domingo, 24 de fevereiro de 2019

Flambarda - A Detetive Elemental #39

- O que você quer!? - Flambarda armou uma base de luta nada a ver.
- Eu quero conversar com você sem o Rain por perto.
- E aí precisava daquele show todo em Botafogo!?
- Eu precisava te testar, vai.
- Desembucha.
- Primeiro, pode desarmar a base, você sabe que não vai me vencer não sabe? - No fundo Flambarda sabia, mas foi completamente instintivo.
- Tá. Se você quisesse já tinha me matado mesmo. - Ela disse baixando a guarda.
- Muito bom! Agora vamos conversar como meninas civilizadas! Tô doida pra entrar nesse museu! - Ela falou, como se subitamente fosse a melhor amiga da detetive.
- Cê tá bem?
- Anda logo!

Assim que Brahma chamou Flambarda, ela também a puxou pelo braço quase que arrastando-a para dentro do museu. O que muito confundiu a cabeça da jovem pois era quase como se ela estivesse recebendo a alabarda de graça sem nenhum desafio de fato, que era o que ela esperava. A energia prateada e vermelha da desconhecida agora vibravam eufóricas, como se ela realmente estivesse ansiosa pra lidar com a situação, enquanto elas largavam Rodney desmaiado na praça vazia.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Frases Marcantes #8

"Cê tá pensando que quando eu chego em casa eu desligo?" - Quem me contou essa foi um professor quando eu ainda estudava na federal de quimica, ou CEFETQ. O contexto era bastante interessante. Eu estava comentando com outra pessoa sobre uma banda de metal, pois era a musica que eu mais ouvia naquela época, e esse professor não só era metaleiro como também era motociclista. Honestamente, na minha vida de aluno eu nunca pensei que um professor poderia também ser essas coisas. Eu tenho que admitir que foi um choque.

Isso me fez reletir por um tempo e eu tenho certeza que foi a frase que mais me deu um lampejo de empatia. Eu tenho noção de que minha empatia é zero, eu sou quase tão empático quanto um psicopata, mas eu parei e pensei em todas as outras pessoas a minha volta que realmente iam fazer alguma coisa quando voltavam pra casa e eu nunca parei pra pensar nelas dessa forma. É claro que algumas ainda conversavam comigo de noite, mas eu nunca imaginei o quanto isso era significativo, nem pra mim, nem pra elas.

E é fato que em grande parte eu ainda penso assim, porque quando eu vou pra casa eu troco completamente de contexto. Eu estou em casa, com a minha familia, se eu já não tenho problemas o suficiente dentro desse ambiente, eu realmente não quero pensar em qualquer outra coisa que não seja o meu universo.

Só que se você olhar o outro lado da moeda, a maioria das outras pessoas também é assim. Quando elas chegam em casa elas trocam de contexto e o resto do mundo desliga pra elas. Elas tem seus próprios problemas e universos para lidarem e certamente não estão nem um pouco afim de compreenderem que lá fora tem muita gente que certamente não desligou.

A conclusão é de que o mundo é certamente muito pouco empático e talvez fosse um lugar melhor pra se viver se nós fossemos capazes de pensar um pouco melhor a vida de pessoas pelo menos um pouco mais próximas de nós, mas será que nós temos poder de raciocínio suficiente pra fazer isso tudo sem quebrar?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Flambarda - A Detetive Elemental #38

- Temos uma hora até o ônibus sair. - Disse Flambarda. - Quer comer alguma coisa?
- Pode ser. O que você sugere?

Flambarda foi direto ao Bob's sem pensar duas vezes, independente da fila, apesar do Bob's nunca ter muita. Ela pediu um trio Big Bob's e um maltine grande porque ela ia precisar aturar muita coisa nesse dia e ela queria estar o mais carregada de fast food o possível. Rodney preferiu pegar algo rápido no Spoleto, pra fingir que era saudável, mas nem pra pôr palmito no molho. Sentaram-se na mesma mesa, deram sorte de conseguir uma porque geralmente a rodoviária fica lotada.

- Bob's, Flam?
- Na falta de BK vai de Bob's mesmo. - Disse ela, devorando o Big Bob's
- Mas não é ruim?
- Cara, não é ruim, mas os sabores não são iguais aos dos concorrentes, né? Talvez seja uma questão de marketing e as marcas do Mc e do BK tenham muito mais influência, mas o fato é que eles nunca vão bater esse milkshake aqui. - Ela disse, batendo no maltine grande.
- Cê vai morrer cedo.
- Acredite, a última coisa que eu quero é morrer tarde.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Polêmica #74 - Sobre Liberalismo Econômico e Recursos

Eu sempre fui um cara mais a esquerda do que a direita. Minha juventude foi acompanhando mais movimentos de esquerda do que de direita, mas eu tenho sempre tentado seguir o caminho mais central.


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E bom eu gosto um pouco de discussões políticas, e recenemtente eu tenho pensado muito num argumento que é muito usado pelos dois lados, um para exaltar o outro para qualificar a esquerda, que é relacionado ao quanto as pessoas ganham, e um pouco de igualdade social.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Flambarda - A Detetive Elemental #37

- Flambarda, acorda.

Nenhuma reação

- Anda filha, o almoço ta na mesa.

Flambarda se remexia para lá e para cá na cama numa tentativa fútil de se esquivar ou até mesmo repelir a sua mãe, só que ela acabou acordando de qualquer forma jogando o lençol para o lado num gesto brusco, e foi ao banheiro pra se aliviar antes de ir almoçar conforme sua mãe havia chamado. Ela olhou pra mão direita novamente e lá estava a maldita luva que começou isso tudo. Assim que ela sentou no vaso ela teve um momento de introspecção.

"E cá estamos nós novamente. Essa maldita luva que virou a minha vida de cabeça para baixo, mas se você começou tudo isso, será que você também não é a chave pra terminar tudo isso? Eu tenho que assumir que até agora foi a única coisa que eu não tentei."

Ela saiu do banheiro confiante de que esse seria um dia diferente, ela escovou os dentes, colocou aquela roupa padrão, pôs a mochila, olhou o relógio e viu que já eram 13h e que não ia dar pra chegar na faculdade a tempo, o que arrancou o seu ânimo fora. Ela até tentou não transparecer as emoções mas ela percebeu que não foi possível assim que chegou na mesa para o almoço e recebeu a pergunta de sua mãe

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Flambarda - A Detetive Elemental #36

E para a surpresa de Flambarda, quem estava lá era o professor Elimar Caetano estava lá, o que causou uma reação mista de conforto e insegurança. Ele realmente não transpirava nenhuma forma de hostilidade, mas como diabos ele entrou em casa, mas ao passo que ela se perguntava, parecia que ele estava lendo a mente dela.

- Está tudo bem, sua mãe me deixou entrar.
- Mas o que...
- Eu vim conversar com você. Podemos ir até a cozinha?
- Eu... não sei...
- Mas você sabe que é a melhor escolha a ser feita, não sabe?

Ela cogitou por um tempo - "Oras, eu não sei quem esse cara é exatamente. Eu lembro que eu o vi lá na SDRJ. Isso significa que ele também sabe coisas sobre druidas e que por mais que aparente ter uma idade avançada, ele deve ser capaz de me derrubar sem problemas e até agora não o fez. Eu não tenho como passar por ele. Ele está completamente certo, é o melhor a fazer." - e logo assim que saiu de seu momento estático ela voltou. - "Pera, como é que eu fiz isso?"