Salazar era um cara que se destacava entre a multidão, afinal, não é todo o dia que um rapaz que ajudava o pai nas tarefas de casa se tornasse um enfermeiro. A princípio o pai foi contra, mas ele seguiu exatamente aquilo que ele tinha pensado para o seu futuro.
Não se engane. Salazar não possuía uma vida gloriosa. Ele era um homem que havia concluído o curso superior de enfermagem no meio de muitas mulheres e de muito julgamento por parte da sociedade. Ele poderia muito bem ter escolhido o curso de medicina e realmente ser uma pessoa que salva vidas, mas ele escolheu a enfermagem.
Ele conseguiu emprego em alguns hospitais até que foi alocado para trabalhar em um PS. Todo bom enfermeiro sabe que o PS é um campo de guerra onde tudo pode acontecer a todo o momento. A quantidade de médicos e o limite de atuação de um enfermeiro faz com que o PS rapidamente seja preenchido e não haja mais leitos.
Os enfermeiros naturalmente endurecem seus sentimentos, especialmente aqueles que tem de lidar com a morte de uma quantidade particularmente grande de pessoas todo o dia. Salazar, apesar de sua cara de mau, jamais foi capaz de apaziguar os sentimentos que existiam em seu coração. Para cada pessoa morta no hospital, paciente ou não, ele entrava em comoção, e fazia o possível para trabalhar mesmo afetado pelos sentimentos.
E a cada morte, ele comprava uma flor e anotava o nome do defunto em um caderno. A flor era de plástico, mas o sentimento de culpa por cada uma das mortes não era. O sentimento de culpa de não haver médicos nem material suficiente para o tratamento de cada um dos pacientes. Ele queria cada dia mais ser um enfermeiro que fosse capaz de cuidar de cada vez mais pessoas para evitar suas mortes.
Infelizmente Salazar não foi capaz de atingir tal nível. Todo o seu esforço se perdeu após a sua morte. Seu enterro teve apena algumas pequenas menções honrosas de seus amigos e de alguns poucos familiares.
A filha adotada por Salazar aos poucos viu o pai decair rapidamente devido ao estresse do trabalho no hospital. Sem perceber ela dava passos na mesma direção que o pai. Quem sabe ela não terá mais sorte?
Não se engane. Salazar não possuía uma vida gloriosa. Ele era um homem que havia concluído o curso superior de enfermagem no meio de muitas mulheres e de muito julgamento por parte da sociedade. Ele poderia muito bem ter escolhido o curso de medicina e realmente ser uma pessoa que salva vidas, mas ele escolheu a enfermagem.
Ele conseguiu emprego em alguns hospitais até que foi alocado para trabalhar em um PS. Todo bom enfermeiro sabe que o PS é um campo de guerra onde tudo pode acontecer a todo o momento. A quantidade de médicos e o limite de atuação de um enfermeiro faz com que o PS rapidamente seja preenchido e não haja mais leitos.
Os enfermeiros naturalmente endurecem seus sentimentos, especialmente aqueles que tem de lidar com a morte de uma quantidade particularmente grande de pessoas todo o dia. Salazar, apesar de sua cara de mau, jamais foi capaz de apaziguar os sentimentos que existiam em seu coração. Para cada pessoa morta no hospital, paciente ou não, ele entrava em comoção, e fazia o possível para trabalhar mesmo afetado pelos sentimentos.
E a cada morte, ele comprava uma flor e anotava o nome do defunto em um caderno. A flor era de plástico, mas o sentimento de culpa por cada uma das mortes não era. O sentimento de culpa de não haver médicos nem material suficiente para o tratamento de cada um dos pacientes. Ele queria cada dia mais ser um enfermeiro que fosse capaz de cuidar de cada vez mais pessoas para evitar suas mortes.
Infelizmente Salazar não foi capaz de atingir tal nível. Todo o seu esforço se perdeu após a sua morte. Seu enterro teve apena algumas pequenas menções honrosas de seus amigos e de alguns poucos familiares.
A filha adotada por Salazar aos poucos viu o pai decair rapidamente devido ao estresse do trabalho no hospital. Sem perceber ela dava passos na mesma direção que o pai. Quem sabe ela não terá mais sorte?
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