- Aaaaaaaaah que soninho bom, ta escuro, deixa eu ver que horas são. - Ela pega o celular. - Duas horas da manhã!?
Flambarda olhou no celular uma série de notificações de Bibi e Sofia querendo saber o que aconteceu. Ela respondeu agora, sobre o que havia ocorrido no metrô de Saens Peña mesmo sabendo que não ia ter resposta a essa hora. Ela só queria comer alguma coisa e voltar pra cama já que não ia ter a oportunidade de falar com a mãe a essa hora. Ela estava com a mesma camisa preta com a qual havia saído ontem, mas estava só de calcinha porque ela não é nem maluca de dormir de calça jeans. Quando chegou na cozinha observou que não tinha pão. Era como se sua mãe não tivesse passado em casa. O bilhete que ela viu mais cedo ainda estava lá e ela parou pra ler.
"Puta que pariu, tu é preguiçosa mesmo hein? Nem pra ler a porra de um bilhete! Enfim, pegamos sua mãe e queremos que você venha sozinha até a praça Saens Peña de madrugada. Se você puder fazer esse favor para nós, ficaremos muito agradecidos."
"Mas que porra de bilhete é esse?" - Flambarda perguntou. - "E o cara ainda escreve uns garranchos horríveis! Nem pra digitar no Word!" - Depois de reclamar, ela foi averiguar se a mãe dela realmente estava no quarto, e para seu desespero ela realmente não estava. - "Ok. Agora Fudeu."
Flambarda não tinha a quem recorrer exatamente. Ela não tinha o telefone nem do Rain nem do Rodney. Sofia e Fabiana estavam dormindo. Ela não fazia idéia do que faria sem a mãe ou do que eles fariam com a mãe dela. Ela nem sabia se ainda tinha tempo pra chega na praça, mas ela colocou a calça, botou só a identidade e o celular na mochila e foi, sem ter a mínima idéia de quem iria encontrar. Muito menos que a pessoa que ela encontraria seria justamente o Gerson, que estava até particularmente bem arrumado.
- Você de novo? - Ela perguntou, surpresa.
- Sim, nós temos acompanhado você bem de perto, Flambarda. - Disse Gerson comendo um churros.
- Eu já descobri essa parte.
- E eu espero que você não tenha ninguém com você.
- Me explica logo o que você quer, fazendo o favor!?
- Calma. Não quer um churros? - Ele estava sentado em frente a um carrinho de churros. Só estava ele e o cara que vendia o produto ali, mas haviam outros pequenos grupos em outras áreas próximas na praça.
- Caralho! São duas horas da manhã! Eu não queria acreditar mas pelo visto pessoas da sua laia raptaram minha mãe! Por que diabos eu ia querer um churros, Gerson!? - Flambarda pôs as mãos na cintura fazendo duas asas com os cotovelos.
- Açucar, doce, geralmente acalma as mulheres.
- Gerson, só fala logo, por favor.
- Ah, sim! A gente quer que você deixe os druidas.
- Como assim, deixar os druidas.
- Você ainda tem o cartão de druida não tem?
- Que porra é essa?
- Todo druida tem um.
Flambarda não estava conseguindo lembrar mas recebeu um cartão quando entrou na SDRJ, só após a insistência de Gerson que ela lembrou que Sofia e Fabiana receberam um também, e aos poucos conseguiu fazer a conexão e lembrar do seu.
- Ah sim! Eu não tô com ele aqui não.
- Beleza, vai lá pegar.
- Teu cu. Eu quero ver minha mãe.
- Se você não pegar não vai ver a sua mãe.
- Se eu não vir a minha mãe eu vou assumir que vocês já fizeram a pior das coisas com ela, e eu juro que eu vou dar um jeito de trucidar.
- Flambarda... - Gerson disse, se levantando após terminar o doce. - ...Você não tem mais a arma da luva. Você não sabe lutar. Você não tem a mínima chance contra mim. - Ele disse conjurando um par de adagas.
- Pera... - Flambarda, aterrorizada, dizia pausadamente. - ...Então... você...
- É! Eu também tenho uma dessas luvas legais e sabe o que mais!?
No momento que Flambarda ia perguntar um homem careca apareceu dando um soco que acertou Gerson em cheio. O punho continuou em tragetória descendente, levando o comedor de churros ao chão. A ação foi tão rápida e tão espontânea que Flambarda levou alguns segundos pra reparar que quem havia desferido o golpe era justamente Rain Exodus. Que logo após isso pediu um churros pro vendedor que não fez nem questão de cobrar, mas o careca fez questão de pagar.
- Eu adoro o churros desse cara. - Disse Rain.
- Que merda que está acontecendo aqui!?
- Ah. Nós pegamos esse cara de novo. - E deu uma mordida no doce.
- De novo!?
- É. Nós tinhamos pego ele, mas ele se soltou. Provavelmente com a ajuda da Brahma e dessa luva.
- Quer dizer que esse filho da puta raptou minha mãe depois de fugir da SUA - Ela falou colocando o dedão no peito dele. - custódia!?
- Criança, veja bem. Não é tão fácil quanto você imagina.
- Caralho! Ele raptou minha mãe! Se eu não achar a minha mãe eu mesmo vou matar esse filho da puta!
- Calma, criança. Nós já achamos a sua mãe. - Ele deu uma mordida no churros. mas quando foi continuar, ela o interrompeu.
- E ONDE ELA TÁ!? - Flambarda pegou Rain pelo colarinho novamente.
- Na Sociedade. - Ele disse comendo o último pedaço e falando de boca cheia. - Vamo lá?
- Hmmm... - Ela olhou o corpo de Gerson no chão. - ...E o que a gente faz com ele? - E soltou o careca no chão novamente.
- Hoje você vai aprender a carregar um corpo, criança. - Ele disse, pegando o corpo de Gerson pelas mãos. - Vai, pega as pernas dele.
- Cê tá louco!? E se a polícia ver a gente!?
- Tsc. - Ele fez um muxoxo. - Até parece que você não me conhece.
Flambarda pegou Gerson pelas pernas para auxiliar Rain a carregá-lo para onde quer que fosse, e era pra onde ela já esperava, a SDRJ - unidade Tijuca. Foi um pouco complicado carregar o homem pelas escadas do alçapão, mas ela fez questão de carregá-lo da forma mais rústica possível fazendo ele bater com a cabeça diversas vezes pelos degraus. Por fim eles os levaram até o altar central onde Rain gostava de se exibir.
- Coloque ele no altar, criança. - Disse Rain.
- Que!?
- Bota ele aí.
- Pra que!?
- Só bota.
- Tá bom!
Após colocarem o corpo no altar. Rain se posicionou e pediu para que Flambarda ficasse atrás dele, conforme ele fazia um ritual. Ela viu as luzes dançando de uma forma muito curiosa até que 5 pontos de cores diferentes se posicionaram nos dedos do chefe da SDRJ. Ele deu uma dedada quíntupla na barriga do Gerson que liberou um brilho intenso no contato esmaecendo rapidamente até a luz voltar ao normal. O homem até parecia ter feito menção de acordar mas continuou dormindo, mesmo depois desse ritual particularmente estranho.
- Que que tu fez aí? - Ela inquiriu rapidamente.
- Selei a energia dele.
- Que!?
- É. Por enquanto ele não deve conseguir usar energia elemental direito.
- Mas e a luva?
- Só arrancando o braço dele fora.
- E não seria melhor?
- Criança, não é do meu feitio.
- Socar, beleza. Arrancar braço não?
- E por que seria diferente, criança? Este é um nível de agressão aceito pela sociedade.
- Eu não sei... eu honestamente só quero esta criatura presa e minha mãe de volta.
- Então vá até a biblioteca. Ela deve estar por lá.
- Porra nenhuma! Vai que tu some.
- Criança, você sabe que se eu quisesse não teria nem visto isso. Confie em mim um pouco, por favor.
Flambarda deu um passo para trás, hesitante. E então rumou para a biblioteca secreta da SDRJ como havia feito antes, ela nem sabia se conseguiria se lembrar do caminho feito anteriormente por ela e suas amigas, mas de algum jeito ela conseguiu chegar lá, e encontrar sua própria mãe lendo um livro sobre Wuxing, o que só a fez lançar em um tom ainda mais alto:
- Mãe!? - Disse a jovem, surpresa. A mulher se virou rapidamente e se levantou.
- Filha! - E conforme dizia, abraçava a filha.
- Espera! - Mas ela empurrava a mãe para trás. - Espera! Que porra é essa!? Você lendo sobre isso?
- Eu não sou a única com segredos, não é? - Ela apontou para a luva de Flambarda.
Flambarda olhou no celular uma série de notificações de Bibi e Sofia querendo saber o que aconteceu. Ela respondeu agora, sobre o que havia ocorrido no metrô de Saens Peña mesmo sabendo que não ia ter resposta a essa hora. Ela só queria comer alguma coisa e voltar pra cama já que não ia ter a oportunidade de falar com a mãe a essa hora. Ela estava com a mesma camisa preta com a qual havia saído ontem, mas estava só de calcinha porque ela não é nem maluca de dormir de calça jeans. Quando chegou na cozinha observou que não tinha pão. Era como se sua mãe não tivesse passado em casa. O bilhete que ela viu mais cedo ainda estava lá e ela parou pra ler.
"Puta que pariu, tu é preguiçosa mesmo hein? Nem pra ler a porra de um bilhete! Enfim, pegamos sua mãe e queremos que você venha sozinha até a praça Saens Peña de madrugada. Se você puder fazer esse favor para nós, ficaremos muito agradecidos."
"Mas que porra de bilhete é esse?" - Flambarda perguntou. - "E o cara ainda escreve uns garranchos horríveis! Nem pra digitar no Word!" - Depois de reclamar, ela foi averiguar se a mãe dela realmente estava no quarto, e para seu desespero ela realmente não estava. - "Ok. Agora Fudeu."
Flambarda não tinha a quem recorrer exatamente. Ela não tinha o telefone nem do Rain nem do Rodney. Sofia e Fabiana estavam dormindo. Ela não fazia idéia do que faria sem a mãe ou do que eles fariam com a mãe dela. Ela nem sabia se ainda tinha tempo pra chega na praça, mas ela colocou a calça, botou só a identidade e o celular na mochila e foi, sem ter a mínima idéia de quem iria encontrar. Muito menos que a pessoa que ela encontraria seria justamente o Gerson, que estava até particularmente bem arrumado.
- Você de novo? - Ela perguntou, surpresa.
- Sim, nós temos acompanhado você bem de perto, Flambarda. - Disse Gerson comendo um churros.
- Eu já descobri essa parte.
- E eu espero que você não tenha ninguém com você.
- Me explica logo o que você quer, fazendo o favor!?
- Calma. Não quer um churros? - Ele estava sentado em frente a um carrinho de churros. Só estava ele e o cara que vendia o produto ali, mas haviam outros pequenos grupos em outras áreas próximas na praça.
- Caralho! São duas horas da manhã! Eu não queria acreditar mas pelo visto pessoas da sua laia raptaram minha mãe! Por que diabos eu ia querer um churros, Gerson!? - Flambarda pôs as mãos na cintura fazendo duas asas com os cotovelos.
- Açucar, doce, geralmente acalma as mulheres.
- Gerson, só fala logo, por favor.
- Ah, sim! A gente quer que você deixe os druidas.
- Como assim, deixar os druidas.
- Você ainda tem o cartão de druida não tem?
- Que porra é essa?
- Todo druida tem um.
Flambarda não estava conseguindo lembrar mas recebeu um cartão quando entrou na SDRJ, só após a insistência de Gerson que ela lembrou que Sofia e Fabiana receberam um também, e aos poucos conseguiu fazer a conexão e lembrar do seu.
- Ah sim! Eu não tô com ele aqui não.
- Beleza, vai lá pegar.
- Teu cu. Eu quero ver minha mãe.
- Se você não pegar não vai ver a sua mãe.
- Se eu não vir a minha mãe eu vou assumir que vocês já fizeram a pior das coisas com ela, e eu juro que eu vou dar um jeito de trucidar.
- Flambarda... - Gerson disse, se levantando após terminar o doce. - ...Você não tem mais a arma da luva. Você não sabe lutar. Você não tem a mínima chance contra mim. - Ele disse conjurando um par de adagas.
- Pera... - Flambarda, aterrorizada, dizia pausadamente. - ...Então... você...
- É! Eu também tenho uma dessas luvas legais e sabe o que mais!?
No momento que Flambarda ia perguntar um homem careca apareceu dando um soco que acertou Gerson em cheio. O punho continuou em tragetória descendente, levando o comedor de churros ao chão. A ação foi tão rápida e tão espontânea que Flambarda levou alguns segundos pra reparar que quem havia desferido o golpe era justamente Rain Exodus. Que logo após isso pediu um churros pro vendedor que não fez nem questão de cobrar, mas o careca fez questão de pagar.
- Eu adoro o churros desse cara. - Disse Rain.
- Que merda que está acontecendo aqui!?
- Ah. Nós pegamos esse cara de novo. - E deu uma mordida no doce.
- De novo!?
- É. Nós tinhamos pego ele, mas ele se soltou. Provavelmente com a ajuda da Brahma e dessa luva.
- Quer dizer que esse filho da puta raptou minha mãe depois de fugir da SUA - Ela falou colocando o dedão no peito dele. - custódia!?
- Criança, veja bem. Não é tão fácil quanto você imagina.
- Caralho! Ele raptou minha mãe! Se eu não achar a minha mãe eu mesmo vou matar esse filho da puta!
- Calma, criança. Nós já achamos a sua mãe. - Ele deu uma mordida no churros. mas quando foi continuar, ela o interrompeu.
- E ONDE ELA TÁ!? - Flambarda pegou Rain pelo colarinho novamente.
- Na Sociedade. - Ele disse comendo o último pedaço e falando de boca cheia. - Vamo lá?
- Hmmm... - Ela olhou o corpo de Gerson no chão. - ...E o que a gente faz com ele? - E soltou o careca no chão novamente.
- Hoje você vai aprender a carregar um corpo, criança. - Ele disse, pegando o corpo de Gerson pelas mãos. - Vai, pega as pernas dele.
- Cê tá louco!? E se a polícia ver a gente!?
- Tsc. - Ele fez um muxoxo. - Até parece que você não me conhece.
Flambarda pegou Gerson pelas pernas para auxiliar Rain a carregá-lo para onde quer que fosse, e era pra onde ela já esperava, a SDRJ - unidade Tijuca. Foi um pouco complicado carregar o homem pelas escadas do alçapão, mas ela fez questão de carregá-lo da forma mais rústica possível fazendo ele bater com a cabeça diversas vezes pelos degraus. Por fim eles os levaram até o altar central onde Rain gostava de se exibir.
- Coloque ele no altar, criança. - Disse Rain.
- Que!?
- Bota ele aí.
- Pra que!?
- Só bota.
- Tá bom!
Após colocarem o corpo no altar. Rain se posicionou e pediu para que Flambarda ficasse atrás dele, conforme ele fazia um ritual. Ela viu as luzes dançando de uma forma muito curiosa até que 5 pontos de cores diferentes se posicionaram nos dedos do chefe da SDRJ. Ele deu uma dedada quíntupla na barriga do Gerson que liberou um brilho intenso no contato esmaecendo rapidamente até a luz voltar ao normal. O homem até parecia ter feito menção de acordar mas continuou dormindo, mesmo depois desse ritual particularmente estranho.
- Que que tu fez aí? - Ela inquiriu rapidamente.
- Selei a energia dele.
- Que!?
- É. Por enquanto ele não deve conseguir usar energia elemental direito.
- Mas e a luva?
- Só arrancando o braço dele fora.
- E não seria melhor?
- Criança, não é do meu feitio.
- Socar, beleza. Arrancar braço não?
- E por que seria diferente, criança? Este é um nível de agressão aceito pela sociedade.
- Eu não sei... eu honestamente só quero esta criatura presa e minha mãe de volta.
- Então vá até a biblioteca. Ela deve estar por lá.
- Porra nenhuma! Vai que tu some.
- Criança, você sabe que se eu quisesse não teria nem visto isso. Confie em mim um pouco, por favor.
Flambarda deu um passo para trás, hesitante. E então rumou para a biblioteca secreta da SDRJ como havia feito antes, ela nem sabia se conseguiria se lembrar do caminho feito anteriormente por ela e suas amigas, mas de algum jeito ela conseguiu chegar lá, e encontrar sua própria mãe lendo um livro sobre Wuxing, o que só a fez lançar em um tom ainda mais alto:
- Mãe!? - Disse a jovem, surpresa. A mulher se virou rapidamente e se levantou.
- Filha! - E conforme dizia, abraçava a filha.
- Espera! - Mas ela empurrava a mãe para trás. - Espera! Que porra é essa!? Você lendo sobre isso?
- Eu não sou a única com segredos, não é? - Ela apontou para a luva de Flambarda.
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