quinta-feira, 19 de abril de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #1

Flambarda era uma menina normal cursando a faculdade de administração. Ela veio de uma família de classe média, e gostava de pintar o cabelo de ruivo cor de fogo apesar de ter nascido morena. Ela era caucasiana de 1,74. e tinha um leve volume na barriga também conhecido como gordura. Ela não era a pessoa mais fit do mundo uma vez que adorava um podrão, mas ela tentava ir a academia de vez em quando.

Ela não usava nenhuma vestimenta que chamasse a atenção também. Calça jeans pra evitar olhares, camisa sem manga pra aguentar o calor do Rio de Janeiro, tênis Mizuno branco encardido pra não atrair muitos olhares... A maior característica era o rabo de cavalo típico, o cabelo liso solto só dificultava a vida porque fica caindo na cara. E como toda boa estudante, estava sempre carregando uma mochila com um só caderno, porque quem é que fica anotando tudo que se aprende na faculdade né?

Nada de diferente até um evento abnormal acontecer na sua vida. Ela estava voltando da Universidade no centro da cidade e viu uma luva vermelha jogada no chão, que caiu bem em cima daquela poça de água suja formada pelas gotas que caem dos condicionadores de ar dos prédios. Se fosse uma história real, provavelmente ela desviaria e deixaria pra lá, mas como esse é um conto de ficção, tomada pela beleza bom estado da luva. ela a pegou e a examinou.

Parecia nova, era vermelha e tinha um desenho de uma alabarda na frente de um sol vazado na parte da frente. - "Quem seria tão fã de alabardas a ponto de colocar uma em uma luva?" - Ela pensou consigo mesma. Notou que a luva tinha buracos para os dedos e tinha um velcro para se ajustar no pulso. - "Por que usá-la? Porque não usá-la?" - Ela decidiu vesti-la na mão direita como ela observou que deixaria a alabarda visível. a parte dos dedos ficava um pouco folgada, mas nada de diferente aconteceu.

Os dois dias seguintes se seguiram normais e rotineiros. Isso naturalmente gera um certo estresse dentro da gente especialmente quando as aulas são um saco e você não aguenta mais o professor mesmo só tendo visto ele duas vezes na sua vida. No dia anterior ela já estava combinando com "azamiga" de ir pro shopping lá de Botafogo azarar uns boy e talvez descolar uns beijos na boca. Ela não fez questão de mudar o tipo de indumentária mas estava toda de vermelho e havia decidido também por a luva já que combinava e daria um charme a mais.

Chegando no Botafogo Escada Shopping, elas decidiram ir ao banheiro porque tem que ver se estão bem arrumadas, unhas feitas sobrancelhas definidas e etc. e logicamente elas aproveitaram pra desabafar.

- Ah cara. não aguento mais a aula do Carlos. - Flambarda comecou a reclamação.
- Que que tem a aula dele, Flam? - Perguntou Fabiana.
- Poxa Bibi! A aula dele é um saco e ele ainda fica de perseguição comgo! - Ela fechou a mão direita com raiva.
- É mesmo, Bibi. - Disse Sofia. - O Carlos toda hora pergunta as coisas pra ela.
- Ah mas eu tenho que admitir que eu gosto mesmo do olhar dele. - Retrucou Fabiana
- Os olhos azuis são bonitos, mas não dá! Ele me perturba muito. - Ela apertou ainda mais deixando a raiva transparecer.
- Ja pensou se a gente encontra ele aqui?
- Ah não! Fala sério!

Nesse momento, Flambarda estava com tanta raiva, tanta que o efeito mágico da luva se ativou de modo a liberar chamas que não estavam queimando nada, nem ativando o detector de fumaça, mas eram bem visíveis. Elas também não a queimavam, mas o calor era notório, apesar de ser uma chama bem fraca, como aquela chama do fogão no mínimo. Mas foi o sufiiente para assustar Sofia e Fabiana ao mesmo tempo.

- CACETE! QUE PORRA É ESSA!? - Disseram elas apontando pra mão da Flambarda pegando fogo.
- Ah. Isso aqui é fogo. - Ela respondeu sem se tocar.
- Apaga essa porra! - Bibi ligou a torneira e começou a acumular agua na mão, e foi aí que Flambarda se tocou.
- ISSO AQUI É FOGO! CARALHO! - Ela ligou a torneira e colocou a mão debaixo d`água de desespero. - E o fogo foi se apagando rapidamente tranquilzando-a.
- Que porra foi essa? - Perguntou Sofia, boquiaberta.
- E eu sei lá! Eu vou é tirar essa porra da minha mão! - Só que ela não conseguia. Não havia mais velcro e a luva estava perfeitamente ajustada. Não dava mais pra tirar. - Depois de muito esforço e desespero das três tentando tirar a luva, Flambarda soltou. - Fudeu, essa porra não sai.
- Vamo nos bombeiros! - Disse Sofia.
- É! Eles devem conseguir tirar!
- Cês tão doida é!? - Flambarda gritou. - Tão querendo que eu fique sem mão!? - E quando ela o fez a chama voltou e elas se desesperaram de novo, fazendo com que ela colocasse a mão debaixo da torneira de novo ate o fogo parar e abaixar.
- Mas que porra que isso pega fogo do nada, Flam. - Disse Fabiana. - Olha, melhor a gente cancelar esse rolê até a gente descobrir que porra é essa.

Flambarda ligou pra casa e avisou pra mãe que suas amigas iam pra lá mas foi só por uma questão burocrática, ela já sabia que a mãe ia deixar. As três começaram buscas frenéticas no google sem encontrar nada. Até que Sofia teve a brilhante idéia de procurar algo na deep web...


Continua...

2 comentários:

  1. Po dahora, rashei quando falou do bucho e tbm da sinceridade de falar que nessa história ela pegará a luva, hahaha, aguardos os próximos episódios ;*

    By: Morgana

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  2. Sempre bom protagonistas mais reais e menos modelescos. Gostei da escolha dos nomes também, afinal de contas, não é todo dia que vemos uma Fabiana numa história.

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