentou completar
- Não sei... É estranho pra cacete. - Ela se virou para o barman no meio da conversa. - Me vê uma Heineken, por favor. - E se voltou para Fernanda - Mas vamo lá. Acho que não tem muito pra onde correr.
- Flambarda, querida, deixa eu te explicar, volta e meia tem anomalias acontecendo por aí. O que não falta é caso pra eu te colocar pra investigar.
- Honestamente... - Flambarda deu uma bicada na garrafa de Heineken. - Acho que eu vou me sair melhor por aqui.
Nisso, Sofia e Fabiana voltaram de onde quer que estivessem e se sentaram de modo a isolar Brahma, mas ainda assim conversar com sua amiga.
- Ufa. Deu pra cansar. - Disse Fabiana.
- Deu mesmo. - Sofia completou.
- Isso. Joga na cara mesmo. - Flambarda disse misturando inveja e orgulho - Se deu bem tem mais é que aproveitar mesmo.
- Não fica assim, amiga. Uma hora a gente tinha que se dar bem também, né?
- É... - Ela disse pegando a Heineken.
- E aí, qual é "boa" da Fernanda - Fabiana fez um gestual de aspas conforme falava para fazer escárnio
- Nada... Tava falando aqui pra sua amiga pra ela investigar um problema aqui.
- Como assim investigar?
- É. - Fernanda deu mais um gole. - Vocês não sabiam que ela é uma detetive.?
- Detetive?
- É. Mostra aí seu cartão.
- Ah. - Flambarda começou a procurar na mochila quase inseparável. - Não é nada de que eu me orgulhe muito, mas. - E retirou o cartão onde se lia "Detetive Elemental".
- Uai. Detetive? - Perguntou Sofia.
- É. Cê não escutou naquele dia que o Rain ofereceu dez conto preu resolver o lance da alabarda?
- Verdade! - Bibi exclamou. - Você achou a alabarda, ele bem que podia te dar aqueles dez conto.
- Dez conto só!? - Fernanda reclamou. - Mas que mão de vaca.
- E você vai pagar a Flam?
- Claro que vou. Estamos acertando o negócio agora.
- Ok. Estou começando a gostar de você. - Bibi disse tomando um gole da cerveja de sua amiga.
- Ei! Não basta se dar bem ainda vem na minha cerveja!? - Flambarda reclamou.
- Tá dando mole...
Elas fizeram silêncio por um instante apenas bebendo. Até que Fernanda continuou.
- E aí? Vai?
- Vamo lá, mas eu não vou fazer nada hoje aqui não. - Flambarda respondeu.
- Nem trepar?
- Honestamente... - Ela bebeu mais o último gole da Heineken. - ...Nem isso. - Ela se levantou, Sofia e Fabiana logo em seguida. - Onde é que eu pago a conta?
- É logo ali. - Brahma apontou.
- Tá bom, a gente se fala. - Elas pagaram suas contas e saíram do local enquanto a líder das arcanistas ficou no local.
Era quase meia noite. Fabiana estava de muitíssimo bom humor. Sofia estava bem mas estava receosa e encucada. Flambarda estava matutando sobre como ia fazer pra conciliar faculdade com essa investigação. Quando pisaram fora da casa de swing, a empreendedora entre as três já explicitou a preocupação.
- Cara, to preocupada.
- Fala sério, Sofia? O que ela vai fazer?
- Ela deu uma surra em mim e na Flam. Eu lembro bem.
- Mas agora ela vai indenizar.
- Vai nada. Vai é explorar a coitada.
- E o que você acha disso, Flam? - Elas perguntaram em uníssono. Parando-a.
- Eu... - Ela pensou. - Cara, vamo andando que eu vou falar pra cacete. - E tomaram o rumo de novo. - Assim. Eu lembro da surra, e como eu falei pra vocês, ou eu virava uma arcanista ou eu morria, tem uma coisa a mais, meio que eu defendi ela instinstivamente, mas acho que no momento o melhor a fazer é explorar o universo dos arcanistas pra tentar entender o mundo deles também.
- Tá, mas você não respondeu a pergunta. - Disse Sofia.
- Eu acho que eu to fudida, pq a mulher deve ser bipolar, mas eu já fazia essas investigações pro Rain mesmo, então acho que no final das contas é tudo a mesma merda.
- Ah... - Sofia ficou um pouco desolada.
- Mas pelo menos acho que aquela vaca não vai mais te encher o saco com nada.
- É mas... E a Bibi?
- Eu vou ficar tranquila. Eu tenho o Rodney. A Flam que tem que ficar de olho no Rain. - Bibi respondeu.
- Nem fala... - Flambarda engoliu em seco.
Ficaram em silêncio após isso andando até a estação de metrô e até além para suas casas. As três estavam em um turbilhão de emoções, pensando como é que resolveriam os problemas porque nenhuma delas tinha solução e parece que todas as três estavam afundando nesse mundo juntas. Pra piorar tem faculdade no dia seguinte, mas talvez, sendo segunda feira, tanto os arcanistas quanto os druidas vão trabalhar e dê um tempo para os pobres mortais descansarem.
Flambarda chegou em casa e sua mãe já estava dormindo. Ela trancou a porta e foi direto no fogão e na geladeira pra ver se tinha alguma coisa que ela já pudesse comer rapidamente. Como não achou nada que lhe apetecesse, foi no armário e pegou um Trakinas de morango pra enganar o estômago. Em seguida foi para o quarto já mandando mensagem para as amigas. Ela parou pra tomar um banho relaxante antes de deitar na cama, conforme reparava nas luzes se movendo cada vez mais lentamente. Curiosamente dessa vez ela não enxergava nenhuma singularidade. - Hoje vai ser tranquilo, finalmente. - Ela pensou, mas mal ela deitou no travesseiro e fechou os olhos que ela quase que instantaneamente pegou no sono, e certamente havia alguém a esperando.
Uma fogueirinha, em meio a uma lareira. Ela já teve essa visão antes. A jovem olhou para a mão direita e nada de luva, ela respirou fundo e deu meia-volta. Lá estava Alabáreda, braços cruzados, olhar 43, mas ele tava parecido com o Cauã Reymond usando uma camisa onde se lia "Summer" e tinha um sol fofinho no peito.
- Bonito, hein, senhorita?
- Ah, vai, me dá um desconto.
- Me cospe fora e depois vai atrás de mim?
- Você podia, pelo menos, tentar entender a minha situação!?
- E agora quer inverter o jogo?
- Ah, cara, sério que você vai fazer drama agora? Não gostou, só fala, pelo amor de Deus.
- Eu não. Eu não to preso a esse mundo mundano de vocês mesmo.
- Ah, cara. Eu to aqui, me esforçando pra me formar e salvar o mundo. Eu sou tipo estudante de anime... Me perdoa, vai. - Ela juntou as mãos pra reforçar o pedido.
- Eu devia ter te deixado a deriva.
- Mas você não o fez. Olha que legal.
- Tu só faz merda! - Ele disse abrindo os braços.
- É! É a vida! Mulher jovem com fogo na piriquita só faz merda! Cê vai me ajudar ou não?
- Francamente. - Ele reprovou com a cabeça. - Eu nem sei por onde eu vou começar com você.
- Que tal me ensinando a lutar?
- Pera. Cê quer aprender esgrima?
- Você é um tipo de lança né? Acho que esgrima não é a palavra...
- Esgrima se refere a combate com armas, ô tapada.
- Ah... - Ela girou os olhos. - Então. É isso aí.
- Tá bom... - Ele coçou a nuca. - Vamo começar. - E subitamente ele conjurou duas varas e entregou uma a Flambarda. - Hoje eu vou te castigar. - Ele disse, com uma cara de satisfação enorme.
Merda... - Ela pensou, dentro do próprio sonho.
- E aí, rola? - Fernanda perguntou conforme pegava uma cerveja e bebia direto da garrafa.
- Sei lá. Honestamente, acho essa experiência de casa de swing meio...
- Invasiva? - Ela até tentou completar
- Não sei... É estranho pra cacete. - Ela se virou para o barman no meio da conversa. - Me vê uma Heineken, por favor. - E se voltou para Fernanda - Mas vamo lá. Acho que não tem muito pra onde correr.
- Flambarda, querida, deixa eu te explicar, volta e meia tem anomalias acontecendo por aí. O que não falta é caso pra eu te colocar pra investigar.
- Honestamente... - Flambarda deu uma bicada na garrafa de Heineken. - Acho que eu vou me sair melhor por aqui.
Nisso, Sofia e Fabiana voltaram de onde quer que estivessem e se sentaram de modo a isolar Brahma, mas ainda assim conversar com sua amiga.
- Ufa. Deu pra cansar. - Disse Fabiana.
- Deu mesmo. - Sofia completou.
- Isso. Joga na cara mesmo. - Flambarda disse misturando inveja e orgulho - Se deu bem tem mais é que aproveitar mesmo.
- Não fica assim, amiga. Uma hora a gente tinha que se dar bem também, né?
- É... - Ela disse pegando a Heineken.
- E aí, qual é "boa" da Fernanda - Fabiana fez um gestual de aspas conforme falava para fazer escárnio
- Nada... Tava falando aqui pra sua amiga pra ela investigar um problema aqui.
- Como assim investigar?
- É. - Fernanda deu mais um gole. - Vocês não sabiam que ela é uma detetive.?
- Detetive?
- É. Mostra aí seu cartão.
- Ah. - Flambarda começou a procurar na mochila quase inseparável. - Não é nada de que eu me orgulhe muito, mas. - E retirou o cartão onde se lia "Detetive Elemental".
- Uai. Detetive? - Perguntou Sofia.
- É. Cê não escutou naquele dia que o Rain ofereceu dez conto preu resolver o lance da alabarda?
- Verdade! - Bibi exclamou. - Você achou a alabarda, ele bem que podia te dar aqueles dez conto.
- Dez conto só!? - Fernanda reclamou. - Mas que mão de vaca.
- E você vai pagar a Flam?
- Claro que vou. Estamos acertando o negócio agora.
- Ok. Estou começando a gostar de você. - Bibi disse tomando um gole da cerveja de sua amiga.
- Ei! Não basta se dar bem ainda vem na minha cerveja!? - Flambarda reclamou.
- Tá dando mole...
Elas fizeram silêncio por um instante apenas bebendo. Até que Fernanda continuou.
- E aí? Vai?
- Vamo lá, mas eu não vou fazer nada hoje aqui não. - Flambarda respondeu.
- Nem trepar?
- Honestamente... - Ela bebeu mais o último gole da Heineken. - ...Nem isso. - Ela se levantou, Sofia e Fabiana logo em seguida. - Onde é que eu pago a conta?
- É logo ali. - Brahma apontou.
- Tá bom, a gente se fala. - Elas pagaram suas contas e saíram do local enquanto a líder das arcanistas ficou no local.
Era quase meia noite. Fabiana estava de muitíssimo bom humor. Sofia estava bem mas estava receosa e encucada. Flambarda estava matutando sobre como ia fazer pra conciliar faculdade com essa investigação. Quando pisaram fora da casa de swing, a empreendedora entre as três já explicitou a preocupação.
- Cara, to preocupada.
- Fala sério, Sofia? O que ela vai fazer?
- Ela deu uma surra em mim e na Flam. Eu lembro bem.
- Mas agora ela vai indenizar.
- Vai nada. Vai é explorar a coitada.
- E o que você acha disso, Flam? - Elas perguntaram em uníssono. Parando-a.
- Eu... - Ela pensou. - Cara, vamo andando que eu vou falar pra cacete. - E tomaram o rumo de novo. - Assim. Eu lembro da surra, e como eu falei pra vocês, ou eu virava uma arcanista ou eu morria, tem uma coisa a mais, meio que eu defendi ela instinstivamente, mas acho que no momento o melhor a fazer é explorar o universo dos arcanistas pra tentar entender o mundo deles também.
- Tá, mas você não respondeu a pergunta. - Disse Sofia.
- Eu acho que eu to fudida, pq a mulher deve ser bipolar, mas eu já fazia essas investigações pro Rain mesmo, então acho que no final das contas é tudo a mesma merda.
- Ah... - Sofia ficou um pouco desolada.
- Mas pelo menos acho que aquela vaca não vai mais te encher o saco com nada.
- É mas... E a Bibi?
- Eu vou ficar tranquila. Eu tenho o Rodney. A Flam que tem que ficar de olho no Rain. - Bibi respondeu.
- Nem fala... - Flambarda engoliu em seco.
Ficaram em silêncio após isso andando até a estação de metrô e até além para suas casas. As três estavam em um turbilhão de emoções, pensando como é que resolveriam os problemas porque nenhuma delas tinha solução e parece que todas as três estavam afundando nesse mundo juntas. Pra piorar tem faculdade no dia seguinte, mas talvez, sendo segunda feira, tanto os arcanistas quanto os druidas vão trabalhar e dê um tempo para os pobres mortais descansarem.
Flambarda chegou em casa e sua mãe já estava dormindo. Ela trancou a porta e foi direto no fogão e na geladeira pra ver se tinha alguma coisa que ela já pudesse comer rapidamente. Como não achou nada que lhe apetecesse, foi no armário e pegou um Trakinas de morango pra enganar o estômago. Em seguida foi para o quarto já mandando mensagem para as amigas. Ela parou pra tomar um banho relaxante antes de deitar na cama, conforme reparava nas luzes se movendo cada vez mais lentamente. Curiosamente dessa vez ela não enxergava nenhuma singularidade. - Hoje vai ser tranquilo, finalmente. - Ela pensou, mas mal ela deitou no travesseiro e fechou os olhos que ela quase que instantaneamente pegou no sono, e certamente havia alguém a esperando.
Uma fogueirinha, em meio a uma lareira. Ela já teve essa visão antes. A jovem olhou para a mão direita e nada de luva, ela respirou fundo e deu meia-volta. Lá estava Alabáreda, braços cruzados, olhar 43, mas ele tava parecido com o Cauã Reymond usando uma camisa onde se lia "Summer" e tinha um sol fofinho no peito.
- Bonito, hein, senhorita?
- Ah, vai, me dá um desconto.
- Me cospe fora e depois vai atrás de mim?
- Você podia, pelo menos, tentar entender a minha situação!?
- E agora quer inverter o jogo?
- Ah, cara, sério que você vai fazer drama agora? Não gostou, só fala, pelo amor de Deus.
- Eu não. Eu não to preso a esse mundo mundano de vocês mesmo.
- Ah, cara. Eu to aqui, me esforçando pra me formar e salvar o mundo. Eu sou tipo estudante de anime... Me perdoa, vai. - Ela juntou as mãos pra reforçar o pedido.
- Eu devia ter te deixado a deriva.
- Mas você não o fez. Olha que legal.
- Tu só faz merda! - Ele disse abrindo os braços.
- É! É a vida! Mulher jovem com fogo na piriquita só faz merda! Cê vai me ajudar ou não?
- Francamente. - Ele reprovou com a cabeça. - Eu nem sei por onde eu vou começar com você.
- Que tal me ensinando a lutar?
- Pera. Cê quer aprender esgrima?
- Você é um tipo de lança né? Acho que esgrima não é a palavra...
- Esgrima se refere a combate com armas, ô tapada.
- Ah... - Ela girou os olhos. - Então. É isso aí.
- Tá bom... - Ele coçou a nuca. - Vamo começar. - E subitamente ele conjurou duas varas e entregou uma a Flambarda. - Hoje eu vou te castigar. - Ele disse, com uma cara de satisfação enorme.
Merda... - Ela pensou, dentro do próprio sonho.
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