Olá. Hoje usarei matemática para falar sobre aquilo que a gente faz todo o dia.
Não, não é comer salada, mas se refere a razão pela qual você provavelmente vai comer uma salada.
Vamos falar sobre tomada de decisão, que é a base da teoria dos jogos. Jogos são basicamente diversas decisões tomadas em uma determinada ordem. Ás vezes os jogadores tem de tomar a decisão ao mesmo tempo, ou as vezes eles tomam um de cada vez. Se você se pergunta que tipos de jogos tem essa característica, pense no primeiro como um jogo de ação. Ambos agem simultâneamente para tentar obter o maior resultado. O segundo pode ser pensado como um jogo de damas.
Legal, mas por que falar disso? É porque algumas noticias que aparecem no jornal contrastam bastante com a questão da tomada de decisão, ou pelo menos indica que nós estamos utilizando os axiomas errados para montarmos a maioria dos modelos matemáticos, especialmente quando assumimos que a vida tem um valor muito grande que beira o infinito. Suponha que uma pessoa precise tomar decisões simples que poderiam acarretar em sua vida ou morte. Pense em uma coisa bem esdrúxula, tipo: Esfaquear ou não a barriga.
Em outras palavras, esfaquear a barriga não dá pontos para a pessoa porque ela morre e não pode mais ganhar nada. A vida teoricamente tem valor infinito porque com ela você pode obter muitos ganhos. Em outras palavras:
Esfaquear a barriga: 0
Não esfaquear: Infinito
E aí acontece esse tipo de coisa:
Isso não bate com o axioma proposto no início. O que está errado aqui?
Por que nesse caso a morte é preferida em lugar da vida? A morte de outras pessoas é discutível porque a mafia mata a troco de intereses próprios, mas não existe esse sacrifício a troco de nada. Um assassino de aluguel ganha dinheiro para tirar a vida das outras pessoas, mas não a própria. Se uma pessoa lhe paga uma enorme quantia de dinheiro apra tirar a própria vida, tecnicamente você vai continuar não ganhando nada porque você não vai poder usufruir disso.
- Ah, mas se esse dinheiro for dado como seguro de vida pro filho da pessoa por exemplo?
Até faria algum sentido, mas continua sendo uma péssima razão. Depois a gente discute a pontuação nesse caso.
Pontuação não necessariamente significa quantidade de dinheiro ganho. Em alguns casos sim, mas nesse caso não. Quando a pontuação não é algo mensurável realmente tudo fica um pouco mais difícil de entender, mas voltando ao caso que foi explicitado.
Quando o sujeito toma a decisão de matar os filhos e matar isso quer dizer que tirar a própria vida fez com que a pessoa ganhasse mais pontos(pelo menos em sua mente distorcida) do que tentar simplesmente acertar as coisas como um cidadão normal.
Então fica a minha pergunta: Onde foi que erramos e retirar vidas passou a ter mais valor do que preervar as vidas para aumentar os ganhos. Quando foi que a perda dos outros passou a ser um ganho?
Esse tipo de coisa me deixa realmente preocupado.
Imagens:
Não lembro de onde eu arrumei essa salada.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/homem-mata-dois-filhos-e-se-suicida-na-zona-oeste-do-rio-diz-pm.ghtml
Não, não é comer salada, mas se refere a razão pela qual você provavelmente vai comer uma salada.
Vamos falar sobre tomada de decisão, que é a base da teoria dos jogos. Jogos são basicamente diversas decisões tomadas em uma determinada ordem. Ás vezes os jogadores tem de tomar a decisão ao mesmo tempo, ou as vezes eles tomam um de cada vez. Se você se pergunta que tipos de jogos tem essa característica, pense no primeiro como um jogo de ação. Ambos agem simultâneamente para tentar obter o maior resultado. O segundo pode ser pensado como um jogo de damas.
Legal, mas por que falar disso? É porque algumas noticias que aparecem no jornal contrastam bastante com a questão da tomada de decisão, ou pelo menos indica que nós estamos utilizando os axiomas errados para montarmos a maioria dos modelos matemáticos, especialmente quando assumimos que a vida tem um valor muito grande que beira o infinito. Suponha que uma pessoa precise tomar decisões simples que poderiam acarretar em sua vida ou morte. Pense em uma coisa bem esdrúxula, tipo: Esfaquear ou não a barriga.
Em outras palavras, esfaquear a barriga não dá pontos para a pessoa porque ela morre e não pode mais ganhar nada. A vida teoricamente tem valor infinito porque com ela você pode obter muitos ganhos. Em outras palavras:
Esfaquear a barriga: 0
Não esfaquear: Infinito
E aí acontece esse tipo de coisa:
Isso não bate com o axioma proposto no início. O que está errado aqui?
Por que nesse caso a morte é preferida em lugar da vida? A morte de outras pessoas é discutível porque a mafia mata a troco de intereses próprios, mas não existe esse sacrifício a troco de nada. Um assassino de aluguel ganha dinheiro para tirar a vida das outras pessoas, mas não a própria. Se uma pessoa lhe paga uma enorme quantia de dinheiro apra tirar a própria vida, tecnicamente você vai continuar não ganhando nada porque você não vai poder usufruir disso.
- Ah, mas se esse dinheiro for dado como seguro de vida pro filho da pessoa por exemplo?
Até faria algum sentido, mas continua sendo uma péssima razão. Depois a gente discute a pontuação nesse caso.
Pontuação não necessariamente significa quantidade de dinheiro ganho. Em alguns casos sim, mas nesse caso não. Quando a pontuação não é algo mensurável realmente tudo fica um pouco mais difícil de entender, mas voltando ao caso que foi explicitado.
Quando o sujeito toma a decisão de matar os filhos e matar isso quer dizer que tirar a própria vida fez com que a pessoa ganhasse mais pontos(pelo menos em sua mente distorcida) do que tentar simplesmente acertar as coisas como um cidadão normal.
Então fica a minha pergunta: Onde foi que erramos e retirar vidas passou a ter mais valor do que preervar as vidas para aumentar os ganhos. Quando foi que a perda dos outros passou a ser um ganho?
Esse tipo de coisa me deixa realmente preocupado.
Imagens:
Não lembro de onde eu arrumei essa salada.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/homem-mata-dois-filhos-e-se-suicida-na-zona-oeste-do-rio-diz-pm.ghtml
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