Os métodos com os quais os seres humanos adquirem conhecimento é algo que pode ser considerado realmente fascinante. Esses dias eu me peguei pensando sobre esse tema diretamente, especialmente porque me admira como você sai do ponto onde você nada conhece nada sobre uma coisa para um ponto onde você está explorando aquilo em limites que poucos seriam capazes de imaginar! Como bom matemático, eu vou usar um exemplo que naturalmente vai envolver a matemática, talvez não no primeiro momento, mas em algum momento.
Você provavelmente anda, ou andou. Há alguns caso que realmente as pessoas não andam, mas ainda assim tem o seu próprio meio de se locomover. Ficar em pé provavelmente não é algo que uma pessoa pensaria em um primeiro momento, mas isso está tão arraigado em nossas mentes, que seria difícil pensar em não ficar em pé para se locomover. Tanto é que, espera-se que as primeiras formas de locomoção de um ser humano seja engatinhando porque é mais intuitivo. Aos poucos nós quebramos essas barreiras ao tentar correr, pular, saltar, e andar pela parede.
Intuição é uma palavra útil e sempre estará presente na vida dos cientistas. Apesar da dedução ser o método de se gerar ciência ela primeiro precisa passar pelo teste da intuição aquela coisa precisa ser palpável. Alguma idéia precisa ser gerada através da observação dos fatos. Ao ver que ao se jogar uma maçã pro alto ela cai sobre a sua cabeça pode não te dizer que a lei da gravidade existe, mas te diz que as coisas que sobem, geralmente caem, porém certamente não te explica porque pássaros voam.
A gente constrói conhecimento todo o tempo através da verificação dos fatos nem sempre usando o método hipotético dedutivo. Um tipo de conhecimento bastante interessante é o dos números porque o processo de contagem consiste essencialmente da associação de elementos. Parece que não? Por que é que então a gente começa a contar usando os dedos? A gente associa os outros objetos aos nossos dedos intuitivamente, mas a formalização matemática do processo de contagem só foi aparecer recentemente.
Todos aqueles números que nós já estamos costumados é uma invenção particularmente recente. Muitos símbolos matemáticos na verdade são recentes, tanto é que nós estudamos os algarismos romanos pois eles ainda são usados em alguns casos, majoritariamente por questões de estilo. E naturalmente talvez alguém se pergunte porque nós não usamos todos algarismos romanos uma vez que roma chegou perto de dominar o mundo e muitas coisas que foram desenvolvidas lá perduram ate hoje. E como os algarismos romanos não eram lá muito intuitivos, caíram em desuso para a matemática.
A capacidade de construir conhecimento do ser humano é tamanha, que ele consegue fazê-lo até com coisas que não são fatos de verdade, por exemplo quando alguém escreve ficção científica ou fantasia em um mundo diferente. Veja você que aquilo que o autor cria está na cabeça dele mas muitas vezes acaba sendo algo incompleto porque é um bocado difícil amarrar uma porção de detalhes fantasiosos em elementos da realidade. Não por vezes alguns artistas adicionam conteúdo de seus fãs nas obras porque as vezes explica melhor do que o próprio artista seria capaz de fazê-lo.
Da mesma forma a matemática tem uma ciência só pra ficar falando sobre os benditos números que, apesar de não serem os seus alicerces principais, foram os objetos que a tornaram famosa. Existe a teoria dos números só pra eles, e, pasmem, cheia de perguntas e conjecturas não respondidas. Em muitos exemplos, a Conjectura de Goldbach que diz que qualquer número par pode ser escrito como a soma de dois primos (repetidos ou não), ou então a grande e temida Hipótese de Riemann.
Mas a gente não para de construir ciência por aí. A gente constrói ciência pra tentar descobrir as regras de qualquer coisa que não esteja no nosso alcance, por exemplo sobre o funcionamento de um software. Por mais contra-intuitivo que pareça, uma vez que um software já é uma porção de regra pre-estabelecida, ainda assim as pessoas escrevem ciência sobre eles. Existem pessoas que pegam os softwares e mostram do que eles são capazes, indo além até do que os próprios criadores imaginavam e aos poucos constroem a ciência daquele elemento específico.
Esse processo é particularmente fascinante pra mim porque mostra que a gente consegue criar conhecimento em cima de qualquer coisa, também mostra o quanto a gente ainda tem pra aprender. Mostra que você consegue gerar ciência sobre a própria ciência e os cientistas formando uma espécie de MetaCiência.
Talvez um dia, quem sabe, eu vire um cientista, mesmo que não seja de algo tão pomposo.
Você provavelmente anda, ou andou. Há alguns caso que realmente as pessoas não andam, mas ainda assim tem o seu próprio meio de se locomover. Ficar em pé provavelmente não é algo que uma pessoa pensaria em um primeiro momento, mas isso está tão arraigado em nossas mentes, que seria difícil pensar em não ficar em pé para se locomover. Tanto é que, espera-se que as primeiras formas de locomoção de um ser humano seja engatinhando porque é mais intuitivo. Aos poucos nós quebramos essas barreiras ao tentar correr, pular, saltar, e andar pela parede.
Intuição é uma palavra útil e sempre estará presente na vida dos cientistas. Apesar da dedução ser o método de se gerar ciência ela primeiro precisa passar pelo teste da intuição aquela coisa precisa ser palpável. Alguma idéia precisa ser gerada através da observação dos fatos. Ao ver que ao se jogar uma maçã pro alto ela cai sobre a sua cabeça pode não te dizer que a lei da gravidade existe, mas te diz que as coisas que sobem, geralmente caem, porém certamente não te explica porque pássaros voam.
A gente constrói conhecimento todo o tempo através da verificação dos fatos nem sempre usando o método hipotético dedutivo. Um tipo de conhecimento bastante interessante é o dos números porque o processo de contagem consiste essencialmente da associação de elementos. Parece que não? Por que é que então a gente começa a contar usando os dedos? A gente associa os outros objetos aos nossos dedos intuitivamente, mas a formalização matemática do processo de contagem só foi aparecer recentemente.
Todos aqueles números que nós já estamos costumados é uma invenção particularmente recente. Muitos símbolos matemáticos na verdade são recentes, tanto é que nós estudamos os algarismos romanos pois eles ainda são usados em alguns casos, majoritariamente por questões de estilo. E naturalmente talvez alguém se pergunte porque nós não usamos todos algarismos romanos uma vez que roma chegou perto de dominar o mundo e muitas coisas que foram desenvolvidas lá perduram ate hoje. E como os algarismos romanos não eram lá muito intuitivos, caíram em desuso para a matemática.
A capacidade de construir conhecimento do ser humano é tamanha, que ele consegue fazê-lo até com coisas que não são fatos de verdade, por exemplo quando alguém escreve ficção científica ou fantasia em um mundo diferente. Veja você que aquilo que o autor cria está na cabeça dele mas muitas vezes acaba sendo algo incompleto porque é um bocado difícil amarrar uma porção de detalhes fantasiosos em elementos da realidade. Não por vezes alguns artistas adicionam conteúdo de seus fãs nas obras porque as vezes explica melhor do que o próprio artista seria capaz de fazê-lo.
Da mesma forma a matemática tem uma ciência só pra ficar falando sobre os benditos números que, apesar de não serem os seus alicerces principais, foram os objetos que a tornaram famosa. Existe a teoria dos números só pra eles, e, pasmem, cheia de perguntas e conjecturas não respondidas. Em muitos exemplos, a Conjectura de Goldbach que diz que qualquer número par pode ser escrito como a soma de dois primos (repetidos ou não), ou então a grande e temida Hipótese de Riemann.
Mas a gente não para de construir ciência por aí. A gente constrói ciência pra tentar descobrir as regras de qualquer coisa que não esteja no nosso alcance, por exemplo sobre o funcionamento de um software. Por mais contra-intuitivo que pareça, uma vez que um software já é uma porção de regra pre-estabelecida, ainda assim as pessoas escrevem ciência sobre eles. Existem pessoas que pegam os softwares e mostram do que eles são capazes, indo além até do que os próprios criadores imaginavam e aos poucos constroem a ciência daquele elemento específico.
Esse processo é particularmente fascinante pra mim porque mostra que a gente consegue criar conhecimento em cima de qualquer coisa, também mostra o quanto a gente ainda tem pra aprender. Mostra que você consegue gerar ciência sobre a própria ciência e os cientistas formando uma espécie de MetaCiência.
Talvez um dia, quem sabe, eu vire um cientista, mesmo que não seja de algo tão pomposo.
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