segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Sobre a Propaganda e Cultura

 "Vocês tem que parar de forçar essa cultura LGBTQIAPN+ na gente!"

Geralmente, quando vem um cabaço falando essa merda, sabe qual é o problema? Ele está parcialmente certo. Hoje em dia nós temos muito mais material diverso com histórias de vários tipos de pessoa com diversas cores enfrentando diversos problemas, sejam sociais, sejam físicos. Quando a gente tem um herói homossexual, isso é uma propaganda a favor de pessoas homossexuais, a princípio não só favorecendo a existência dessas pessoas, mas talvez até dizendo que ser homossexual é bacana. A pergunta é: Isso é um problema?

A resposta é clara e obviamente: Não

Se as pessoas andam acusando outras de fazer propaganda pró LGBT+, talvez elas estejam certas. Ao criar entretenimento com esses tipos de pessoas sendo bem sucedidas, estamos de certa forma propagandeando esse tipo de pessoa. O problema é que geralmente quando as pessoas vão se defender, parece que se cria um juízo de valor no sentido de que histórias pró LGBT+ são perfeitamente normais, e que as histórias de pessoas cis-hétero que tem sido propaganda contra nós esse tempo todo. Dois pesos, duas medidas. Ou é tudo propaganda, ou é tudo perfeitamente normal.

Só que, eu tenho certeza que é tudo propaganda. Mesmo que inconscientemente as pessoas que fazem as peças não necessariamente estejam pensando em propagandear uma mensagem específica, essa mensagem está lá incluída para qualquer pessoa ler. Histórias do James Bond são histórias que propagandeiam machismo. O homem que é capaz de enganar a todes com sua lábia, comer a mulher que quiser, ou que precisa, bem como dar tiro em todo mundo, é bem visto como aquele que é bem sucedido. Note que não é nem uma questão do homem que consegue obter dinheiro, mas sim aquele que consegue dominar as outras coisas que estão ao seu redor. Tudo é para si, tudo é sobre si. As histórias mais famosas do passado são majoritariamente sobre isso. Você não precisa analisar todo o compêndio de histórias criadas pelos homens, até porque são muitas e certamente você vai achar meia dúzia de conteúdo pró LGBTQIA+, mas o que realmente importa são aqueles que realmente chegam as pessoas da sociedade.

domingo, 5 de janeiro de 2025

Flambarda - A Detetive Elemental #84

Flambarda despertou as 7:00 da manhã de Segunda-Feira. Um horário meio estranho pra ela, mas foi o que aconteceu. Não foi uma questão de temperatura - até porque em Julho as coisas estão um pouco mais amenas - mas não era tão difícil imaginar que foi por ter dormido muito mais cedo do que de costume após um dia relativamente cheio. O celular tinha uma série de mensagens, mas ela não queria nem pensar muito nisso. Ela levantou da cama lentamente, silenciosamente saiu do quarto, procurou saber se sua mãe estava em casa. Não encontrou nenhum sinal. O momento perfeito pra dar uma acalmada naquele fogo interno. Ela ligou o computador já dando uma pegada em seus peitos, e deixando a putaria correr solta na mente.

Ela passou uma boa meia-hora deleitando-se consigo mesma e acabou tirando um cochilo, que a levou a ter mais um daqueles sonhos estranhos onde sabia o que estava acontecendo. - "Puta merda, lá vem aquele puto de novo." - pensou.

- Oi. - Disse Alabáreda, esquentando carne na fogueira.
- Oi. - Flambarda respondeu, um pouco encabulada.
- Então. Estamos progredindo...
- Desculpa. - Ela interrompeu. - O quando você sabe da minha siririca?
- Acho que mais do que eu gostaria.
- Então você sabe que eu tava com muita vontade de levar pica?
- Onde caralhos você quer chegar com isso, Flambarda?
- Eu quero saber se eu posso tratar você como best, ou se você vai ser só um voyeur estranho pra caralho.
- Eh... - Ele estava visivelmente desnorteado.
- O quanto você gosta de pica, Alabáreda?
- Olha, tem picas que são realmente muito boas.
- A gente nunca conversou sobre sua sexualidade. Você é hétero?
- Que porra você tá falando? Isso não faz nem sentido!
- Você gosta de pica ou de xota?
- Flambarda, eu sou uma porra de uma luva.
- Ah, é mesmo?